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Acordos de livre comércio não são garantia de benefícios

De acordo com um recente estudo publicado na Coreia do Sul por um gabinete de pesquisa estatal, alguns dos países que assinaram acordos de livre comércio com os EUA perderam competitividade nas suas exportações. No âmbito do relatório elaborado pelo instituto coreano de política económica internacional (Korea Institute for International Economic Policy, ou KIEP), a redução nas taxas alfandegárias através da assinatura de um acordo de livre comércio com os EUA poderá não resultar no crescimento das exportações destinadas à maior economia mundial. O relatório apresentou como maus exemplos os casos do Canadá e do México que, no início da década de 1990, assinaram o North American Free Trade Agreement (NAFTA) com os EUA, assim como o caso de Singapura que estabeleceu o seu acordo de livre comércio com os EUA em 2004. O número de produtos canadianos que registaram a quota de mercado mais elevada nos EUA registou uma diminuição contínua ao longo dos últimos anos: 393 em 1996, 375 em 2000 e 325 em 2004. O México viu também o seu número de produtos com a quota de mercado mais elevada passar dos 115 em 2000 para os 101 em 2004. Singapura também registou uma quebra no número de produtos na linha da frente no mercado norte-americano, passando de 4 em 1990 para 3 em 2004. Contrastando com estas evoluções, a China, que não possui qualquer acordo de livre comércio com os EUA, registou um crescimento sustentado no número de produtos mais exportados para o mercado norte-americano, evoluindo desde os 49 artigos em 1990, para os 114 em 1994, 189 em 2000 e 279 em 2004. De acordo com o relatório do KIEF, a China não perdeu competitividade face aos países que assinaram acordos de livre comércio, devido à sua elevada capacidade competitiva.