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7 tendências da venda online

As vendas de vestuário e calçado online deverão continuar a crescer a um ritmo acelerado nos próximos anos, mas ainda assim a chave da inovação é essencial para desbloquear o futuro. Em concreto, há sete tendências que terão um impacto significativo no canal digital.

Em 2018, as compras online deverão alcançar os 55,2 mil milhões de libras (aproximadamente 62,6 mil milhões de euros) no Reino Unido, de acordo com os dados divulgados pela GlobalData. Este segmento representará, assim, cerca de 16,7% de todos as compras no retalho britânico – acima dos 11,9% registados em 2013 – e deverá continuar a subir até aos 20,1%, perspetivados para 2023.

Os números mostram que o mercado online cresceu 53,5% nos últimos cinco anos no Reino Unido, mas a GlobalData prevê que esse crescimento desacelere, à medida que o mercado vai amadurecendo, nos próximos dois anos, com um crescimento estimado de 33,4%.

O vestuário e o calçado representam a maior quota do mercado online britânico, responsáveis por mais de um quarto de todas as compras, que a GlobalData antecipa que ascendam aos 14,9 mil milhões de libras em 2018.

«Se olharmos para as compras de vestuário e calçado como um todo no Reino Unido, o canal online é responsável por 27,2% das vendas – portanto, uma grande parte do mercado», aponta Sofie Willmott, analista da GlobalData.

Em declarações ao portal just-style.com, Sofie Willmott destaca alguns dos atores mais relevantes do mercado online de vestuário e calçado britânico, como a Boohoo, que no seu último ano fiscal conheceu um crescimento de vendas online de 95,4%, a Missguided, que deu um salto de 40%, e o JD.com, que escalou 30%. A Amazon UK, verificou um aumento de 22,2%, a Asos de 15,6% e a Very de 12%.

Considerando o impacto das compras online, a analista da GlobalData alinha as sete principais tendências que acredita que terão impacto significativo no mercado nos próximos anos.

1: O crescimento online está a ser impulsionado pelos dispositivos móveis

As previsões apontam para um crescimento de 91,3% nos próximos cinco anos. «Uma abordagem “mobile-first” é absolutamente essencial e deve ser alvo de investimento», sublinha Sofie Willmott.

2: A importância da entrega

Alguns dos melhores exemplos neste campo incluem os serviços de entrega da Amazon Prime, o Asos Premier e o Next Unlimited. Cerca de 59,2% dos membros do Asos Premier reconhecem que compram mais desde que se inscreveram no serviço de entregas da retalhista britânica.

3: A ameaça crescente da Amazon

A plataforma de comércio eletrónico é, atualmente, o quinto maior retalhista do Reino Unido. Se os retalhistas quiserem competir contra a gigante online, a analista da GlobalData aconselha-os a mostrarem valências que a Amazon não tem. «Devem destacar os seus pontos fortes aos clientes – sejam eles um serviço especializado ao cliente ou a autoridade dentro do seu segmento», explica.

4: Mais opções de atendimento

Os líderes de mercado estão a oferecer, cada vez mais, uma vasta escolha de opções de atendimento, como a entrega ao domicílio no mesmo dia, a possibilidade de comprar online e de recolher em loja e uma extensa rede de pick up.

5: Mentalidade ver agora/comprar agora

Os consumidores procuram, cada vez mais, a gratificação instantânea e querem os produtos que acabaram de ver destacados em blogues e em publicações na rede social Instagram, por exemplo. Sofie Willmott afirma que isso significa que os retalhistas devem destacar os produtos que estão em stock e disponíveis para compra no momento, seja nas redes sociais ou nos respetivos websites. «Os produtos anunciados devem estar disponíveis para compra instantânea para que as publicações nas redes sociais e o conteúdo do website estejam focados em itens que estão em stock», acrescenta.

6: Marketplaces online como um novo fluxo de receita

Ainda que retalhistas como a New Look, Ted Baker e Debenhams estejam a recorrer à Amazon para impulsionar as vendas online e aumentar o alcance da marca globalmente, a analista da GlobalData realça a importância de proteger a identidade da marca.

7: Inovações tecnológicas

A Amazon, por exemplo, está a testar as entrega de encomendas com drones, enquanto a utilização da Inteligência Artificial (IA) está a ganhar força no retalho, com o boom dos chatbots.