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A evolução do vestuário à prova de fogo

O mais recente estudo da Textiles Intelligence conclui que o segmento deverá crescer 6,5% ao ano até 2027. A crescente procura por este tipo de vestuário está a resultar numa maior aposta, por parte dos produtores, em peças de alta qualidade, mas que sejam igualmente elegantes, confortáveis e ecológicas.

Sustentados por fortes perspetivas de crescimento, os produtores de vestuário à prova de fogo estão a focar-se no desenvolvimento de artigos que sejam confortáveis, inovadores, sustentáveis e elegantes, segundo o relatório na edição nº 65 da Performance Apparel Markets, divulgado pela Textiles Intelligence.

A procura por vestuário resistente ao fogo deverá crescer «6,5% ao ano, entre 2018 e 2027», e prevê-se uma evolução positiva também para «químicos, fibras e têxteis resistentes ao fogo», indica o estudo. O crescimento irá dever-se, em parte, a uma maior procura «na região Ásia-Pacífico e na América do Sul, que irão registar um aumento dos investimentos em infraestruturas, e no Médio Oriente, onde as indústrias do petróleo e do gás deverão crescer», aponta.

Simultaneamente, várias indústrias – incluindo a energética e a do automobilismo – estão cada vez mais atentas à segurança dos trabalhadores, o que se reflete a implementação de normas de segurança mais rígidas.

Refletindo o potencial de crescimento deste mercado, há um grande número de produtores a investir em novas tecnologias para criar vestuário resistente ao fogo de alta qualidade, que seja igualmente elegante, confortável e inclua propriedades adicionais – como a respirabilidade e a gestão da humidade.

Na tentativa de tomar proveito destes mercados em crescimento, os produtores estão «a desenvolver têxteis em denim resistentes ao fogo e, ainda, têxteis mais finos, leves e suaves. Estão também a desenvolver têxteis de média gama que são adequáveis a fatos-macacos à prova de fogo», revela o relatório da Textiles Intelligence.

Resistir ao fogo de forma ecológica?

Entretanto, várias empresas estão a questionar a sustentabilidade ambiental dos seus produtos e a evitar o uso de tratamentos retardantes de chamas que contenham químicos tóxicos. Além disso, a ser levadas a cabo investigações para a incorporação de matérias-primas recicladas em têxteis à prova de fogo. Este tipo de metas representa um grande desafio, pelo menos tendo em conta os custos associados à I&D. Em muitos casos, é difícil criar artigos sustentáveis sem sacrificar a proteção – que é indispensável.

Em jeito de conclusão, a Textiles Intelligence escreve que à parte do crescimento do mercado, o desenvolvimento de vestuário à prova de fogo confortável, elegante e sustentável «é considerado particularmente importante já que a sua existência irá incentivar a mão de obra que labora em condições de trabalho difíceis a usarem o vestuário de proteção necessário».