- Trabalhadores turcos denunciam Zara
- As marcas mais hot do 3.º trimestre
- 2017 em alta para Hugo Boss
- Lama está na moda
- VF Corp. compra Icebreaker
- As 5 malhas imperdíveis deste outono
1Trabalhadores turcos denunciam Zara
Depois de meses sem salário, trabalhadores turcos na cadeia de aprovisionamento da Zara decidiram manifestar-se publicamente, mais precisamente através das roupas vendidas pela retalhista de moda rápida. De acordo com a informação divulgada na semana passada pela agência noticiosa Associated Press, os funcionários deixaram mensagens dentro de artigos, depois encontrados numa loja Zara em Istambul. «Fiz este artigo que está prestes a comprar, mas não fui pago por isso», podia ler-se. A ideia é fazer com que os clientes da Zara apoiem a sua campanha e pressionem os responsáveis para que recebam os pagamentos em falta. A mensagem falava ainda de uma empresa chamada Bravo, para a qual esses mesmos funcionários trabalhavam, que fechou repentinamente, ficando-lhes a dever três meses de salário. O grupo Inditex ainda não reagiu à notícia.
2As marcas mais hot do 3.º trimestre
A Balenciaga usurpou o trono à Gucci assumindo-se a marca mais “hot” da moda no terceiro trimestre. De acordo com os últimos dados analisados pelo BoF em parceria com a plataforma online Lyst – que regista 4,5 milhões de dados por hora, junto de mais de 65 milhões de consumidores, entre cinco milhões de produtos e 12 mil marcas –, a marca cujos destinos criativos estão nas mãos de Demna Gvasalia subiu dois lugares para o topo do ranking. A Gucci caiu um lugar, ficando na segunda posição no trimestre, mas continua a destacar-se como a marca mais consistente do corrente ano. A verdadeira história de sucesso deste trimestre, porém, é a impressionante ascensão da Off-White, marca de Virgil Abloh, que saltou 31 lugares para se tornar a terceira marca de moda mais hot do mundo no terceiro trimestre, destronando a Yeezy de Kanye West, agora fora do top 10. A presença da Off-White nos três principais lugares destaca o bom momento vivido pelas marcas de streetwear no reinado do luxo. Segundo a consultora Bain & Company, o streetwear ajudou a que as vendas globais de artigos de luxo crescessem 5%, para um total estimado de 263 mil milhões de euros em 2017. A marca de vestuário casual Stone Island saltou 33 lugares neste trimestre, graças aos rumores sobre a próxima colaboração com a Supreme. De igual forma, as pesquisas online para a Moncler escalaram depois de o rapper britânico Skepta ter sido fotografado a usar a próxima colaboração da marca com o designer Craig Green. Por último, Raf Simons foi considerado uma inspiração para o streetwear por vários artistas influentes, incluindo Travis Scott, Frank Ocean e A$AP Rocky. Em julho, A$AP Rocky lançou inclusivamente um single intitulado “RAF” em homenagem ao designer, contribuindo para uma escalada de 34% nas pesquisas sobre Raf Simons no terceiro trimestre.
32017 em alta para Hugo Boss
A marca de moda alemã reviu em alta as suas previsões de vendas para 2017, depois de um terceiro trimestre positivo, mostrando-se confiante em relação ao arranque do seu novo conceito de loja. Depois de vários sinais vermelhos nos lucros, o grupo conhecido pela sua alfaiataria cortou os preços na China para aproximá-los dos níveis europeu e americano, fez esforços para atrair clientes mais jovens, investiu no seu website e encerrou pontos de venda. O CEO Mark Langer está, também, a reposicionar as marcas Boss e Hugo no mercado e apostou num novo conceito de loja que combina retalho físico com serviços digitais – como pedidos online e espelhos interativos que podem, por exemplo, sugerir produtos complementares ao cliente. «Estamos confiantes de que desenvolvemos um design de loja melhor», acredita Langer, acrescentando que a Hugo Boss está a aguardar os comentários sobre as três primeiras lojas reabertas com o novo conceito e só depois pondera adicionar mais à sua rede. A Hugo Boss espera agora que as vendas do grupo cresçam a um dígito em 2017, face aos 2,7 mil milhões de euros do ano passado, tendo anteriormente indicado uma estagnação. As ações da Hugo Boss cresceram 6%, para os 79,65 euros, as mais altas em quase dois anos. No terceiro trimestre até ao final de setembro, as vendas aumentaram 3%, para 710,7 milhões de euros, ajudadas pela subida de 6% nas vendas em lojas próprias. As vendas online, que representam cerca de 5% da receita global, cresceram aproximadamente ao mesmo ritmo, aponta Langer.
4Lama está na moda
Depois dos cães de raça Pug, dos unicórnios e, no último verão, dos flamingos, a moda tem novo animal “de estimação”. Os lamas – bordados ou estampados – começaram a surgir em elementos decorativos, como almofadas e mantas, mas depressa chegaram ao guarda-roupa. Neste inverno, as camisolas quentes de lã surgem com lamas bordados, as t-shirts e sweatshirts com lamas estampados e as meias com pequenos lamas. Em destaque no vestuário estão ainda as propostas de moda infantil, onde os lamas surgem em tons escuros. As propostas, extremamente visuais, começaram a surgir nas redes sociais, sobretudo no Instagram – onde há, inclusivamente, uma popular página chamada “llama with no drama” (lamas sem dramas, em português) que acompanha as aventuras de um pequeno lama de peluche.
5VF Corp. compra Icebreaker
O grupo VF Corp. terá recentemente adquirido a marca de outdoor da Nova Zelândia por uma quantia ainda não revelada. A transação deverá estar concluída no início de 2018 e a integração da marca Icebreaker no portefólio da VF deverá ser imediatamente favorável ao lucro por ação do grupo. A Icebreaker gera vendas anuais de cerca de 150 milhões de dólares (aproximadamente 129 milhões de euros), com os seus artigos vendido em 47 países através do canal multimarca on e offline. «Trazer a Icebreaker para o portefólio da VF é uma oportunidade especial», afirmou Steve Rendle, CEO da VF Corp. «O seu foco nas fibras naturais é um complemento ideal para a nossa marca SmartWool, que também tem lã merino no seu vestuário e acessórios», explicou. Por seu lado, o fundador da Icebreaker, Jeremy Moon, referiu que «a parceria com a VF proporciona-nos a maior plataforma do mundo para contar a nossa história, aceder a novos mercados e alcançar novos consumidores a um ritmo acelerado. Esta é uma oportunidade única para a nossa equipa e para os nossos fornecedores apresentarem a um novo universo de consumidores os benefícios da lã merino da Nova Zelândia».
6As 5 malhas imperdíveis deste outono
De acordo com os especialistas, há cinco tipos de malhas que, durante a estação fria, não podem faltar no guarda-roupa feminino. A primeira é a malha com slogan. Neste modelo, o slogan pode ter uma conotação política, ser uma expressão em francês ou, simplesmente, o logotipo de uma marca. A segunda é a malha gráfica, isto é, com riscas. As riscas horizontais, verticais ou na diagonal emprestam movimento à peça e mantêm-se relevantes inverno após inverno. A terceira é a malha monocromática e oversized, ideal para usar com leggings ou jeans de silhueta skinny e botas acima do joelho. A quarta malha obrigatória é a de gola alta, em tons neutros, sendo que o preto é o mais versátil. A quinta e última é o intemporal casaco de malha abotoado (cardigan), ideal para usar num coordenado em camadas.