- Sobe e desce na China
- Tailandeses mais confiantes
- American Eagle soma marcas
- Algodão com novos destinos
- Vendas da Gap caem no 3º trimestre
- Vestuário está mais barato no Reino Unido
1Sobe e desce na China
O crescimento da produção industrial da China abrandou em outubro, tal como o investimento, enquanto as vendas a retalho registaram um aumento. O crescimento das vendas a retalho atingiu os 11% em outubro, em comparação com 10,9% em setembro. Já a produção industrial registou um abrandamento, com um aumento de 5,6% em termos anuais em outubro, segundo os dados do gabinete de estatística do país, uma taxa inferior à esperada pelos analistas consultados pela Reuters, que antecipavam um crescimento de 5,8%, e abaixo dos 5,7% registados em setembro. Os números surgem depois da indicação que a inflação permanece estagnada e da publicação de números de comércio desapontantes. Os dados de outubro sobre o comércio ficaram bastante abaixo das previsões, com as exportações a caírem 6,9% e as importações a revelarem uma quebra de 18,8%. Para Chester Liaw, economista na consultora Forecast Pte Ltd em Singapura, a resiliência nas vendas a retalho «está em claro contraste com a quebra na produção industrial, que irá reforçar ainda mais as alegações das autoridades de que os motores de crescimento estão a mudar para o interior». O Vice-Ministro das Finanças afirmou aos jornalistas que o país está confiante de que irá registar um crescimento económico de cerca de 7% este ano, o que representará o ritmo de expansão mais lento num quarto de século.
2Tailandeses mais confiantes
A confiança dos consumidores tailandeses melhorou em outubro pela primeira vez em 10 meses, numa altura em que o governo continua a lançar pacotes de estímulo económicos. O índice de confiança do consumidor aumentou de 72,1 em setembro para 73,4 em outubro, segundo a Universidade da Câmara de Comércio da Tailândia, tendo recuperado de alguns dos níveis mais baixos nos últimos 16 meses. Uma série de medidas de estímulo económico a curto prazo, incluindo um incentivo de 136 mil milhões de baht (3,53 mil milhões de euros) para famílias com rendimentos baixos e novos incentivos fiscais para o sector privado, ajudaram a melhorar a confiança, mas os analistas continuam cautelosos. Thanavath Phonvichai, diretor do Centro de Previsões Económicas e de Negócios da universidade, indicou ao Dow Jones que embora a economia tailandesa possa estar a recuperar, as previsões de crescimento continuam frágeis. O governo já reviu em baixa as previsões de crescimento económico para 2015 três vezes este ano, de 3,2% para 2,7%.
3American Eagle soma marcas
A American Eagle Outfitters comprou a Tailgate Clothing Company, que detém a marca premium de vestuário de homem Todd Snyder New York. O negócio, de 11 milhões de dólares (cerca de 10,3 milhões de euros) pagos em dinheiro e stock, inclui também a marca de vestuário vintage e de inspiração desportiva Tailgate. O fundador e diretor criativo da marca, Todd Snyder, vai integrar a American Eagle como vice-presidente executivo, reportando ao presidente Chad Kessler, enquanto Jimmy Olsson irá assumir o cargo de vice-presidente e continuar a liderar as operações do dia a dia da Tailgate e da Todd Snyder New York. «Estamos muito contentes por acrescentar estas marcas únicas ao nosso portefólio, que nos proporcionam novas e entusiasmantes oportunidades de negócio», afirmou Jay Schottenstein, CEO interino da American Eagle. «O Todd e o Jimmy trazem um talento criativo e competências operacionais excecionais. Eles vão continuar a liderar o negócio, enquanto a nossa organização continua focada em manter o dinamismo e em melhorar os lucros. Os investimentos de capital nas marcas Tailgate e Todd Snyder serão faseados, com uma abordagem de testes e escala com base na rentabilidade e retorno do investimento», acrescentou. No terceiro trimestre, a American Eagle registou um aumento de 9% das vendas comparáveis, tendo aumentado as expectativas de lucro por ação para cerca de 0,34 dólares, o que representa um aumento de 55% face aos 0,22 dólares por ação do ano passado. «Apesar de um ambiente de retalho difícil e de condições meteorológicas desfavoráveis no trimestre, a American Eagle conseguiu obter resultados acima do planeado. A resposta favorável dos consumidores à melhor qualidade e variedade dos produtos e uma experiência de compra mais atrativa alimentou as vendas a preço total e reduziu a atividade promocional, levando a um aumento das margens», resumiu Richard Jaffe, analista da Stifel.
4Algodão com novos destinos
A China deverá permanecer como a maior importadora de algodão em 2015/2016, mas a sua quota nas importações mundiais caiu de 55% em 2011/2012 para 22% em 2014/2015 e pode chegar apenas a 17% este ano. As previsões do International Cotton Advisory Committee (ICAC) surgem após a China ter anunciado no mês passado que a sua quota de importação de algodão em 2016 estará limitada a 894 mil toneladas, o mesmo valor de 2015, para encorajar o consumo de algodão produzido internamente. Ao contrário da China, o ICAC antecipa um aumento das importações por parte de outros países asiáticos, que deverão compensar parcialmente o declínio das compras chinesas. Em 2011/2012, as importações pelo resto da Ásia representaram 31% das importações mundiais de algodão. Em 2015/2016, as importações asiáticas excluindo a China deverão atingir 4,5 milhões de toneladas, representando 60% das importações mundiais, aponta o ICAC. Bangladesh, Vietname e Indonésia são os três principais importadores da região além da China. «O comércio de algodão continua competitivo à medida que a política de algodão da China evolui e países que exportam algodão continuam a procurar novos mercados», destaca o ICAC. «Contudo, a produção de algodão deverá descer 9%, para 23,9 milhões de toneladas, cerca de 1,1 milhões de toneladas abaixo do consumo», acrescenta. A Índia, o segundo maior exportador mundial de algodão, pode registar uma pequena recuperação em 2015/2016, com as previsões de exportação a anteciparem um aumento de 15%, para 1,1 milhões de toneladas. Apesar das previsões de declínio da quota de mercado da China, o ICAC acredita que o país deverá permanecer como o maior importador mundial em 2015/2016, uma vez que a procura por algodão de elevada qualidade será parcialmente respondida com importações. Ainda assim, as importações chinesas deverão cair 24%, para menos de 1,4 milhões de toneladas. A produção na China está estimada em 5,4 milhões de toneladas em 2015/2016 e o governo chinês tem ainda 11 milhões de toneladas na sua reserva. A oferta total de algodão na China para 2015/2016, excluindo as importações, está estimada em 18 milhões de toneladas, o que representa mais do dobro do volume de consumo anual, que rondará as 7,7 milhões de toneladas.
5Vendas da Gap caem no 3º trimestre
A Gap Inc registou um volume de negócios mais baixo no terceiro trimestre, devido a um declínio de dois dígitos nas vendas da Banana Republic. Nos três meses terminados no final de outubro, as vendas desceram 3%, para 3,86 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros), embora se tenham mantido estagnadas a câmbios constantes. As vendas comparáveis para o trimestre desceram 2%, com as vendas da Banana Republic a descerem 12% e as da Gap a caírem 4%. A Old navy foi a única divisão a registar crescimento, com um aumento de 4% das vendas. «Com o outono a ficar para trás, as equipas em todo o nosso portefólio estão focadas numa boa performance para a época festiva», afirmou a diretora financeira Sabrina Simmons. Para o mês de outubro, as vendas da Gap Inc também desceram (-4,8%), para 1,20 mil milhões de dólares, com as vendas comparáveis a caírem 3%. Os analistas da Retail Metrics antecipavam um declínio de 0,6% e sublinharam que este é o sétimo mês consecutivo de vendas comparáveis negativas para a Gap Inc. Os resultados completos para o trimestre serão divulgados no próximo dia 19 de novembro.
6Vestuário está mais barato no Reino Unido
A deflação do preço do vestuário no Reino Unido acelerou em outubro, refletindo os preços mais baixos das matérias-primas e a concorrência entre retalhistas. A deflação dos preços de vestuário e calçado aumentou para 6,2%, em comparação com 6% em setembro, segundo o BRCNielsen Shop Price Index, com todas as subcategorias a permanecerem em território negativo. O vestuário e acessórios de senhora e criança assinalaram uma deflação abaixo do valor para a categoria em geral, enquanto o calçado e o vestuário de homem registaram uma aceleração acentuada da deflação. No vestuário de bebé verificou-se uma deflação pelo segundo mês consecutivo. Em termos mensais, os preços do vestuário e do calçado caíram 0,7%, em comparação com a diminuição de 0,2% em setembro. No geral, os preços baixaram 1,8% em outubro, enquanto a deflação nos artigos não-alimentares desacelerou, passando de 2,9% em setembro para 2,7% em outubro. Com o período de Natal próximo, os retalhistas de bens não-alimentares vão ter de manter os preços baixos para impulsionar o tráfego, acredita Mike Watkins, diretor de retalho e informação de negócio na Nielsen. «Os níveis de consumo no retalho vão ser difíceis de prever nas próximas semanas, mas podemos antecipar fortes campanhas nos meios de comunicação social e provavelmente uma maior atividade promocional, por isso são boas notícias para os consumidores», afirmou.