- Lacoste viaja no tempo
- Loja do ano está em Toronto
- Vetements diz “não” aos desfiles
- Wal-Mart testa Realidade Virtual
- Tendências do quotidiano
- Retalhistas dão prazo de três anos à IA
1Lacoste viaja no tempo
Para a nova campanha publicitária, a marca imaginou a passagem de testemunho entre dois campeões dos courts de ténis, René Lacoste, o fundador, e Novak Djokovic, o novo rosto da Lacoste. O primeiro filme da campanha, realizado por Julien Pujol, foi apresentado a 22 de maio e testemunha um momento decisivo para a marca: a invenção do polo Lacoste L.12.12. O dia em que René Lacoste decidiu quebrar os códigos de vestuário do ténis, ao cortar as mangas da sua camisa, para ganhar uma maior liberdade de movimentos. Djokovic é também o protagonista da sessão fotográfica da campanha, da autoria de Jacob Sutton que integra ainda os modelos Julia Bergshoeff, Mathias Lauridsen e Alexandre Cunha. O grafismo combina o preto e branco dos anos 1930 com o colorido das coleções atuais, procurando reforçar a intemporalidade da marca. Já no passado dia 29 de maio de 2017, a Lacoste apresentou o filme “Timeless” como novo momento da sua campanha primavera-verão 2017. «O filme tem início em 1930 e conta a história de um homem e do seu amor à primeira vista. Em busca da misteriosa mulher que arrebatou o seu coração, segue-a para o comboio onde ela embarca. Ao entrar na primeira carruagem, descobre que o tempo avançou até 1940. Determinado em encontrá-la, inicia uma épica viagem que o conduz ao longo de várias carruagens e épocas, até chegar ao presente», conta a Lacoste em comunicado. Ao longo da aventura, o estilo muda, mas o polo – o clássico Lacoste L.12.12. –, mantém a sua elegância. O casal, interpretado por Dorcas Coppin e Damien Chapelle, movimenta-se por cenários como uma gare de comboios parisiense dos anos 1930 animada por 250 figurantes, comboios e carruagens autênticas para cada época em que a ação se desenrola. O guarda-roupa ficou nas mãos de Madeline Fontaine, a figurinista nomeada para os Óscares pelo seu trabalho em “Jackie”. Depois de ter realizado “The Big Leap”, o primeiro filme de marca da história da Lacoste, o realizador Seb Edwards demonstra «mais uma vez a sua capacidade de transcender sentimentos universais, através de uma atração eletrizante que faz o espetador sentir-se vivo», sublinha a marca.
2Loja do ano está em Toronto
O espaço da marca premium Mackage – nascida a pensar nos climas mais frios –, situado no Yorkdale Shopping Center, em Toronto, foi eleito “Loja do Ano” na 46.ª edição da “International Store Design Competition”. Os prémios foram apresentados a 24 de maio, em Nova Iorque. Desenhada pelo atelier Burdifilek, com sede em Toronto, a loja da Mackage foi reconhecida pelo seu conceito geral e também pela inovação em design de iluminação. A colaboração entre a equipa de design da Burdifilek e a Mackage inspirou-se na sensibilidade urbana de uma estância de esqui moderna, com o meio ambiente a oferecer uma pausa calma face à tradicional experiência de compras. O espaço reflete a estética moderna da Mackage – uma marca que, depois de agregar um seguimento de culto pelo seu outerwear, evoluiu para uma marca de estilo de vida. No total, o concurso internacional de design de lojas homenageou 42 projetos, que representam o trabalho de 32 empresas (10 consultores internacionais e 22 consultores de design norte-americanos). Além disso, os Prémios de Inovação especiais foram distribuídos por 11 categorias, desde a expressão artística até à integração tecnológica.
3Vetements diz “não” aos desfiles
Num artigo divulgado na semana passada pela revista Vogue, o diretor criativo do coletivo disruptivo Vetements, Demna Gvasalia, adiantou que a marca está completamente fora do sistema tradicional de moda, abandonando o calendário de desfiles. «Vamos deixar de apresentar no sistema clássico», afirmou a partir de Zurique, Suíça, para onde ele e o irmão Guram, CEO da Vetements, mudaram recentemente o estúdio da marca. «Aborreci-me. Acho que é preciso adicionar um novo capítulo. Os desfiles de moda não são a melhor ferramenta. Nós fizemos desfiles num clube de strip, num restaurante, numa igreja. Mostrámos homem e mulher juntos. Tornou-se repetitivo e exaustivo. Faremos algo quando houver tempo e a necessidade disso», acrescentou o diretor criativo. O descontentamento e o esgotamento em relação ao cronograma tradicional têm sido frequentemente citados pelos diretores criativos das grandes marcas, acabando por dar lugar a tendências como o modelo “ver agora/comprar agora” e, como mencionou Demna Gvasalia, combinar as mostras feminina e masculina no mesmo desfile. Gucci, Burberry e Tom Ford já entraram na nova era da indústria. Porém, uma marca como a Vetements, tão significativa para o clima de moda atual, acabar com os desfiles poderá ser um presságio de um novo modelo. A Vetements vai dar início ao seu novo capítulo já este mês, quando apresentar a coleção primavera-verão 2018 em eventos privados para compradores e imprensa, em vez de durante a semana de alta-costura de Paris, conforme originalmente planeado.
4Wal-Mart testa Realidade Virtual
A Wal-Mart tem vindo a testar a Realidade Virtual em 31 das suas unidades de formação nos últimos meses e planeia expandir o programa brevemente, de acordo com as mais recentes declarações de um porta-voz da retalhista. A Wal-Mart acredita que a tecnologia pode ser usada, entre outras coisas, para ajudar os funcionários em alturas de maior tráfego em loja, como durante a quadra natalícia. A retalhista antecipa que, em última instância, usará a Realidade Virtual para ajudar a formar cerca de 140.000 associados de vendas anualmente nas suas “academias”, que deverão subir para 200 até ao final do ano, revelou o mesmo porta-voz. «Em última análise, tudo o que os associados fazem é orientado para oferecer aos clientes a melhor experiência», reforça a Wal-Mart. «Através da Realidade Virtual, os associados vão poder ver como as suas ações afetam isso. É útil que os associados reconheçam os erros num ambiente virtual e saibam como lidar com eles antes de experimentá-los na vida real». A Wal-Mart está assim a olhar além das tentativas de melhorar a experiência do consumidor com a tecnologia e, em vez disso, usá-la para melhorar as operações da empresa e a performance dos seus funcionários.
5Tendências do quotidiano
Entre a passerelle e o estilo de rua, as tendências da primavera-verão 2017 já estão, por esta altura, fechadas. Por isso, importa agora saber como aplicá-las na vida real, ao quotidiano e, sobretudo, no guarda-roupa de mulheres comuns. Uma grande tendência da estação é a omnipresença da roupa de escritório, ou workwear, na sua expressão mais desconstruída. Uma das formas de adotar este look é apostar em camisas de ombros descobertos ou assimétricas, mas sem perder de vista a sua inspiração clássica. No calçado, os dedos surgem completamente cobertos, nuns mules ou sandálias de salto baixo, e esta é uma tendência que já tem ganho interpretações mais usáveis no retalho. Nas cores, há duas grandes corentes – a monocromia do rosa e a policromia reduzida a dois tons contrastantes. No dia-a-dia, o rosa pode ser pálido e podem escolher-se tons mais próximos. Por último, o vestido de cocktail dos anos 1980 está de volta e promete ser um dos eleitos das festas de verão. Na high street há versões menos estruturadas para um coordenado mais descontraído.
6Retalhistas dão prazo de três anos à IA
A consultora de retalho BRP lançou recentemente o relatório “Customer Experience/Unified Commerce Benchmark Survey”, relativo a 2017, e constatou que 55% dos retalhistas estão focados em otimizar a experiência do cliente para aumentar a sua fidelidade, apostando em diferentes táticas, incluindo melhorias na experiência de compra em dispositivos móveis e a criação de uma experiência unificada em todos os canais. A pesquisa descobriu também que 45% dos retalhistas pretendem começar a usar Inteligência Artificial dentro de três anos para melhorar a experiência do cliente. Perry Kramer, vice-presidente da BRP, descreveu a experiência do cliente no comércio unificado como mais complexa do que nos mercados de comércio eletrónico puro ou de retalho físico, acrescentando que a complexidade «se expande exponencialmente», com as tecnologias, incluindo as redes sociais, a Internet das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial a impactarem o retalho e a viagem de compras dos clientes.