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  1. Lenzing com performance recorde em 2017
  2. Martha Louisa é a nova morada do luxo
  3. H&M reforça presença na China
  4. Retalhistas aceleram marcas próprias
  5. Têxteis técnicos instalam-se em Silicon Valley
  6. Texanas caminham pelas tendências

1Lenzing com performance recorde em 2017

A Lenzing registou uma performance recorde em 2017, graças a um maior mix de produtos e a preços de venda mais elevados, segundo avançou a produtora de fibras celulósicas. Mas, este ano, o grupo alertou para um ambiente de mercado mais difícil e deu conta de estimativas de resultados mais baixas em 2018 e 2019. A Lenzing antecipa o impacto negativo da flutuação cambial, das tendências protecionistas crescentes e de preços elevados para várias matérias-primas importantes na sua produção, nomeadamente soda cáustica. Nos 12 meses que terminaram a 1 de dezembro do ano passado, a Lenzing registou lucros de 281,7 milhões de euros, um aumento de 23% face ao período homólogo. A empresa austríaca continuou a aplicar o seu plano batizado sCore Ten, para um crescimento sustentável, baseado em fibras mais ecológicas. As receitas do grupo subiram 5,9%, para 2,2 mil milhões de euros. A produtora de fibras abriu um centro em Hong Kong onde novas aplicações para as suas fibras serão desenvolvidas e testadas.

2Martha Louisa é a nova morada do luxo

Os fundadores da plataforma online de luxo MyTheresa, Christoph e Susanne Botschen conseguiram recentemente uma vantagem sobre os seus concorrentes no comércio eletrónico. A dupla, marido e mulher, acaba de lançar a Martha Louisa (Marthalouisa.com), uma nova loja virtual que vende apenas calçado de marcas como Prada, Fendi, Gucci e Salvatore Ferragamo, entre outras. Desde que a conhecida plataforma de calçado Zappos começou a comercializar vestuário, há poucos retalhistas online que ofereçam, exclusivamente, calçado, menos ainda dentro do segmento de luxo. Por isso, nesse campo, a plataforma online Martha Louisa tem, atualmente, o monopólio.

3H&M reforça presença na China

A H&M, segunda maior retalhista de moda do mundo, acaba de chegar ao marketplace do Alibaba, o Tmall, na tentativa de acompanhar a concorrência na China. É a primeira vez que o grupo sueco, que tem vindo a colocar novas marcas no mercado nos últimos anos, vende a H&M através de um intermediário. Ao aceitar vender no Tmall, a marca vai juntar-se a um grupo que inclui a arquirrival Zara, que abriu loja online no Tmall em 2014, à Gap e à Asos. A Amazon entrou no Tmall em 2015. A H&M lançou o seu portal de comércio eletrónico independente na China em 2014, estando no país há cerca de uma década, mas o mercado de comércio eletrónico chinês é dominado por centros comerciais virtuais, como o Tmall e o Taobao, ambos do gigante Alibaba. Magnus Olsson, responsável pelas operações da H&M na China, afirmou em Xangai que a marca sueca precisa de estar nas plataformas onde a maioria dos clientes está, acrescentando que os preços e ofertas do Tmall pouco diferem dos da hm.com na China. No ano passado, o grupo sueco gerou cerca de 11 mil milhões de coroas suecas (aproximadamente 1,1 mil milhões de euros), do total de 200 mil milhões, na China, onde gere uma rede de 500 pontos de venda.

4Retalhistas aceleram marcas próprias

O CEO da Macy’s, Jeff Gennette, participou recentemente na conferência de retalho ShopTalk com uma apresentação que, entre outras coisas, indicou a meta de aumentar o peso negócio de marca própria da retalhista até 40% do total dos produtos que vende. A Macy’s, como outros, descobriu que a exclusividade é hoje mais importante do que nunca. Num painel moderado pela editora do Retail Dive, Laura Heller, Molly Langenstein, diretora-geral de pronto-a-vestir da Macy’s, apontou as cinco grandes razões do apelo da marca própria: a quebra do tráfego em loja, o crescente interesse do consumidor no canal off price, a aposta da concorrência nas marcas próprias, a força da Amazon no segmento e o boom do modelo direto ao consumidor. Do lado da produção, a velocidade e a flexibilidade serão essenciais para o salto da marca própria, defendeu Tim Zawislack, diretor de comércio eletrónico da empresa israelita Delta Galil (que recentemente comprou a 7 for Mankind à VF Corporation). «É necessário girar bem o time-to-market, caso contrário, não vale a pena investir», especialmente quando se compete com a Amazon, sublinhou. Atualmente, a Amazon tem cerca de 80 marcas próprias, mas não é a única a apostar alto neste jogo. No último ano, a Target lançou mais de uma dúzia de novas marcas de vestuário e decoração e a Walmart divulgou no mês passado o lançamento de quatro novas marcas de moda.

5Têxteis técnicos instalam-se em Silicon Valley

A WL Gore, especializada em têxteis técnicos de performance, lançou um hub de inovação em Silicon Valley, na Califórnia, para dar oportunidade às start up de colaborar com os cientistas da marca em desafios colocados por materiais avançados. O novo espaço, com mais de mil metros quadrados, irá ter uma grande variedade de áreas, incluindo tecidos, aerospacial, automóvel, saúde digital e tecnologias médicas. «O centro de inovação Gore é um lugar para experimentar novas ideias, superar os limites e juntar diversos talentos que tragam soluções transformadoras para melhorar a nossa vida», explicou Linda Elkins, uma das líderes do projeto. A start-up da área da saúde digital Kenzen foi a primeira a assinar um acordo com o centro e está a trabalhar com os engenheiros e cientistas da Gore para desenvolver um sistema wearable de monitorização com capacidade de antecipar lesões evitáveis. A Kenzen irá incorporar materiais avançados da Gore no seu produto, para aumentar o conforto, durabilidade e precisão.

6Texanas caminham pelas tendências

Depois das calças de couro, dos blusões com franjas e dos lenços ao pescoço, chegou a vez das botas. A estética do Velho Oeste tomou de assalto o guarda-roupa feminino, transitando imediatamente da passerelle dedicada ao outono-inverno 2018/2019 para as montras. Nas lojas de retalhistas como a Zara, Topshop e Mango já possível comprar blusões de couro ou camurça, blusas com franjas, calças de couro justas, bem como lenços e bolsas dentro da temática cowboy. Entretanto, também influenciado pelas tendências das passerelles do luxo – com destaque para as coleções da Calvin Klein, Coach e Alberta Ferretti –, o retalho começou a apresentar as icónicas botas texanas, sugerindo-as combinadas com looks estivais e já a pensar nos festivais de verão. As propostas incluem modelos mais tradicionais, mas também botas texanas brancas, com estrelas, tiras ou mesmo brilhos.