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Abril traz vendas mil à H&M

A retalhista de moda sueca Hennes & Mauritz (H&M) registou um ligeiro aumento nas vendas comparáveis em abril – pondo um ponto final a cinco meses de declínios consecutivos do volume de negócios. No entanto, a segunda maior retalhista de moda do mundo ficou abaixo das expetativas, com as baixas temperaturas nos seus principais mercados europeus a retrair o apetite dos consumidores pelas novas gamas de primavera. A empresa sueca tem enfrentado uma débil procura na Europa este ano, onde realiza a maior parte do seu volume de negócios. Abril marcou o fim de cinco meses consecutivos com declínio das vendas comparáveis. As vendas comparáveis em moeda local subiram 1% em abril, ficando abaixo da previsão média de um aumento de 5,6% antecipado por uma sondagem da Reuters. As vendas totais subiram 11%, em comparação com uns esperados 14,6%. «As vendas durante as primeiras semanas em abril foram negativamente afetadas por um tempo anormalmente frio na Europa», explicou a H&M em comunicado. Abril do ano passado foi um mês fraco, tornando mais fácil as comparações para a H&M. As vendas comparáveis desceram 10% e as vendas totais desceram 1% em abril de 2012. O analista do Bank of America Merrill Lynch, Richard Chamberlain, considera que o crescimento ficou abaixo das expetativas, antecipando um aumento de 12% nas vendas totais e um ganho de 3% nas vendas comparáveis. Enfatizou ainda que estes números, causados por tempo mais frio e um cenário macroeconómico difícil, podem levar a mais descontos no segundo trimestre. «Maio pode ser mais forte, já que os dados da indústria sugerem alguma retoma na procura à medida que as temperaturas se normalizam, mas continua haver o risco de mais promoções no segundo trimestre devido à tendência mais fraca em março em abril», revela. Abril é o segundo mês do segundo trimestre da H&M. Ainda antes do lançamento, os analistas afirmaram que as vendas foram fracas durante este trimestre, aumentando o risco de promoções, o que poderá afetar a rentabilidade na H&M, que já registou uma quebra de margens devido às alterações cambiais e investimentos em novas lojas. Com menos de metade das 6.000 lojas mundiais da Inditex, a H&M está abaixo da sua arquirrival em vendas.