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Boa colheita em 2015

No ano passado, as vendas da retalhista espanhola cresceram 15,3%. A Mango MNG Holding superou as suas expectativas com uma faturação consolidada de 2.327 milhões de euros, Uma boa matemática endereçada ao seu novo modelo de retalho, que aposta na abertura de portas a megastores.

Os números superaram as previsões de um aumento de 13%. A chave para este crescimento nas vendas, de acordo com um comunicado divulgado pela marca de moda, foi «a consolidação progressiva do projeto de  transformação comercial no qual o grupo investiu 1.200 milhões de euros nos últimos três anos e que permitiu alargar a superfície de venda em mais de 300.000 m2 através da abertura de 164 megastores, das quais 63 abriram em 2015».

Em Espanha, onde proporcionalmente se concentra o maior número de megastores (25 espaços), a faturação cresceu 20,1%, o que veio validar a aposta neste novo formato de loja.

O conceito de megastore foi iniciado em 2013, com pontos de venda que oferecem todas ou grande parte das linhas do grupo (mulher, homem e criança).

Entre os novos projetos, destacam‐se as últimas flagship stores inauguradas na famosa avenida Corso Vittorio Emanuele, em Milão, na Las Ramblas, em Barcelona, ou na Henry Street, em Dublin. Para o corrente ano, a Mango prevê ainda a abertura de 45 novas lojas. No final de 2015, a retalhista espanhola apresentava uma carteira de 2.730 pontos de venda em 109 países.

«Transformámos o nosso modelo de negócio para que seja muito mais atrativo aos olhos do cliente e para ganharmos a sua confiança. Está planeada uma aposta no crescimento em detrimento de benefícios a curto prazo e esta irá traduzir-se numa maior rentabilidade nos próximos anos. Contamos com a melhor equipa para colocar este plano em marcha», considera o vice‐presidente executivo da empresa, Daniel López.

Mas nem só no ambiente físico prospera a Mango. A faturação das vendas online – a marca está disponível entre cliques em 83 países – continuou a aumentar o seu peso nas contas do grupo e, no final de 2015, o digital respondia com 10,7% do total de vendas. Mais concretamente, o canal online atingiu um valor de vendas de 234 milhões de euros, mais 27% em comparação com 2014.

No ano passado, a expansão centrou‐se na América do Sul, Ásia e África, «com o intuito de completar a oferta de produto em países onde a marca já está estabelecida através de lojas físicas». Os últimos mercados nos quais a Mango entrou incluem o Egito e a África do Sul, «pelo que a marca está, assim, presente nos cinco continentes».

Ao longo de 2015, a Mango reforçou também a sua aposta na estratégia omnicanal. Como resultado, «no ano passado quase 600.000 clientes levantaram as encomendas efetuadas online nas lojas físicas e foram efetuadas mais de 540.000 encomendas nas lojas físicas através do iPad».

Todavia, o crescimento nas vendas ainda não representa «um aumento da rentabilidade». «O impacto de algumas flutuações de câmbio, especialmente do dólar, e o aumento das amortizações ligadas com o investimento tiveram um impacto nos benefícios do grupo, que terminou o ano com um lucro de 4 milhões de euros em comparação com os 107 milhões do ano anterior», informa ainda o documento.

Nascida e com sede central em Barcelona, a Mango contava, no final de 2015, com uma rede de mais de 2.730 lojas em 109 países.