Porta-vozes num programa intra-africano de promoção de comércio, organizado pelo Internacional Trade Centre (ITC), advertiram os fabricantes africanos de vestuário que poderiam brevemente deixar de beneficiar do acordo especial de AGOA (Africa Growth and Oportunity Act). Este acordo permite aos produtores importar tecidos de fora do continente e dos EUA. Contudo, esta subvenção termina a 30 de Setembro de 2004 e, a não ser que as empresas tenham dado passos no sentido de investir ou mesmo estabelecer relações com os fabricantes da África sub-sahariana, a indústria pode perder uma das suas maiores vantagens, para não falar nas centenas de postos de trabalho que serão cortados. Shawna Turner, conselheira do AGOA para a África, afirmou que é essencial que os fabricantes de vestuário trabalhem com fornecedores locais porque as quotas nas importações chinesas para os Estados Unidos também irão cair no final de 2004, fazendo com que as importações livres de impostos sejam a única vantagem para a África sob o acordo até que este expire em 2008. Walter Simeoni, presidente as Textiles Federation SA e vice-presidente da International Textile Federation, adiantou que os fabricantes de vestuário estão constantemente a usar a falta de capacidade têxtil como desculpa para não tirarem um maior partido do acordo de AGOA, mas a actual capacidade da indústria local é 2,5 vezes maior do que o requerido no AGOA. Vários passos foram dados para promover as exportações, incluindo um sistema de benefício fiscal, que permite aos fabricantes importar tecidos livres de impostos, serão utilizados para fabricar vestuário para exportação.