Breves

Na Fabbrica del Vapore, em Milão, Miguel Vieira começou a celebrar o aniversário da marca com a apresentação da coleção primavera-verão 2018, no âmbito da Milano Fashion Week Uomo. O designer completa 30 anos de carreira no próximo ano, mas já começou os festejos no passado domingo, ao apresentar a coleção “30 Th Miguel Vieira Private Collection”. «Esta coleção não é apenas uma celebração de carreira. É também a celebração de uma individualidade, de uma filosofia que foi crescendo e se reafirmou como um estilo próprio e inconfundível», destaca a marca em comunicado. Ainda que a reconhecida paleta de preto e branco tenha dominado as propostas, o alinhamento mostrou-se bem mais descontraído e colorido, com apontamentos gráficos e tons de azul vibrante, rosa claro e vermelho. Na “30 Th Miguel Vieira Private Collection” foi também dado particular destaque aos acessórios: lenços grandes, tote bags, bolsas para iPad, cintos e sapatilhas ganharam força com estampados digitais de insetos, flores e outros relativos ao aniversário da marca. As propostas apresentadas foram maioritariamente dedicadas ao homem, mas Miguel Vieira aproveitou ainda para desvendar algumas das peças para a próxima estação quente no feminino.

Neste momento, cerca de 30 casas de moda ultimam os preparativos para os desfiles mais prestigiados do ano. A próxima edição da semana de alta-costura de Paris, que decorre entre os dias 2 e 6 de julho, distingue-se pelas suas ausências – em particular, da Vetements –, bem como pelas celebrações de aniversários e pelas entradas de novas casas de moda no calendário. As marcas convidadas da temporada incluem a Proenza Schouler e a Rodarte – que apresentavam as respetivas coleções em Nova Iorque, em setembro –, além da Azzaro, que regressa a Paris, A.F. Vandevorst e Ronald van der Kemp. A marca epónima da designer holandesa Iris van Herpen comemora o 10.º aniversário este ano na passerelle da alta-costura. As propostas futuristas de Iris van Herpen serão conhecidas a 3 de julho. Outros encontros imperdíveis da semana de alta-costura de Paris incluem os desfiles da Schiaparelli e Christian Dior (3 de julho), Chanel, Giorgio Armani Privé e Alexandre Vauthier (4 de julho), Maison Margiela, Elie Saab, Jean Paul Gaultier, Valentino, Zuhair Murad e Fendi (5 de julho).

A Cambuhy Investimentos e a GP Investments Ltd constam entre as empresas que estão a considerar uma oferta à brasileira Alpargatas, a fabricante das flip flops Havaianas, cujos acionistas controladores têm vindo a explorar a venda. De acordo com algumas fontes, a equipa da Cambuhy, liderada pelo banqueiro Marcelo Medeiros, está a discutir uma possível oferta pela participação de 86% que a família brasileira Batista detém nas Alpargatas. A Cambuhy supervisiona os investimentos de outra família brasileira, a Moreira Salles. A GP Investments, uma das maiores empresas latino-americanas de investimento, também está de olho na empresa de calçado e vestuário desportivo, bem como o grupo de acionistas da fabricante brasileira de cosméticos Grupo Boticario. A J&F Investimentos, holding da empresa Batista, a Cambuhy e a GP Investments recusaram-se a comentar. O Grupo Boticário também. A Reuters informou no dia 23 de maio que os Batistas haviam considerado a venda parcial ou total da Alpargatas, no início deste ano.

A marca alemã anunciou recentemente Niall Sloan como novo diretor criativo. Espera-se que o designer se junte à empresa a partir de 1 de agosto, até porque Sloan trabalha atualmente como diretor criativo da marca britânica Hunter, na qual supervisiona o design em todas as categorias de produtos. De acordo com a Hunter, Sloan desempenhou um papel fundamental na criação de uma linguagem de design forte, tendo sido responsável por alguns dos novos sucessos comerciais. Antes de ingressar na Hunter, Sloan passou mais de dez anos na Burberry, marca na qual ocupou vários papéis e trabalhou em estreita colaboração com Christopher Bailey. Referindo-se ao seu novo papel, Sloan afirmou que: «a Escada é uma marca da qual gosto há muitos anos. A sua herança é divertida, arrojada e feminina, com um forte ponto de vista em roupas femininas de luxo». A CEO da Escada, Iris Epple-Righi, por seu turno, saudou o talento criativo de Sloan e que a sua experiência de luxo na Burberry e numa marca mais contemporânea e casual como a Hunter o tornam «perfeito» para a Escada. Sloan vai começar a trabalhar com a equipa no outono de 2018, a primeira coleção por si assinada será a resort 2019.

Apesar de os millennials terem a reputação de serem dependentes da tecnologia, mais de metade (53%) continua a fazer a maioria das compras nas lojas físicas, enquanto apenas um terço (31%) faz quase a totalidade das compras online e apenas 16% faz a maioria das compras via smartphone, de acordo com uma pesquisa de Michael Parrish DuDell, diretor de estratégia da empresa CouponFollow. Pouco mais de três quartos dos millennials (76%) navegam na Internet antes de comprarem qualquer coisa, online ou offline, com 67% a comprarem no retalho tradicional depois de pesquisarem e 33% a comprarem online, segundo o estudo. De acordo com DuDell, os millennials estão comprometidos com o retalho físico e os membros mais jovens dessa geração (entre os 20 e os 23 anos) ainda mais: 58% dos membros mais jovens fazem a maioria das compras offline, enquanto 18% dos millennials mais velhos (entre os 32 e os 35 anos) fazem grande parte das compras via smartphone.

No passado dia 14 de junho, na Pitti Uomo em Florença, Itália, desvendou-se a mais recente aliança criativa no calçado desportivo. A Converse juntou-se à J.W. Anderson, assinada pelo designer Jonathan Anderson, cruzando o estilo democrático com o luxo acessível. Para iniciar uma relação que se pretende longo prazo, a J.W. Anderson e a Converse lançaram uma coleção unissexo no desfile da marca na Pitti Uomo, onde a J.W. Anderson foi convidada especial. «Esta coleção de calçado representa uma interpretação ousada entre os contrastes das icónicas silhuetas da Converse e o provocante design estético da J.W. Anderson. Juntas, as duas marcas, providenciam uma justaposição da masculinidade e feminilidade, criando uma tensão única entre estilo e cultura», destaca a Converse em comunicado. «Desde o meu primeiro par, a Converse representou um movimento tão radical em estilo e cultura. Os contrastes e similaridades entre o mundo Converse e o mundo J.W. Anderson criam um espaço de tensão cultural que é um sonho para mim enquanto designer», sublinhou Jonathan Anderson.