Breves

Durante o recente evento Fashion Tech Week, em Paris, a Lectra e a escola de negócios francesa ESCP Europe debateram as múltiplas vias pelas quais a indústria da moda pode usar os dados que recolhe junto dos consumidores. Elise Beuriot, senior category leader na Amazon, Olivier Dancot, vice-presidente de dados da Lectra, Fabrizio Fantini, fundador e CEO da Evo Pricing, e Gulnaz Khusainova, fundadora e CEO da Easysize, concordaram sobre um ponto chave: a análise dos dados recolhidos junto dos consumidores pode ser usada em aplicações ilimitadas ao longo de toda a cadeia de valor da moda. O seu impacto é significativo – seja em termos de satisfação do cliente, competitividade, receitas ou limitação de desperdícios. Na fase do design, os dados promovem diferentes fontes de inspiração para os designers. Para as equipas responsáveis pelas coleções, «os modelos complexos permitem analisar dados como o tráfego online e o histórico de compras para desenvolver e oferecer os produtos que os consumidores desejam, o que é uma prioridade para uma empresa obcecada pelo cliente, como a Amazon», afirmou Elise Beuriot. Já nas vendas, «o impacto no inventário é enorme», apontou. A moda é uma indústria que gera muito desperdício. «Os algoritmos e a análise de dados podem reduzir os atrasos ao antecipar a procura em várias semanas, a fim de otimizar o preço e o reabastecimento», sublinhou Fabrizio Fantini. «As empresas de moda que exploram os dados para informar as suas decisões tornam-se mais eficientes. Estão também melhor munidas para proteger as suas margens», acrescentou. Há ainda tecnologias que agregam os dados dos clientes em tempo real «para determinar, entre centenas de fatores, aqueles que têm maior influência nas decisões de compra», explicou Gulnaz Khusainova. Na Easysize os dados recolhidos são anónimos, ressalvou, porque «os consumidores precisam de manter o controlo dos seus dados e saber como estes são usados». Para os softwares dedicados ao sector do vestuário, «analisar dados permite que a oferta evolua, tornando cada passo na cadeia de valor mais eficiente e perfeitamente adaptado às necessidades» da indústria, destacou Olivier Dancot. «É fácil recolher dados, mas é difícil extrair informações que se possam converter em ações. Tudo depende da análise de dados», reconheceu Céline Abecassis-Moedas, professora da disciplina de moda e tecnologia e moderadora do debate. «Devido à sua dimensão emocional – da inspiração do designer ao desejo de comprar do consumidor – a moda não é uma indústria como as demais. No entanto, todos os componentes do seu ecossistema podem beneficiar verdadeiramente da exploração criteriosa dos dados recolhidos junto dos clientes», concluiu.

Naquela que foi a sua segunda edição, o concurso Blogs do Ano premiou as melhores páginas do mundo digital em 2017. A cantora Carolina Deslandes foi a primeira premiada na noite de terça-feira, no Museu da Eletricidade, sendo eleita a vencedora na categoria Blog Revelação. O Style It Up, de Margarida Marques Almeida e Cátia Dias, foi coroado o Melhor Blog na categoria moda. «Obrigada a quem votou em nós e mesmo aos que não votaram, por estarem desse lado», agradeceram as duas bloggers na rede social Instagram. Ana Garcia Martins venceu na sua categoria pela segunda vez e levou para casa a distinção de Melhor Blog de Lifestyle pel’A Pipoca Mais Doce. A cantora Mia Rose venceu na mesma categoria com o vlog Little Mia Bug. Já a apresentadora Leonor Poeiras, gestora do blog Oficina Poeiras, foi reconhecida na categoria de decoração. A maquilhadora Inês Franco venceu o Melhor Blog de Beleza e SofiaBBeauty venceu nos vlogs dentro da mesma categoria. O PPLWARE foi coroado o Melhor Blog de Inovação e Tecnologia e o prémio de Melhor Blog de Culinária foi para o Casal Mistério. Cocó na Fralda foi reconhecido como Melhor Blog de Família e Bola Amarela como Melhor Blog de Desporto. O Melhor Blog de Negócios e Empreendedorismo foi o Poupadinhos e com Vales e o Melhor Blog de Política e Economia foi o Emprego pelo Mundo. A pré-seleção da lista de blogs e vlogs foi feita por 18 figuras públicas portuguesas, incluindo José Alberto Carvalho, Ana Sofia Martins, Ljubomic Stanisic, Rita Pereira, David Fonseca, Lourenço Ortigão, Álvaro Covões e Helena Forjaz.

A Zilian juntou-se à startup Omknee para proporcionar um atendimento mais eficiente e direto às clientes. A marca de calçado vai lançar uma aplicação móvel cujo principal objetivo é, de acordo com a Zilian, «digitalizar a experiência de compra nas lojas, permitindo uma maior proximidade com o cliente e eficácia na comunicação dos produtos disponíveis e das diferentes variantes». A aplicação disponível em Ipod/Ipad, permite que as equipas da Zilian proporcionem aos clientes uma experiência personalizada, contando com ferramentas como a pesquisa do catálogo de produtos, visualização das suas informações, descrições e detalhes, verificação da disponibilidade do stock em tempo real de todas as lojas e ainda a sugestão de modelos semelhantes e recomendação de outras opções através de um motor de busca intuitivo. É ainda possível avaliar todo o histórico da cliente sabendo assim os seus gostos e permitindo uma melhor recomendação de produto. Na app é ainda possível consultar os pontos disponíveis no cartão de cliente ZiCard. As equipas da Zilian conseguem, assim, focar toda a sua atenção no cliente e através de um dado da ficha do mesmo ter acesso ao seu perfil, tamanho de calçado ou verificar o número de pontos para usufruir de um possível desconto.

Ainda antes de os consumidores ligarem as luzes de Natal, as lantejoulas vão preparando os coordenados das amantes de moda para as festividades. A par dos tradicionais vestidos, as lantejoulas têm vindo a emprestar uma dose de brilho extra a peças encapuzadas, calças e malhas oversized, permitindo alargar uma das mais fortes tendências do outono-inverno 2017 a todo o guarda-roupa. A Zara foi uma das retalhistas que adicionou, nesta estação fria, as lantejoulas a peças como sweatshirts desportivas e malhas oversized. Já a Mango e a H&M optaram por explorar o brilho em calças justas e saias de silhueta midi. No luxo, as passerelles da Céline e Christian Dior dedicadas à próxima estação quente deixaram, entretanto, perceber que a tendência terá longa vida nos coordenados menos discretos.

A Amazon está no bom caminho para se transformar numa das primeiras empresas norte-americanas a alcançar um bilião de dólares (aproximadamente 847 mil milhões de euros) no final de 2018. Os negócios do marketplace podem também alavancar as suas ações para os 2.000 dólares por ação, de acordo com uma nota da Morgan Stanley. O analista Brian Newark, da Morgan Stanley, analisou os diferentes negócios da Amazon, dando a cada um valor individual, com o retalho avaliado nos 600 mil milhões de dólares, os serviços web da Amazon nos 270 mil milhões, o serviço de subscrição Prime nos 70 mil milhões e a publicidade nos 55 mil milhões de dólares – perfazendo um total de 995 mil milhões de dólares. Na análise de Newark, o negócio de retalho da Amazon assistirá a um crescimento de vendas anual na ordem dos 13%, a margem operacional 5,5% e, só no marketplace, a margem de lucro deverá crescer 25% até 2022, segundo o relatório. O negócio de publicidade é também bastante rentável, com uma taxa de crescimento anual estimada de 22% até 2022, refere Newark.

Tendo-se já iniciado a contagem decrescente para o final de 2017, os portais da especialidade fazem, por esta altura, uma revisão às tendências-chave do próximo ano, ajudando as amantes de moda a orientar as suas compras para os próximos meses. A mistura de padrões, texturas e, até, do verão com o inverno é uma das mais importantes dicas de estilo, devendo, por isso, investir-se em coordenados como malhas grossas com saias e vestidos leves e florais. O sportswear de estética retro é um dos looks mais cobiçados e a próxima colaboração da Vetements (com a marca desportiva Umbro) promete preencher todos os requisitos da tendência. Nos padrões, vence o axadrezado, já os logotipos continuam a dominar as t-shirts. Os looks monocromáticos, independentemente da cor, são uma das sugestões mais ousadas, tal como as meias à mostra em sandálias ou sapatos abertos no calcanhar. Se um fato feminino ainda não mora no armário, importa saber que a chegada de 2018 vai transformar a alfaiataria numa necessidade.