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Breves

  1. LVMH falha previsões
  2. CEO’s não cumprem requisitos
  3. Victoria’s Secret em reestruturação
  4. Alibaba compra quota na Lazada
  5. Lenços Trump retirados do mercado
  6. Chineses alimentam retalho na Coreia

    1LVMH falha previsões

    O LVMH registou vendas abaixo das expectativas no primeiro trimestre, com as compras dos turistas em mercados cruciais, como França e Hong Kong, a manterem-se em baixa. O crescimento das vendas comparáveis da divisão de moda e peles, que inclui as marcas Dior e Louis Vuitton e gera a maior parte do volume de negócios, manteve-se estável durante o período, ficando abaixo das expectativas do mercado de um aumento de 2% a 3%. Nos dois trimestres anteriores, a unidade registou um aumento das vendas de cerca de 3%. «O mercado americano está forte e a Europa continua bem orientada, exceto França, que está a ser afetada por uma quebra no turismo», indicou o LVMH em comunicado. «Os mercados asiáticos variam mas o Japão continua a progredir», acrescentou. O LVMH, que detém mais de 60 marcas de luxo, incluindo o conhaque Hennessy e os perfumes Guerlain, gerou vendas de 8,62 mil milhões de euros no primeiro trimestre, abaixo das previsões médias da Thomson Reuters de 8,72 mil milhões de euros. «No geral, não é muito surpreendente, já que o LVMH e a unidade de moda e peles do LVMH são tão grandes que podem ser vistos como representantes do sector de bens de luxo – e o sector de bens de luxo está numa posição desfavorável», afirma Luca Solca, analista do Exane BNP Paribas.

    2CEO’s não cumprem requisitos

    Mais de um terço dos CEO’s do retalho em todo o mundo são vistos como «não ajustados à função» pelos seus pares, segundo um estudo a mais de 100 executivos seniores do retalho de todo o mundo. O estudo “The DNA of the Future Retail CEO” foi publicado por altura do 10.º Congresso Mundial do Retalho. Os atuais líderes da indústria do retalho não têm as capacidades técnicas adequadas e os traços de personalidade exigidos e estão a falhar na urgência e na vontade de fazer a transformação necessária no ambiente de retalho atual, revela o estudo. «É evidente a partir da pesquisa que, aos olhos do nosso painel mundial, muitos diretores-executivos simplesmente não correspondem à descrição das suas funções», afirma Ian Cheshire, presidente do conselho de administração dos grandes armazéns britânicos Debenhams. Muitos CEO’s têm grandes falhas no que diz respeito ao domínio de capacidades digitais, aponta o estudo, que justifica isso com o facto de muitos CEO’s terem ganho conhecimentos através de operações em loja, pelo que quando chega a altura de usar tecnologia e media sociais para se ligarem ao consumidor, estão menos confortáveis. Cerca de 37% dos inquiridos afirmou que os atuais CEO’s não estão preparados para a função em termos técnicos. «O défice de capacidades – e pontos de interrogação sobre a vontade de se adaptarem dos CEO’s de hoje – é uma grande preocupação para o sector. Este é um problema sério em todo o mundo», conclui Ian Cheshire.

    3Victoria’s Secret em reestruturação

    A proprietária da Victoria’s Secret, a L Brands Inc, registou vendas acima das expectativas dos analistas em março e revelou que vai reestruturar o seu negócio para se focar nas principais categorias. A L Brands afirmou que vai criar três unidades dentro do negócio da Victoria’s Secret – a Victoria’s Secret Lingerie, a Pink e a Victoria’s Secret Beauty – e eliminar algumas categorias de produto. As mudanças pretendem concentrar o foco da empresa e simplificar o modelo de operações, explicou o diretor-executivo Leslie Wexner. A Pink vende lingerie e produtos de cuidado pessoal para mulheres na faixa dos 20 anos, que frequentam a universidade, enquanto a Victoria’s Secret Beauty vende produtos de beleza e acessórios. A Victoria’s Secret é o principal negócio da L Brands, tendo representado 63% do volume de negócios no ano passado. As vendas nas lojas abertas há mais de 12 meses subiram 3% em março, duplicando o crescimento de 1,5% esperado pelos analistas consultados pela Consensus Metrix. Para além da Victoria’s Secret, a L Brands detém a Bath & Body Works e a Other Brands, que inclui a La Senza e a Henri Bendel. A L Brands Inc indicou que poderá eliminar cerca de 200 postos de trabalho nos escritórios de Columbus e Nova Iorque.

    4Alibaba compra quota na Lazada

    O Alibaba comprou uma quota maioritária no valor de mil milhões de dólares (cerca de 885 milhões de euros) na empresa de comercio eletrónico Lazada, numa altura em que procura expandir-se no mercado de consumo do sudeste asiático. O investimento do Alibaba consistiu em novo capital de risco lançado pela Lazada, sediada em Singapura, e aquisição de ações de alguns acionistas da empresa. Michael Evans, presidente do Alibaba, sublinhou que o investimento permite ao Alibaba ter acesso a uma crescente base de consumidores fora da China, ligando marcas e distribuidores com os consumidores entre as duas regiões. A Lazada opera atualmente plataformas de comércio electrónico na Indonésia, na Malásia, nas Filipinas, em Singapura, na Tailândia e no Vietname. Estes seis mercados têm uma base de utilizadores de internet de 200 milhões, segundo o Internet Live Stats. «O sudeste asiático é um mercado de consumo atrativo impulsionado pelos dispositivos móveis que é muito fragmentado e diverso, com barreiras significativas à entrada e um sector de retalho moderno nascente que tem um grande espaço para crescer», acredita Max Bittner, CEO do Lazada Group.

    5Lenços Trump retirados do mercado

    A Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos EUA ordenou a recolha de 20 mil lenços da marca Ivanka Trump, considerando que os acessórios não respondem aos padrões federais de inflamabilidade para vestuário. A ordem inclui dois dos estilos: The Beach Wave e Brushstroke Oblong. Os lenços, feitos em 100% rayon com uma etiqueta preta com “Ivanka Trump” bordado a prata, foram produzidos na China e importados pelo distribuidor GBG Accessories Group. Os lenços estavam à venda na Amazon.com assim como em vários retalhistas físicos, incluindo a Lord & Taylor e a TJ Maxx. Embora os lenços tenham um risco associado de queimaduras, não houve nenhum incidente reportado. Trump é a CEO da sua própria marca de moda, a Ivanka Trump Collection, lançada em 2007 com uma linha de joalharia mas que mais tarde se expandiu para outras categorias, incluindo vestuário, carteiras e acessórios.

    6Chineses alimentam retalho na Coreia

    Os retalhistas da Coreia do Sul venderam quase três vezes mais artigos online a clientes estrangeiros do que no ano anterior, com a procura dos consumidores chineses pelo vestuário e produtos de beleza a continuar a crescer. Estima-se que tenham sido vendidos 130 milhões de dólares (115,1 milhões de euros) em artigos através de websites de comércio electrónico da Coreia do Sul durante o ano, segundo os dados do Instituto de Desenvolvimento da Coreia, em comparação com 44,6 milhões de dólares em 2014. Os consumidores chineses foram responsáveis por grande parte deste crescimento, com uma quota de 42,2%, seguidos de Singapura, com 21,1%, e dos EUA, com 17,1%. Apesar do crescimento nas exportações de comércio electrónico, o The Korea Herald indicou que o país está igualmente a comprar cada vez mais de websites internacionais. Em 2014, os consumidores sul-coreanos compraram artigos no valor de 1,5 mil milhões de dólares a retalhistas online estrangeiros. O relatório do Instituto sublinha que a China foi uma parte crucial das exportações de comércio electrónico da Coreia do Sul e que a sua importância deverá aumentar nos próximos anos.