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Abril sem vendas mil

As vendas de vestuário e calçado no Reino Unido abrandaram em Abril, com as comparações a serem atingidas pelo facto da Páscoa ter sido mais cedo e pelas preocupações pré-eleitorais, de acordo com os números divulgados recentemente. O British Retail Consortium (BRC) revelou que as vendas totais a retalho no Reino Unido caíram 0,2% em Abril em comparação com o mesmo mês do ano passado, e desceram 2,3% em termos comparáveis. No entanto, o período de comércio de Abril incluiu os últimos dois dias de Páscoa, enquanto no ano passado incluiu todo o período pré Páscoa e o fim-de-semana do feriado. Isto significa que o crescimento das vendas baixou porque as pessoas tinham já feito as suas compras de Páscoa no mês anterior. Embora o abrandamento do crescimento em Abril fosse esperado, a confiança dos consumidores foi prejudicada pela cobertura informativa das eleições e debates em relação à gestão económica. Para eliminar as distorções na comparação causadas pela Páscoa, o BRC fez a média dos três meses, que mostra que as vendas aumentaram 3,8% este ano em comparação com os 2,2% nos mesmos três meses em 2009. «Não há dúvida que os consumidores estão mais dispostos a gastar do que há 12 meses atrás, mas ainda estão nervosos», afirmou o director-geral do BRC, Stephen Robertson. «As pessoas precisam de saber como é que as acções do novo Governo para enfrentar o défice irão afectar os seus rendimentos e trabalhos. Mesmo que as medidas sejam duras, sabendo isso estariam melhor do que na actual incerteza», acrescentou. As vendas em Abril de artigos não-alimentares fora das lojas – que inclui Internet, encomendas por correio e vendas por telefone – foram 15,9% mais elevadas do que há um ano atrás. Helen Dickinson, chefe de retalho na KPMG, referiu que a «depressão geral» dos consumidores deverá manter-se, tendo em conta o ambiente de incerteza política e económica. Mas sublinhou que o tempo primaveril no início de Abril levou a uma recuperação nas vendas de vestuário de senhora e calçado após um difícil mês de Março. «Os retalhistas estão a trabalhar muito para gerirem os seus custos e manterem-se competitivos enquanto a procura se mantém tão volátil», concluiu Dickinson.