A Asos Plc revelou uma série de novas iniciativas orientadas no sentido de alcançar vendas no valor de mil milhões de libras esterlinas (1,234 mil milhões de euros) nos seus cinco principais mercados, nos próximos cinco anos. «É a todo vapor», afirma o director-executivo Nick Robertson, acrescentando que «tudo uma questão de transformar a Asos num destino de moda, não apenas numa loja de moda». Entre os planos da empresa encontra-se uma possível ligação com um ou dois retalhistas «com uma presença em cada rua principal em toda a parte», que permitirá aos clientes da Asos a recolha das encomendas realizadas on-line e a entrega de devoluções. Reiterando que as negociações ainda estão em fases muito prematuras, Robertson está confiante de que o sistema vai estar em funcionamento «ao longo do próximo ano». O responsável defende que este sistema não apenas «eleva a fasquia para os nossos concorrentes», como é «mais um passo no alívio da preocupação percebida com as compras na Internet», para os clientes que actualmente têm de receber entregas em casa ou no escritório. O retalhista também revelou que investiu 20 milhões de libras num novo armazém, que irá apoiar a longo prazo o seu ambicioso plano de crescimento das vendas. As instalações, localizadas em Barnsley, no Yorkshire, são o triplo do tamanho do actual armazém existente em Hemel Hempstead, com uma capacidade inicial para suportar cerca de 600 milhões de libras em vendas anuais. Mas o centro de distribuição também pode ser “desdobrado” para uma capacidade de cerca de 1,1 a 1,2 mil milhões de libras e será utilizado para responder a encomendas internacionais – com expedições da sua gama de 36 mil linhas de marca de terceiros e marca própria, actualmente enviadas para 167 países. O anúncio surgiu no momento em que a Asos, que visa um público sensível à moda entre os 16 e os 34 anos de idade, divulgou que o seu lucro antes de impostos subiu para os 20,3 milhões de libras (25,05 milhões de euros) no ano que findou a 31 de Março, a partir dos 14,1 milhões de libras (17,4 milhões de euros) um ano antes. O volume de negócios do grupo cresceu 35% para os 223 milhões de libras (cerca de 270 milhões de euros), partindo dos 165,4 milhões de libras no ano anterior, com as vendas internacionais a quase duplicarem para os 63 milhões de libras e as receitas no Reino Unido a aumentarem 20% para os 160 milhões de libras (193,7 milhões de euros). O apelo global da empresa deverá aumentar ainda mais com o lançamento no Outono deste ano de websites dedicados aos clientes dos EUA, França e Alemanha, os quais eliminam algumas das barreiras para as compras on-line, como as condições locais de pagamento. As entregas e devoluções locais são também um problema e enquanto as soluções de devoluções no país já estão a funcionar para os EUA e Irlanda, as soluções para a França e a Alemanha só serão lançadas no final deste ano. O mercado norte-americano, em particular, é visto como possuindo enorme potencial, já posicionado em segundo lugar atrás do Reino Unido e com um crescimento de 180% ao ano. O mercado de vestuário on-line nos EUA deverá crescer dos 23,6 mil milhões de dólares em 2008 para os 42,7 mil milhões de dólares em 2012, mas no que se refere à Asos está praticamente inexplorado, com uma proporção muito inferior de consumidores-alvo abrangidos, quando comparado com o mercado britânico.