O Portugal Têxtil tem acompanhado todo o processo de negociações comerciais entre o Paquistão, os Estados Unidos e a União Europeia, bem como as respectivas consequências deste para a ITV nacional. Neste sentido, e cumprindo o compromisso que assumimos com o sector, apresentamos as principais notícias sobre esta matéria que têm vindo a ser publicadas nos órgãos de comunicação nacionais. Dia 8
O governo paquistanês está a negociar uma suspensão temporária das tarifas e quotas de têxteis e vestuário, como contrapartida pelo seu apoio ao combate contra o terrorismo. O Ministro Paquistanês do Comércio, Abdul Razaq Dawood, afirmou na passada Quinta-feira a uma delegação de retalhistas, importadores, fabricantes e associações têxteis, que pediu à Administração Bush as concessões acima descritas. Dia17
Bruxelas aprovou um pacote de concessões ao Paquistão para a indústria têxtil e vestuário, em consequência da actual conjuntura política internacional. Esta antecipação da liberalização do mercado é mais um duro golpe nos têxteis europeus.
O corpo executivo da união Europeia propôs um pacote de concessões comerciais que, diz-se, pode impulsionar as exportações paquistanesas de têxtil e vestuário, que poderão atingir um bilião de euros (200,4 milhões contos) nos próximos quatro anos. Dia 18
O acordo ontem estabelecido entre a Comissão Europeia e o Paquistão já levou a reacções no meio associativo da ITV nacional. Num comunicado recebido pelo Jornal Têxtil, o MTV Movimento do Têxtil e do Vestuário apresenta a sua posição face a este acordo. Segundo esta associação, o acordo é altamente desfavorável para a Indústria Têxtil e Vestuário, particularmente para a portuguesa. Dia 19
O Movimento do Têxtil e do Vestuário (MTV) alertou ontem que o acordo concluído quarta-feira entre a Comissão Europeia e o Paquistão é “altamente desfavorável” para a indústria têxtil e vestuário (ITV), particularmente a portuguesa. Dia 20
O Ministro da Economia, Braga da Cruz, respondeu às críticas dos empresários têxteis, assegurando que a recente abertura da União Europeia aos têxteis paquistaneses não se generalizará a outros países. Dia 21
O Ministério da Economia avançou com a execução de um estudo para avaliar o impacte do pacote de concessões dado pela Comissão Europeia (CE) ao sector têxtil paquistanês, que deverá estar pronto para a semana, e que será depois apresentado à CE, disse ao PÚBLICO o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços.
Os EU dizem que irão ajudar o Paquistão a diminuir a sua dívida externa de 8 mil milhões de contos e permitir ao país a exportação de mais têxteis para os Estados Unidos, numa tentativa de suportar o apoio à guerra da América contra o terrorismo. Dia 22
No contexto das recentes negociações entre a Comissão Europeia (CE) e o Paquistão consequentes dos atentados perpetrados nos EUA a 11 de Setembro, o Jornal Têxtil divulga em primeira mão à ITV nacional o acordo estabelecido.
A redução de seis a dez mil postos de trabalho na União Europeia são as consequências já avaliadas da entrada em vigor do acordo estabelecido a semana passada entre a Comissão Europeia e o Paquistão, considerado “altamente desfavorável para a indústria têxtil e de vestuário”.
O Ministro da Economia, Braga da Cruz, respondeu às criticas dos empresários têxteis. Assegurando que a recente abertura de União Europeia aos têxteis paquistaneses não se generalizará a outros países. Dia 23
A União Europeia está prestes a assinar um acordo com o Paquistão que vai permitir a entrada no espaço europeu dos têxteis e vestuário paquistaneses isentos de pagamento de direitos aduaneiros. Dia 24
A CGTP acusou ontem a Comissão Europeia (CE) de utilizar a indústria têxtil e de vestuário (ITV) europeia como “moeda de troca na guerra do Afeganistão”, considerando ser “um negócio profundamente inaceitável”.
O ministro da Economia admitiu que o aumento das quotas de importação de produtos têxteis do Paquistão pode ser negativo para Portugal e anunciou que estão em estudo medidas que possibilitarão à indústria ter condições para superar esses impactos desfavoráveis. “É um assunto sob controlo”, assegurou.
Para lutar contra os terroristas no estrangeiro, a administração Bush está a ser pressionada para se ocupar da sua própria indústria têxtil. Oficiais paquistaneses, retalhistas norte americanos e membros do congresso estão a pressionar a Casa Branca para abrandar os limites das importações têxteis vindas do Paquistão, um aliado vital na guerra contra o Afeganistão. Ontem, o representante do comércio americano, Robert Zoellick afirmou que a administração estava a trabalhar em meios para expandir o comércio tanto com o Paquistão como com a Indonésia.