- Forbes revela as maiores empresas de vestuário
- Compras online disparam no Império do Meio
- Vans e & Other Stories juntas para o verão
- Uniqlo joga todas as cartas nos EUA
- Pedras no caminho da Marks & Spencer
- Alibaba investe na China rural
1Forbes revela as maiores empresas de vestuário
Christian Dior, Nike e Inditex são as maiores empresas de vestuário do mundo, de acordo com a revista Forbes. As empresas de vestuário ocupam 29 posições no ranking de 2.000 empresas Forbes Global, que lista anualmente as maiores empresas do mundo tendo como base critérios como volume de negócios, lucros, ativos e valor de mercado. Entre os 29 nomes, onde constam ainda a Coach, a Burberry e a Hermès, a Christian Dior, a Nike e a Inditex ocupam os primeiros lugares na área do vestuário. A Christian Dior ocupa a 216.ª posição, tendo caído 36 lugares em comparação com o ano passado. Tem, contudo, o primeiro lugar do sector devido às vendas de 41,6 mil milhões de dólares (37,4 mil milhões de euros), lucros de 1,7 mil milhões de dólares e 68 mil milhões de dólares em ativos (no período de 12 meses até 22 de abril). A Nike surge no 261.º lugar, tendo subido 28 posições face ao ano passado. A gigante do vestuário de desporto registou vendas superiores a 32 mil milhões de dólares, com lucros de 3,8 mil milhões de dólares. Com uma série de patrocínios a atletas como Serena Williams e LeBron James, a Nike está confiante que estes números vão aumentar. «Tal como os atletas em todo o mundo, o futuro da Nike tem um potencial ilimitado», escreveu o CEO Mark Parker no relatório anual da empresa. A Inditex – diminutivo de Industria de Diseño Textil – subiu sete posições, para o 310.º lugar. A empresa registou 23 mil milhões de dólares de volume de negócios nos 12 meses terminados a 22 de abril.
2Compras online disparam no Império do Meio
As compras online na China multiplicaram-se mais de 12 vezes em termos de volume nos últimos cinco anos, impulsionadas por gastos mais elevados em áreas como viagens, alimentação e educação. O consumo per capita online subiu 27% entre janeiro de 2011 e abril de 2016, segundo um estudo da plataforma de serviços financeiros Ant Financial, pertencente ao Alibaba, e de um instituto de investigação económica. Alimentação e restaurantes, voos, educação e utilidades são as categorias com maior crescimento anual, superando em média os 70%, indicou o jornal China Daily. Os gastos em beleza, joalharia e entretenimento foram impulsionados sobretudo por residentes em cidades maiores, como Pequim e Xangai, enquanto nas cidades mais pequenas o consumo online foi suportado especialmente por compras de artigos de necessidade quotidiana. O forte crescimento das compras online ajudou a estabilizar o abrandamento económico na China e a impulsionar o consumo, afirmaram os analistas, num período em que o país está a fazer a transição de uma economia baseada no investimento para uma economia apoiada no consumo. O consumo representou 66,7% do PIB chinês em 2015, do qual 29,1% resultou das compras online.
3Vans e & Other Stories juntas para o verão
A Vans fez uma parceria com a marca & Other Stories, da Hennes & Mauritz, para uma coleção especial para o verão. O projeto Co-Lab levou à criação de três modelos exclusivos de ténis para serem transformados numa tela artística para os designs da & Other Stories. A coleção apresenta o modelo Slip-On e Old Skool em tecido em cru, juntamente com um modelo Slip-On em pele com um estampado criado por Pauline Abascal, designer de padrões no atelier de Paris da & Other Stories. O design apresenta um esquema de cores ousado, com verde-esmeralda, tons de pêssego e vermelhos queimados, misturados num padrão moderno e abstrato tipo aguarela. «A inspiração veio de pinturas, o que levou à ideia de usar uma tela», explica Pauline Abascal. «As nossas três versões diferentes variam de uma tela limpa a uma pele pintada de forma vibrante, quase como uma peça de arte que se pode usar com qualquer coisa», acrescenta. Camille Thin, diretora sénior de merchandising de senhora na marca de moda, acrescenta que o resultado é um produto que parece «elaborado e luxuoso». Esta é a segunda colaboração da marca de moda sueca, que anunciou recentemente uma parceria com a designer de acessórios em pele Zana Bayne para uma coleção cápsula para o outono. A & Other Stores pertence ao grupo da H&M mas tem uma abordagem mais escandinava e minimalista ao design. A coleção Vans & Other Stories Co-Lab está já disponível nas lojas e em stories.com, com preços entre os 85 e os 100 euros.
4Uniqlo joga todas as cartas nos EUA
O relançamento das operações nos EUA da Uniqlo são a prioridade da Fast Retailing. «O mercado americano é o mais importante. Estamos atualmente com dificuldades, mas vamos reconstruir», afirmou Tadashi Yanai, CEO da Fast Retailing, que detém a marca. «As pessoas conhecem-nos em locais como Nova Iorque. Mas não somos conhecidos noutras áreas. Gostaríamos que as pessoas conhecessem os nossos produtos, o nosso nome, a nossa forma de pensar», acrescentou, em declarações aos jornalistas à margem do evento de apresentação da coleção outono-inverno da Uniqlo. Yanai não avançou detalhes sobre como a Uniqlo pretende aumentar a notoriedade da marca nos EUA, onde concorre com marcas da fast fashion como H&M e Zara, mas adiantou que inicialmente irá direcionar-se para os consumidores nas principais áreas metropolitanas. A Uniqlo nem sempre revelou os resultados no negócio nos EUA, mas tem perdido dinheiro consistentemente desde o impulso de expansão, que começou há cinco anos. A estratégia da empresa de expandir-se em centros comerciais suburbanos tem falhado, com a Uniqlo a ter dificuldade em conquistar os consumidores com os seus artigos simples e acessíveis que muitas vezes incorporam materiais inovadores como malhas que retêm o calor. A empresa prevê um prejuízo de 4 mil milhões de ienes (32,3 milhões de euros) nas operações nos EUA nos seis meses até agosto. Mas com a queda da confiança dos consumidores e diminuição da população no seu mercado interno, alguns investidores estão a pedir à empresa que abandone os EUA. Alguns analistas acreditam que o sucesso nos EUA irá aumentar a notoriedade da marca e permitir-lhe aumentar as margens de lucro. No mês passado, a Fast Retailing revelou que ainda pretende tornar-se a maior retalhista de vestuário do mundo e que tem como meta abrir 100 lojas Uniqlo nos EUA nos próximos anos.
5Pedras no caminho da Marks & Spencer
A retalhista britânica Marks & Spencer revelou que espera que os lucros sejam afetados a curto prazo, numa altura em que está a apostar num plano para dar a volta ao seu negócio de vestuário e artigos para a casa, que tem tido más performances. Steve Rowe, um veterano que está há 26 anos na empresa, substituiu Marc Bolland como CEO no mês passado, e anunciou que recuperar o negócio de vestuário, que representa cerca de 60% do lucro da retalhista, é a sua prioridade. O plano de Rowe foca-se em melhorias na qualidade, fit e disponibilidade das gamas da M&S. Vai também baixar os preços, reduzir a proporção de vendas em saldos e aumentar o tráfego em loja. «Estas ações, combinadas com as difíceis condições de negócio, vão ter um efeito adverso no lucro a curto prazo», afirmou. «Estamos, contudo, confiantes que o nosso empenho em entregar o produto certo, com o preço e serviço certo vai ajudar a que as vendas de vestuário e artigos para casa regressem ao crescimento», acrescentou. O CEO antecipa que este ano terá uma tendência de vendas semelhante a 2015/2016, em que o volume de negócios subiu 2,4%, para 10,6 mil milhões de libras (13,9 mil milhões de euros). O lucro bruto ficou em 689,6 milhões de libras no ano terminado a 2 de abril, ultrapassando as expectativas médias dos analistas e 673 milhões de libras e os 661,2 milhões de libras realizados em 2014/2015.
6Alibaba investe na China rural
O Alibaba Group vai investir 10 mil milhões de yuans (cerca de 1,4 mil milhões de euros) no comércio eletrónico na China rural nos próximos três anos, sobretudo na melhoria da cobertura da Internet, logística e infraestruturas. A gigante da Internet planeia mais do que duplicar os seus centros de serviços de nível nacional para 700 até março do próximo ano, enquanto o número de centros de nível local irá atingir 100 mil no primeiro trimestre de 2017. Sun Lijun, vice-presidente do Alibaba responsável pelo plano de desenvolvimento rural, afirmou ao jornal South China Morning Post – também detido pelo Alibaba – que a procura nas áreas rurais é enorme e que tem sido apenas travada por insuficientes infraestruturas e informação. «Em média, demora apenas dois ou três dias para que as transações online nas zonas rurais atinjam 100 milhões de yuans», declarou. As áreas rurais tornaram-se um campo de guerra para os gigantes chineses do comércio eletrónico que procuram crescer, com a JD.com a anunciar planos para abrir lojas físicas em 10 mil cidades este ano. Sun Lijun indicou que os concorrentes se têm expandido em cidades mas ainda não chegaram às vilas, que são mais atrasadas e exigem mais investimento em infraestruturas. O Alibaba planeia usar a sua filial financeira Ant Financial e a unidade logística Cainiao Network para criar um ecossistema.