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Associações têxteis unidas contra importações chinesas

Os produtores de têxteis norte-americanos reuniram-se no dia 10 de Junho para discutir formas de persuadir a administração Bush a tomar medidas contra as importações chinesas. Dirigentes da ATMI (American Textile Manufaturers Institute), AFMA (American Fiber Manufacturers Association), AMTAC (American Manufacturing Trade Action Coalition), AYSA (American Yarn Spinners Association), NCC (National Cotton Council) e da NTA (National Textile Association) acordaram em unir esforços para analisar em conjunto a política comercial dos EUA com a China. Um dos pontos-chave na agenda foi a definição das medidas necessárias para assegurar a sobrevivência e a prosperidade dos intervenientes na indústria têxtil norte-americana. Os grupos envolvidos acreditam que o aumento das importações chinesas ao longo dos últimos 18 meses ameaça conduzir muitas empresas têxteis para fora do negócio, levando a uma grave perda de empregos e à redução de outros fornecedores externos. De acordo com um relatório da ATMI, se o governo norte-americano não agir, a China irá ganhar controlo de entre 65% e 75% do mercado dos EUA quando as quotas sobre as importações chinesas forem removidas a 1 de Janeiro de 2005. Cass Johnson, vice-presidente da ATMI, disse à Reuters que «todos estes grupos reconhecem que a China é a ameaça comum e a única forma de sobreviver… é fazer com que o governo actue nas medidas de protecção relativamente aos têxteis chineses». Como condição da entrada da China na OMC (Organização Mundial do Comércio) esta concordou numa medida que iria permitir aos EUA reimplantar temporariamente as quotas, caso as importações aumentassem de forma acentuada. Os receios da indústria têxtil em relação à China aumentaram com uma medida da OMC requerendo que os EUA eliminassem todas as restantes quotas dos têxteis e do vestuário até 2005. No entanto, fontes governamentais chinesas ligadas ao comércio e à indústria acreditam que as medidas de protecção contra os têxteis chineses, implementadas em 21 de Maio, excedem o previsto no acordo da China com a OMC.