- UMinho une esforços com Harvard e Microsoft
- Vestidos dos Globos à venda hoje no eBay
- Yoox Net-a-Porter volta a somar
- Kering desfaz-se da Puma
- Alexander Wang abandona Nova Iorque
- Saias-lápis e o poder feminino
1UMinho une esforços com Harvard e Microsoft
O investigador Pedro Arezes da Universidade do Minho participou num estudo pioneiro a nível mundial sobre o uso de tablets e o seu impacto na saúde dos utilizadores. O trabalho realizado em conjunto com a Universidade de Harvard, nos EUA, e a Microsoft acaba de ser publicado na revista “Applied Ergonomics” e poderá contribuir para a conceção de softwares e dispositivos que afetem menos a postura e o esforço muscular de quem os usa. «É expectável que a Microsoft conceba a próxima geração de sistemas operativos seguindo as nossas recomendações. Uma delas é não colocar os comandos (botões, slides, botões deslizantes) fora do alcance conveniente dos dedos, pois implica maior carga muscular», afirma o investigador. «Os softwares devem ser desenhados de forma a maximizarem a utilização dos polegares quando o utilizador estiver a usar o dispositivo em formato landscape ou o indicador quando estiver em formato ‘vertical’», explica. O estudo foi desenvolvido na Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, em Boston, onde Pedro Arezes se encontra temporariamente a trabalhar. O projeto avaliou várias soluções de desenho do software para tablets, numa tentativa de perceber como este pode influenciar a atividade muscular e a postura dos utilizadores. O objetivo é que os resultados obtidos permitam às empresas tecnológicas otimizarem as interfaces usadas nos dispositivos táteis, como tablets e smartphones, tendo em consideração as questões de natureza ergonómica, que podem comprometer o bem-estar do utilizador.
2Vestidos dos Globos à venda hoje no eBay
A Condé Nast acaba de revelar que reuniu forças com o eBay e o movimento Time’s Up contra o assédio sexual em Hollywood para levar a leilão 34 vestidos e smokings usados por homens e mulheres do mundo do espetáculo durante a recente cerimónia dos Globos de Ouro, entretanto doados pelas celebridades e designers. A totalidade do valor angariado irá reverter a favor do Time’s Up Legal Defence Fund, que assegura representação legal e presta diferentes tipos de assistência às vítimas de assédio. «Na Condé Nast, sempre acreditámos na importância da ação rápida para sustentar mudanças sociais significativas», afirmou Anna Wintour, diretora artística da Condé Nast e editora da Vogue USA. Das 34 peças a leilão, muitas estão entre as mais elogiadas da noite de entrega de prémios, assinadas por Marc Jacobs, Prabal Gurung, Gucci, Louis Vuitton, Saint Laurent ou Vera Wang. O leilão começa hoje, 19 de janeiro, e decorre até sexta-feira, 26 de janeiro.
3Yoox Net-a-Porter volta a somar
Em julho de 2016, quando o Yoox Net-a-Porter (YNAP) anunciou os seus planos de dominar o mercado de luxo online até 2020, dependendo em grande medida de um crescimento de vendas entre 17% a 20% ao ano, pelo menos, nos próximos cinco anos, os analistas consideraram-nos ambiciosos. Contudo, o conglomerado tem vindo a cumprir os objetivos e, em 2017, manteve o ritmo. Nos 12 meses terminados a 31 de dezembro, as vendas do YNAP alcançaram os 2,1 mil milhões de euros, um crescimento de 11,8% em relação aos 1,87 mil milhões de euros de 2016. Por outro lado, o crescimento orgânico de 16,9% veio cumprir os planos do retalhista online relativos a 2016. O aspeto mais promissor sobre o relatório de contas, porém, é que num período tão difícil na história do retalho, o YNAP cresceu em todas as categorias e regiões. Outra nota importante foi a experiência do utilizador online da plataforma de comércio eletrónico. Em 2017 o YNAP totalizou 842,2 milhões de visitas, em comparação com os 715,5 milhões do ano anterior. As visitas resultaram em 9,5 milhões de encomendas, um aumento de 1,1 milhões face aos 8,4 milhões em 2016.
4Kering desfaz-se da Puma
Durante anos, circularam rumores e previsões de que o conglomerado de luxo Kering queria vender a Puma, presente no seu portefólio de marcas há 10 anos. O motivo? A Puma era a única marca fora do segmento de luxo. Recentemente, o diretor financeiro Jean-Marc Duplaix revelou que o Kering estava «a focar-se mais no luxo» e veio confirmar os rumores. O conglomerado planeia agora desfazer-se da maior parte da sua participação na Puma, não através de uma venda, mas pela distribuição da maioria das ações da marca desportiva. Aproximadamente 55% das ações da Puma vão flutuar livremente no mercado bolsista, com o grupo francês a manter uma participação minoritária de 16%. «O Kering vai dedicar-se inteiramente ao desenvolvimento das suas marcas de luxo, que vão permitir continuar a ganhar participação no mercado e criar valor», justificou François-Henri Pinault, presidente e CEO do Kering, em comunicado.
5Alexander Wang abandona Nova Iorque
O designer optou por seguir o calendário das pré-coleções, apresentando as propostas da marca epónima em junho e dezembro. O anúncio de Alexander Wang vem juntar-se ao da Public School, marca que abandonou a semana de moda de Nova Iorque para apostar num modelo direto ao consumidor, a ser apresentado na próxima primavera. «O nosso cliente será melhor servido através do novo sistema», garantiu a nova CEO da Alexander Wang, Lisa Gersh, em comunicado. A coleção apresentada em junho vai passar a chegar às lojas através de lançamentos estratégicos frequentes (“drops”) entre outubro e março, enquanto os coordenados do desfile de dezembro estarão disponíveis entre os meses de abril e setembro. Wang junta-se assim à já longa lista de saídas de nomes sonantes do alinhamento da semana de moda de Nova Iorque, a par da Rodarte, Proenza Schouler, Altuzarra e Thom Browne.
6Saias-lápis e o poder feminino
As saias-lápis estão de regresso à moda e entraram pela porta principal: os guarda-roupas de algumas das mulheres mais poderosas do mundo. Ainda que Miuccia Prada tenha vindo a reinterpretar a peça basilar do vestuário de trabalho feminino, estação após estação, é fora das passerelles que a saia-lápis tem mantido a relevância graças, sobretudo, aos coordenados de mulheres como Marilyn Monroe, Michelle Obama, Natalie Massenet ou Meghan Markle, que fizeram da peça uma assinatura de estilo. Apesar de se destacar pelo seu corte clássico, a saia-lápis tem sido explorada por estas estas mulheres de diferentes formas, jogando com a cor – Michelle Obama é aqui um caso paradigmático –,os materiais – Meghan Markle já usou vários modelos em couro e outros com lantejoulas –, e os padrões e volumetrias – Natalie Massenet tem vestido modelos em estampado animal, riscas e padrões florais, assim como várias saias com folhos, por exemplo. Dentro ou fora do escritório, 2018 é, de acordo com os especialistas, mais um ano de silhuetas midi e, dentro delas, a saia-lápis está em destaque.