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Americanos aceleram drones

A FAA anunciou recentemente as 10 candidaturas selecionadas para ajudar a acelerar o uso de veículos aéreos não tripulados – drones nos EUA. A Amazon ficou de fora, enquanto a Apple ficou dentro dos projetos-piloto escolhidos.

A Virginia Tech, uma das vencedoras, confirmou que a Alphabet, com o Projeto Wing – semelhante ao Amazon Prime –, a AT&T, Intel, Airbus e a Dominion Energy estão entre os seus parceiros num programa-piloto que explora a entrega de encomendas, gestão de emergências e inspeção de infraestruturas.

Um porta-voz do Departamento de Transportes da Carolina do Norte, outro dos vencedores, assegurou que a Apple está entre os seus parceiros, com a gigante eletrónica a planear usar o programa-piloto para melhorar o Apple Maps.

Os projetos selecionados visam produzir dados para auxiliar a Administração Federal da Aviação (FAA) norte-americana no estabelecimento de regras e regulamentos para integrar e escalar os drones com segurança. A FAA precisa ainda de decidir algumas questões antes do arranque dos projetos-piloto, incluindo se as entregas de drones devem seguir as ruas das cidades ou cruzar espaços privados, por exemplo.

Os 10 projetos-piloto de teste de drones selecionados entre as 149 candidaturas estão na Califórnia, Tennessee, Dakota do Norte, Nevada e Kansas, entre outros Estados norte-americanos.

A Flirtey, sediada no Estado do Nevada, uma startup de entrega de drones, revelou ser parceira em quatro das candidaturas vencedoras, incluindo a da Virginia Tech. A Flirtey adiantou em comunicado que a empresa e os parceiros do governo «terão agora acesso a aprovações regulatórias aceleradas enquanto trabalham em conjunto para alargar as operações de entrega de drones que salvam vidas».

A secretária dos Transportes dos EUA, Elaine Chao, reconheceu em declarações à agência Reuters que a utilização de drones está em crescendo, asseverando que o governo deve «indicar o caminho a seguir» para garantir a integração segura dos drones no quotidiano dos americanos.

Chao sublinhou ainda que «não há derrotados» e que dezenas de candidaturas não selecionados poderiam vir a receber a aprovação da FAA nos próximos meses.

A Amazon, que anseia um dia entregar encomendas com uma frota de drones, lamentou que as suas candidaturas não tenham sido selecionadas, mas apoia os esforços dos EUA.

«Estamos focados no desenvolvimento de um modelo operacional seguro para drones no espaço aéreo e vamos dar continuidade ao nosso trabalho para transformar isso numa realidade», afirmou Brian Huseman, representante da Amazon.

Questionado sobre o motivo pelo qual o Departamento de Transportes não havia selecionado a Amazon nem o DJI, o vice-secretário dos Transportes Jeff Rosen esclareceu que os projetos passaram por um rigoroso processo de revisão. «Não houve derrotados – apenas vencedores», disse Rosen. «Este é um primeiro passo importante no processo de integração de drones», acrescentou.

A Apple planeia usar o programa de testes de drones na Carolina do Norte para recolher informações que possam ser atilizadas na melhoraria do serviço Apple Maps, explorando o mapeamento aéreo, de acordo com a empresa. «A Apple está comprometida em proteger a privacidade dos americanos, incluindo o processamento desses dados para desfocar rostos e placas antes da publicação», explicou.

Já a Microsoft está entre os parceiros de um projeto do Kansas e a Qualcomm está envolvida numa candidatura vencedora da cidade de San Diego para testar uma ampla gama de aplicações de segurança pública, comerciais e de resposta a emergências.

O presidente-executivo da Memphis Airport Authority, Scott Brockman, indicou que esta também foi escolhido e que a parceira FedEx irá recorrer a drones para inspecionar aeronaves no seu centro de operações no Tennessee, bem como fazer entregas de peças e algumas entregas de encomendas entre o aeroporto e outras localidades de Memphis. Outro dos parceiros da Memphis Airport Authority é a General Electric.