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  1. Mango cresce nas Américas
  2. Vestuário em escalada nos EUA
  3. Levi’s bate todas as expectativas
  4. IA no retalho ultrapassa os 7 mil milhões
  5. Ano recorde no Kering
  6. Crédito y Caución alerta para elevado risco de crédito

1Mango cresce nas Américas

A Mango reforçou recentemente a aposta no continente americano. No próximo dia 1 de março, a retalhista espanhola vai inaugurar uma nova loja em Porto Rico, alcançando assim os 200 pontos de venda no centro e sul da América. A loja, com mais de 650 metros quadrados, está situada naquele que é considerado o maior centro comercial do Caribe (Plaza Las Américas). O novo espaço concentrará as linhas de mulher, homem e criança num ambiente com um estilo contemporâneo, seguindo o conceito de decoração de interiores estabelecido pela marca. «Há mais de 20 anos que a Mango desembarcou no continente e teve como primeiro destino o México. Desde então, a América Latina é um dos focos de expansão da marca e a sua presença está patente em mais de 20 países, onde se destacam o Chile, o Peru ou a Colômbia», sublinha a marca em comunicado. Nesta linha, está previsto ampliar até quase uma dezena o número de estabelecimentos nestes países durante o primeiro semestre do ano. O mercado norte-americano é outra das zonas onde a marca continua a trabalhar. No passado mês de setembro, a Mango abriu as portas da sua renovada loja no Soho, em Nova Iorque.

2Vestuário em escalada nos EUA

Nos EUA, os preços ao consumidor subiram mais do que o previsto em janeiro, impulsionados pela escalada dos preços do vestuário, que atingiram valores máximos em quase três décadas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou 0,5% em relação ao mês anterior, acima da estimativa dos economistas, que esperavam um crescimento de 0,3%. O aumento mensal de 1,7% nos preços do vestuário, que representam cerca de 3% do IPC, foi a maior desde 1990. Os preços de vestuário feminino subiram 3,4% – um recorde, segundo o relatório. Outros itens que contribuíram para a subida do IPC incluíram as rendas, que aumentaram 0,3% em relação a dezembro, os cuidados médicos (+0,4%) e o seguro automóvel (+1,3 por cento, a maior subida desde 2001).

3Levi’s bate todas as expectativas

A marca superou as expectativas dos analistas ao registar o ano mais forte em mais de uma década. A Levi Strauss & Co. divulgou que a receita líquida do quarto trimestre cresceu 13% em termos comparáveis. As receitas do negócio direto ao consumidor aumentaram 20% no trimestre, enquanto as receitas do comércio grossista subiram 10%, refletindo a boa performance das Américas e da Europa, de acordo com um comunicado de imprensa da empresa. O lucro líquido do quarto trimestre cresceu 20% para os 116 milhões de dólares (aproximadamente 94 milhões de euros). Nos 12 meses do ano, a receita aumentou 8%, com as vendas diretas ao consumidor a subirem 15% e as receitas do comércio grossista 5%, refletindo o crescimento na Europa. Não obstante, o lucro líquido nos 12 meses do ano caiu 3% para os 291 milhões de dólares, refletindo a fraqueza do dólar contra a maioria das moedas estrangeiras. Nos últimos meses, a Levi’s decidiu tomar conta das suas vendas, investindo no negócio direto ao consumidor ao expandir a rede de lojas próprias, assim como através do canal de comércio eletrónico. Em novembro, a empresa anunciou que iria abrir uma nova loja emblemática da Levi’s no final deste ano em Times Square, substituindo o ponto de vendas atual da marca na Broadway, de portas abertas desde 2008.

4IA no retalho ultrapassa os 7 mil milhões

As despesas globais do retalho em Inteligência Artificial (IA) vão alcançar os 7,3 mil milhões de dólares (aproximadamente 5,9 mil milhões de euros) anuais em 2022, face ao valor estimado de 2 mil milhões em 2018, segundo um relatório da Juniper Research. Nos próximos anos, os retalhistas vão investir em ferramentas de IA que lhes permitam diferenciar e melhorar os serviços que oferecem aos clientes, incluindo plataformas de marketing automatizadas que geram ofertas personalizadas e chatbots que oferecem atendimento instantâneo ao cliente. A aplicação da IA no entendimento da reação do cliente aos produtos comprados e ao serviço recebido será uma das ferramentas-chave para os retalhistas que procuram melhorar a experiência do cliente. A Juniper prevê ainda que os retalhistas usem as tecnologias de IA para desenvolver e segmentar produtos e criar ofertas promocionais. «Os retalhistas estão à procura de replicar o sucesso da Amazon ao fazer da IA uma parte fundamental das suas operações», reconheceu o analista da Juniper, Nick Maynard.

5Ano recorde no Kering

O conglomerado de luxo francês Kering divulgou recentemente os resultados de 2017, o ano mais rentável até à data, com um crescimento de 27,2% em relação ao ano passado. As receitas no portefólio de luxo do conglomerado – que inclui a Gucci, Saint Laurent e Balenciaga – aumentaram 29,9% em relação a 2016, enquanto os resultados das marcas desporto e estilo de vida – como a Puma – subiram 14,7%. O luxo, ao que tudo indica, foi a verdadeira estrela: a receita das marcas de luxo do Kering superou a barreira dos 10 mil milhões de euros em 2017, um salto de 29,9% em relação ao ano anterior. A Gucci e a Saint Laurent registaram o que o comunicado de imprensa chama de crescimento «espetacular», aumentando 44,6% e 25,3%, respetivamente, enquanto as restantes marcas de luxo assistiram a uma «aceleração» na receita. A Balenciaga apresentou a taxa de crescimento mais rápida de todas as marcas de luxo do conglomerado no segundo semestre de 2017. Na Puma, as receitas subiram 15,8% em termos comparáveis, atingindo, pela primeira vez, os 4 mil milhões de euros.

6Crédito y Caución alerta para elevado risco de crédito

O mais recente estudo divulgado pela Crédito y Caución alerta para o risco de crédito no sector da construção, que permanece em níveis elevados no mercado global. As falências repentinas de importantes construtoras na Europa põem em evidência «o elevado nível de risco de crédito para as empresas do sector da construção, onde milhares de pequenas empresas tendem a estar no final da cadeia de pagamentos», refere a Crédito y Caución. O relatório da seguradora de crédito líder na Península Ibérica salienta que «existem certos problemas e padrões que as empresas de construção têm em comum em qualquer país, independentemente do seu desempenho nos mercados individuais: um nível de concorrência elevado, margens de lucro baixas, atrasos nos pagamentos por parte de compradores públicos e uma percentagem de insucesso empresarial acima da média. Os prazos de pagamento alargados, os problemas de fluxo de caixa e a debilidade financeira das construtoras de menor dimensão são situações que afetam quase todos os mercados». Os analistas da seguradora incidem na grande reorganização que a indústria da construção mundial sofreu em consequência da crise financeira de 2008. «A recuperação em alguns países como a Bélgica, França, Itália e Espanha continua a ser modesta em comparação com os níveis anteriores à crise, já que a diminuição da atividade de construção durante a recessão foi muito pronunciada», afirma o relatório que analisa em detalhe a situação do sector em Espanha, Austrália, Bélgica, EUA, França, Hungria, Itália, México, Polónia, Reino Unido, Roménia, Singapura e Tailândia.