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Albini lança algodão orgânico rastreável

A empresa italiana fundada em 1876 tem um novo projeto no qual está a produzir, em parceria com agricultores americanos, algodão orgânico, que é rastreável do campo à loja. A fibra é transformada em fios e tecidos que servem uma variedade de segmentos da moda, da camisaria ao sportswear.

[©Albini]

O Biofusion é um algodão orgânico rastreável cujo cultivo é gerido e controlado diretamente pela Albini em parceria com agricultores locais. O objetivo é garantir o total cumprimento dos regulamentos, elevados padrões de qualidade e rastreabilidade de toda a cadeia produtiva.

«O primeiro projeto para o cultivo exclusivo de algodão orgânico Biofusion começou nos EUA, devido à colaboração próxima com seis agricultores americanos localizados no Texas, Novo México e Califórnia», explica Daniele Arioldi, presidente da ICA – I Cotoni di Albini S.p.A., uma empresa do grupo Albini que se dedica a selecionar matérias-primas e fios.

O grupo tem estado empenhado na investigação e seleção de matérias-primas de qualidade e em estudar a melhor forma de as cultivar. A empresa tem uma longa experiência no cultivo direto de algodão no Egito, Barbados e EUA.

O Biofusion é produzido com uma mistura de diferentes algodões orgânicos americanos – mais especificamente Supima, o melhor algodão americano de fibra extra-longa, e Upland, um algodão de boa qualidade também de fibra longa. Com um dos agricultores, a Albini desenvolveu mesmo um método inovador de irrigação gota a gota, que permite minimizar o consumo de água e evitar o desperdício.

O algodão resultante é ainda cientificamente rastreável graças à aplicação de um método desenvolvido pela Oritain, que usa a ciência forense para provar a origem das fibras. O processo de rastreabilidade começa com a recolha de amostras de algodão no campo – estas são analisadas pela Oritain para testar as propriedades químicas das fibras. Através de modelos estatísticos, estes dados são transformados numa “impressão digital de origem” única para esse algodão e o ambiente que o origina. O produto pode ser verificado a cada fase da cadeia de produção para comprovar que é compatível com a sua impressão digital de origem: apenas uma identificação exata prova que o produto é autêntico.

Atualmente, o produto final pode ser rastreado do campo ao ponto de venda: uma garantia não apenas de origem, mas também de qualidade e de produção sustentável e ética, salienta a Albini.

Biofusion [©Albini]
«As nossas culturas de algodão são supervisionadas no local por Jeff Elder (ex-diretor-geral da Oritain orth America e ex-vice-presidente da J.G. Boswell Company) como responsável do Albini Group Cotton Hub nos EUA», revela Fabio Tamburini, CEO do grupo Albini. «O objetivo é assegurar o cumprimento dos padrões éticos e de qualidade e melhorar o controlo direto de toda a cadeia de produção», acrescenta.

A Albini desenvolveu entretanto tecidos Biofusion para abranger vários tipos de vestuário, desde camisaria a fatos, casacos e calças. Os fios usados na tecelagem têm ainda a certificação GOTS – Global Organic Textile Standard e estão disponíveis para venda para outros produtores de tecidos, sportswear ou meias.

Ao longo dos últimos 12 meses, a produtora italiana de tecidos, que conta com 144 anos de história e sete unidades produtivas, quatro das quais em Itália, tem apostado em lançar novidades no mercado, incluindo os tecidos ViroFormula, com funcionalidades antivíricas graças aos acabamentos com tecnologia Viroblock da HeiQ. O grupo lançou também, em colaboração com a UNIDO (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial), o Re.act, um projeto com o objetivo de promover soluções para a reciclagem de denim na indústria têxtil de algodão do Egito.