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  1. Russos voltam às compras de luxo
  2. Chineses colocam robot ao serviço da lei
  3. Têxtil indiano em crise por falta de liquidez
  4. Retalho britânico soma e segue
  5. Ferragamo lucra menos
  6. Rita Ora com os dois pés na moda?

1Russos voltam às compras de luxo

As compras de bens de luxo por turistas russos cresceu em outubro pela primeira vez em quase três anos, enquanto as realizadas por turistas chineses registaram um ligeiro declínio, de acordo com os números publicados pela especialista em vendas sem impostos Global Blue. As compras dos turistas russos desceram desde janeiro de 2014, devido à crise económica e à debilidade do rublo, mas no mês passado subiram 2,9%, sugerindo melhores perspetivas na confiança dos consumidores russos, depois da sua quota no mercado de bens de luxo ter caído para aproximadamente 3% em 2015, de acordo com as estimativas dos analistas do UBS. A tendência é ainda negativa para os chineses, cujas compras representam quase 40% do mercado mundial de luxo. Contudo, em outubro o declínio ficou limitado a -7,6% (após quedas superiores a 14% nos dois meses anteriores), graças a uma onda consumista provocada pelo período festivo conhecido como “semana dourada”. Na Europa, o aumento robusto nas compras no Reino Unido continua (+34,7%), impulsionado pela debilidade da libra, enquanto Itália registou uma queda de 8,7%, depois de ter registado uma descida de 8% em setembro. As compras em França desceram mais de 10,8%, embora este seja um valor melhor em comparação com o declínio superior a 20% nos dois meses anteriores. Em termos mundiais, as compras duty-free limitaram a queda a 2,3% em outubro, depois de terem descido 5,9% no mês anterior. Os números da Global Blue não têm em conta compras feitas nos EUA, Hong Kong e Dubai, onde as operações duty-free não existem.

2Chineses colocam robot ao serviço da lei

Uma empresa chinesa de advocacia revelou um robot legal, batizado FaXiaotao, que usa inteligência artificial para analisar a melhor forma de resolver uma disputa, ajudando depois as pessoas a selecionar os advogados mais adequados ao caso. A Tian Tong Law Firm afirma que o robot é capaz de analisar a base de dados da empresa de mais de 300 mil advogados em todo o país e usa termos de pesquisa para ajudar a encontrar as três melhores opções. O serviço está atualmente disponível apenas para clientes empresariais e os seus utilizadores podem ainda ver se têm matéria legal para um processo, por exemplo, no caso de uma empresa que acredita que a sua propriedade intelectual foi copiada por um rival. «Em alguns minutos, o robot verifica se há um caso de concorrência desleal e dá à empresa o nome dos três melhores advogados especialistas que podem tratar do caso», explicou o fundador da empresa, Jiang Yong, ao China Daily. O sucesso da análise do robot depende da base de dados da empresa, que conta ainda com mais de 28 milhões de vereditos e legislação, com mais dados a serem acrescentados regularmente. A empresa indica que tem registado uma elevada procura pelos serviços do robot e que alocou mais de metade dos seus funcionários em tarefas relacionadas com o desenvolvimento da tecnologia.

3Têxtil indiano em crise por falta de liquidez

A falta de liquidez provocada pela retirada de circulação das notas com maior valor na Índia afetou a economia de Tirupur, um grande centro têxtil do país, de acordo com a Mint News. Os produtores na região, que empregam cerca de 500 mil funcionários, afirmam que as encomendas estão em risco, já que muitos não têm os fundos necessários para pagar aos trabalhadores. Os produtores enfrentam uma queda de até 40% no volume de negócios anual, segundo fontes locais. «Não tenho dinheiro para pagar aos meus trabalhadores e eles ou estão de licença ou deixaram o emprego devido à falta de dinheiro», afirmou MP Muthurathinam, proprietário da Rooban Clothing Company, em Tirupur, a um jornal local. Muthurathinam teme que os clientes possam cancelar parte das suas encomendas uma vez que não será capaz de cumprir os prazos de entrega. «Geralmente, novembro e dezembro são meses felizes para nós, já que se materializa um fluxo de boas encomendas devido à época de Natal e Ano Novo no estrangeiro», explicou o empresário. A indústria têxtil tem sido afetada nos últimos 15 dias e o seu impacto será sentido pelo menos durante três a quatro trimestres, acreditam os empresários e as associações. A Associação de Produtores e Exportadores de Tirupur escreveu mesmo ao gabinete do Primeiro-Ministro a pedir atenção urgente para a situação, assim como apoio em termos de liquidez do mercado. A agência de rating Moody’s afirmou que a decisão de retirar as notas de 500 e 1.000 rupias – que representam cerca de 86% das notas em circulação em termos de valor – terá implicações no crédito de todos os sectores da economia. «Contudo, a incerteza sobre o impacto quantitativo a curto e médio prazo desta medida sem precedentes é muito elevada», destacou.

4Retalho britânico soma e segue

As vendas a retalho no Reino Unido cresceram à taxa mais elevada em mais de um ano este mês, com o tempo frio a impulsionar as vendas de vestuário, de acordo com um estudo da Confederation of British Industry. O Distributive Trade Survey da CBI mostra um saldo de +26 em novembro, em comparação com a leitura de +21 em outubro, o que representa o valor mais alto desde setembro de 2015 e um valor bastante superior às expectativas de +12 de uma sondagem da Reuters. Os consumidores britânicos deram poucos sinais de retração no consumo desde o voto no Brexit em junho, apesar de uma queda acentuada na libra que deverá resultar num aumento dos preços no início do próximo ano. O saldo de vendas antecipado pela CBI para dezembro também subiu, enquanto a situação dos retalhistas em termos trimestrais foi a melhor desde fevereiro. «Embora esperemos um crescimento decente no curto prazo, os retalhistas estão a manter-se atentos ao aumento de preços que se aproxima e ao impacto no consumo», afirmou a economista-chefe da CBI, Rain Newton-Smith. A CBI indicou que as vendas este mês foram impulsionadas pelo vestuário e por materiais para a casa, assim como pelas vendas online. «Com o tempo frio, os consumidores a encherem o seu guarda-roupa de inverno ajudou a impulsionar as vendas na high street», revelou Newton-Smith. As vendas a retalho no Reino Unido aumentaram no mês passado ao ritmo mais elevado desde abril de 2022, tendo subido 7,4%, de acordo com os dados oficiais. Os dados da CBI cobrem o período de 27 de outubro a 14 de novembro e baseiam-se nas respostas de 61 cadeias de retalho.

5Ferragamo lucra menos

O grupo italiano de luxo Salvatore Ferragamo registou uma queda de 0,7% nos lucros dos primeiros nove meses do ano – um resultado que ficou abaixo das expectativas e foi provocado por uma queda do volume de negócios na Europa. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, desvalorização e amortizações) desceu para 216 milhões de euros no período, ligeiramente abaixo da estimativa da Thomson Reuters de 220,2 milhões de euros. O volume de negócios desceu 0,7%, para 1.014 milhões de euros, também abaixo da estimativa SmartEstimate da Thomson Reuters de 1.015 milhões de euros. As vendas na Europa durante os primeiros nove meses do ano desceram 5%, em comparação com o mesmo período do ano passado, sobretudo devido a uma queda no consumo dos turistas.

6Rita Ora com os dois pés na moda?

Rita Ora insinuou que pode expandir a sua presença no mundo da moda. A cantora e atriz, que recentemente celebrou a 15.ª coleção colaborativa com a Adidas, está a considerar a possibilidade de desenhar sob a sua própria marca, aponta o site WWD. «Fiz tanto por esta marca e fizemos tanto em conjunto, que não podíamos deixar isso assim», afirmou Ora ao website. «Tenho trabalhado com a Adidas nos últimos três anos e aprendi muito sobre eles e sobre branding, e a colaboração levou-me a grandes projetos no Ano Novo», acrescentou. A estrela estabeleceu a parceria com a gigante do sportswear Adidas inicialmente em 2014, para trabalhar na linha Adidas Originals.