Inicialmente com uma loja em Valença, a Casa Alvarinho pretende agora partir à conquista da Península com os seus artigos de cama, mesa e banho. Actualmente com 14 lojas, a empresa fundada há 40 anos por Álvaro Palhares, tem neste momento como objectivo a duplicação da sua rede de lojas. Para a família Palhares, Espanha é a grande prioridade da marca. No entanto, espera ainda este ano, abrir na capital do Chile uma loja em regime de franchising, noticia o Expresso. Mas a Casa Alvarinho não pretende ficar por aqui, planeando mais duas aberturas para Outubro, fechando o ano com 12 lojas em Portugal e duas em Espanha, uma em Madrid e outra em Tenerife. Os responsáveis da empresa esperam que durante o próximo exercício, a facturação desta rede de lojas chegue aos 10 milhões de euros. Tendo como base, clientes galegos e as grandes famílias do Porto e Lisboa, que faziam lá os enxovais dos seus filhos, o fundador da loja resolveu abrir mais duas lojas, sendo, no entanto, da responsabilidade dos seus filhos a expansão longe de Valença. Há cinco anos, os irmãos Palhares decidiram, então, tentar a sua sorte em Madrid, abrindo uma loja. Aqui, os custos operacionais são idênticos a Lisboa mas, as margens mais atractivas. Mais recentemente decidiram apostar no franchising, procurando parceiros que levem a marca às principais cidades do país. Em dois anos a Casa Alvarinho abriu oito lojas franchisadas, uma das quais em Tenerife (sendo que a nona vai abrir em Espinho), e às quais se juntam as cinco que detém directamente, estando já incluída a loja que vai abrir em Campo de Ourique, em Lisboa. O sócio-gerente, Álvaro Palhares, explica, no entanto, que evitam os centros comerciais, dado que «a nossa filosofia de atendimento e o tipo de produto não se adequam à lógica de um centro comercial, além dos custos de funcionamento serem muito superiores». Apesar da prevista expansão para o Continente, com a abertura de mais lojas no Porto e Lisboa e a recente aposta em Coimbra, Leiria e Faro, é no mercado espanhol que a Casa Alvarinho centra os seus esforços. Para Álvaro Palhares «a prioridade são cidades da Cantábria, como Santander, e do País Basco como Bilbao ou San Sebastián, que aliam um bom poder de compra à reduzida oferta de têxteis-lar. Barcelona está também nos nossos planos, mas é um mercado mais concorrencial e difícil pela sua tradição têxtil». Anualmente a marca de Valença movimenta cerca de 200 mil peças, distribuídas por duas colecções com 650 artigos concebidos por «designers» próprios, apresentando como vantagem competitiva a «coordenação» dos seus elementos de cama e banho e acessórios de decoração. No que diz respeito aos seus fornecedores, são empresas de Guimarães, importando do Vietname, Índia e Letónia alguns complementos que não existem no nosso país, mas permanecem fiéis ao «made in Portugal». Álvaro Palhares admite ter sido contacto por um fornecedor paquistanês que lhe apresentou uma proposta imbatível mas, «porque a qualidade era francamente inferior», recusou, pois «quando assim é, o preço não conta», garante.