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Anunciantes portugueses investem mais na Internet

Os anunciantes portugueses estão a investir mais na Internet, uma consequência esperada pelo facto do número de utilizadores deste canal estar a crescer nos últimos anos, e a marca de vestuário desportivo Nike é um dos três maiores, juntamente com o BPI e a TMN. «O investimento que realizamos nos meios on-line são de cerca de 6 por cento da campanha total de publicidade para todos os meios disponíveis a nivel mundial. A página da Web é personalizada consoante a campanha», salienta Pedro Costa, director do departamento de Marketing da delegação da Nike América em Portugal, ao Jornal Têxtil. «Temos páginas web que correspondem a campanhas que queremos promover durante todo o ano, como a que se exibe em nikewomen.com, nikerunning.com, nikefootball.com, que tem uma versão para Portugal (ver foto), nikeid.com e nikebasketball.com. Outras paginas web só existem durante o período em que ocorre uma campanha publicitária concreta, como por exemplo a nikefree.com», acrescenta Pedro Costa.

Embora ainda não existam dados concretos sobre o efectivo montante de investimento, percebe-se que Portugal segue a tendência verificada em Inglaterra e nos Estados Unidos.

Para José Frade, director-geral da Media Contact, há uma razão para o crescente sucesso deste meio em detrimento dos demais, pois «tem maior eficácia em relação aos meios tradicionais, como a televisão ou a rádio, uma vez que a atenção dos utilizadores é redobrada quando estão a navegar na Internet, e o retorno é, assim, maior do que nos restantes meios de comunicação, já que atinge o público certo e permite, não só comunicar, mas concretizar».

O presidente da Associação Portuguesa de Anunciantes, Barata Simões, acrescenta mais duas vantagens deste meio: um target mais definido e a possibilidade de escapar a meios que já estão saturados. Adianta ainda que há uma boa taxa de retorno do investimento, onde o anunciante paga consonante as visitas e os cliques na página, sendo um meio que dá estabilidade ao anunciante.

Segundo os últimos dados da Marktest, o número de páginas online visitadas aumentou 56,9% em Portugal entre 2002 e 2004, e o tempo aí dispendido cresceu 51%. Em 2002 houve 1,596 milhões de residentes a aceder à Internet a partir de suas casas e foram visitadas mais de 7,7 mil milhões de páginas, o que dá uma média de 50 horas por utilizador. Dois anos depois, embora o número de utilizadores se tenha mantido, as visitas aumentaram para 12 mil milhões de páginas e o tempo total de navegação chegou aos 121 milhões de horas.