O novo conceito Speedfactory da empresa alemã concentra-se na produção automatizada e local e, atualmente, opera a partir de uma primeira unidade industrial, na Alemanha, e de uma segunda, em Atlanta, nos EUA – que começou a produzir a todo o gás há alguns dias.
Altamente automatizada e capaz de produzir rapidamente pequenas séries de artigos, a nova unidade industrial quer colocar as sapatilhas no mercado três vezes mais rápido, permitindo que a Adidas desenvolva modelos específicos para diferentes cidades – e um dia, para indivíduos específicos.
«Tudo o que fazemos está focado nos nossos consumidores», afirmou, à data do anúncio da Speedfactory norte-americana, Gerd Manz, vice-presidente de inovação tecnológica da Adidas, ao portal just-style.com (ver Adidas acelera automação). «Eles exigem o mais alto nível de individualidade e qualidade. Com a Speedfactory podemos repensar completamente os processos convencionais e responder a estas expectativas elevadas. Digitalizando a cadeia de valor podemos implementar mais rapidamente novas inovações tecnológicas, tornar mais eficiente e transparente o uso dos recursos disponíveis e assim responder de forma mais flexível às necessidades individuais dos nossos consumidores», explicou.
A Speedfactory não é totalmente controlada por robots, garantindo cerca de 150 postos de trabalho, e vem reforçar a aposta da Adidas no aprovisionamento de proximidade, o que também acelera o processo produtivo.
O primeiro modelo produzido em Atlanta foi o AM4NYC, desenvolvido especificamente para quem corre nas ruas de Nova Iorque, e foi apresentado no passado dias 26 de abril, numa pop-up batizada Speedfactory Lab Experience.
O laboratório, de portas abertas durante dois dias, era nada mais do que uma caravana que permitia explorar algumas das tecnologias de recolha de dados que a Adidas usa para rastrear os movimentos e digitalizar os corpos dos atletas nos seus processos de design – os interessados podiam entrar na caravana e ter os seus pés digitalizados ou correr numa passadeira à frente das câmaras. Os dados eram guardados num perfil online criado para o efeito.
Para a Adidas, esta iniciativa pop-up foi uma espécie de teste, que pode vir a ser escalado para uma experiência de customização massificada.
Em última análise, nem todos vão querer ou precisar de umas sapatilhas por medida, mas há público entre os atletas que não conseguem encontrar o par ideal e entre aqueles com diferenças de tamanho nos pés esquerdo e direito – um problema comum que torna a compra tradicional um desafio.