- Nazareth Collection propõe vestir Lisboa
- Timberland compra algodão ao Haiti
- M&S reinventa o negócio
- VF concretiza venda da Nautica
- Lanvin sem diretor criativo
- Estação enlaçada
1Nazareth Collection propõe vestir Lisboa
A nova coleção da marca nacional, batizada Lisboa Collection, reúne 12 fotografias captadas por drone da capital do país, transformadas em novos padrões têxteis disponíveis em túnicas, t-shirts, tops e lenços para homem e mulher. A calçada dos Descobrimentos, o casario de Lisboa, o Rossio ou o Campo Pequeno são alguns dos motivos. Márcia Nazareth, designer portuense apaixonada por Lisboa, quis dedicar esta sua nova proposta à luz eterna da capital que «a torna uma mais-valia quando fotografada a partir de cima». A Lisboa Collection foi fotografada no verão passado e, desde então, foi alvo de vários testes de design e têxteis até chegar à proposta final, que usa integralmente liocel. A Nazareth Collection está, desde o arranque, focada na utilização de fotografias como padrões de moda. A responsabilidade ambiental é um pilar chave da marca, que usa materiais têxteis sustentáveis de forma a reduzir a pegada ecológica que cada nova coleção tem no mercado.
2Timberland compra algodão ao Haiti
A norte-americana Timberland fechou uma parceria no ano passado com a Smallholder Farmers Alliance (SFA) para desenvolver uma cadeia de aprovisionamento de algodão no Haiti, sendo que a primeira colheita aconteceu no passado mês de fevereiro. A marca comprometeu-se a comprar até um terço das suas necessidades anuais de algodão a pequenos produtores haitianos. Este país está, assim, a voltar ao circuito de produção da matéria-prima, com a primeira colheita em três décadas, graças ao apoio da marca outdoor. A Timberland espera lançar produtos feitos com a fibra nos próximos dois anos. O algodão já foi a quarta maior exportação agrícola do Haiti, mas anos de desastres naturais, instabilidade política e económica levaram ao colapso da indústria, há aproximadamente 30 anos. Este já não é o primeiro projeto da Timberland na ilha, sendo que o grupo tem trabalhado na plantação de milhões de árvores no território. A parceria com a SFA começou com testes em agosto do ano passado, depois de plantadas as primeiras sementes da planta. «Se esta iniciativa for bem-sucedida, irá resultar não só em milhões de árvores no Haiti, mas também na evolução da Timberland de doadora a cliente da SFA», afirmou Colleen Vien, diretora de sustentabilidade da empresa. A responsável revelou ainda que haverá várias colheitas nas próximas épocas a ser testadas, contando o grupo lançar o primeiro produto fabricado com esta matéria-prima em 2020.
3M&S reinventa o negócio
A Marks & Spencer (M&S) ainda tem muito que andar para concluir o plano de transformação aprofundado que o CEO Steve Rowe está a implementar. Entre as medidas em cima da mesa está a revisão do custo base, a adoção de uma iniciativa de transformação tecnológica, travar os planos de expansão da Simply Food, uma marca que atua na área alimentar, e a entrada em vigor de uma rede de distribuição mais simplificada. A estratégia do grupo tem passado pelo encerramento de lojas no Reino Unido, ao mesmo tempo que a retalhista procura fazer face às necessidades dos consumidores. Os analistas da Shore Capital, Clive Black e Darren Shirley, dizem que Rowe tem caracterizado a transformação do grupo como sendo uma «maratona» em que a M&S ainda tem alguns quilómetros para percorrer. O CEO está a levar a cabo «um programa com menos necessidades de capital, o que nós elogiamos», referem os analistas. A atual gestão da M&S tem uma postura mais aberta e de análise transparente dos problemas da empresa, reconhecem Clive Black e Darren Shirley. Mas, avisam, «não há nenhuma cura rápida para os desafios estruturais e oportunidades» com as quais se depara o grupo.
4VF concretiza venda da Nautica
A VF Corp vai vender a sua marca Nautica ao Authentic Brands Group (ABG), num negócio que deverá estar finalizado na primeira metade deste ano. O anúncio segue-se à aquisição, por parte da VF, da marca de calçado desportivo e de performance Altra à Icon Health & Fitness. O ABG detém marcas como a Juicy Couture e a Jones New York. A VF revelou em comunicado que a operação está à espera das autorizações normais neste tipo de negócio. As empresas não divulgaram detalhes sobre a transação. «A Nautica é uma marca icónica e globalmente reconhecida. O Authentic Brands Group é o dono ideal para guiar a insígnia nesta nova fase de crescimento e sucesso», afirma o CEO da VF, Steve Rendle. O gestor já tinha sinalizado, numa call com analistas, que a marca estava pronta para avançar para uma nova fase de crescimento e sucesso. A Merrill Lynch foi a assessora financeira do negócio.
5Lanvin sem diretor criativo
O fundo de investimento Fosun, que adquiriu a Lanvin, tomou na semana passada a sua primeira grande decisão com o despedimento do designer Olivier Lapidus, voltando a casa de moda francesa a ficar sem direção criativa. A notícia foi avançada pelo portal da especialidade The Business of Fashion. Olivier Lapidus assumiu o papel de diretor criativo em julho de 2017, substituindo Bouchra Jarrar e, dois desfiles depois, foi convidado a abandonar os corredores da casa de moda francesa. «Olivier Lapidus comandou os destinos da Lanvin durante um período de transição. Agradecemos-lhe e desejamos-lhe sucesso nas conquistas futuras», afirma a presidente do Fosun Fashion Group, Joann Cheng, em comunicado. «O relançamento da Lanvin com novos talentos, que respeitem os valores que a marca mantém desde 1889, será fundamental para fazer com que a casa regresse à sua posição de destaque», explica. Olivier Lapidus irá concentrar-se na marca epónima, de acordo com a informação divulgada.
6Estação enlaçada
São os acessórios da estação, mas há muito fazem parte dos coordenados femininos – os laços foram promovidos a peça-chave dos looks estivais. Gucci, Dior, Marc Jacobs e Versace foram algumas das casas de moda que, nas apresentações dedicadas ao outono-inverno 2018, fizeram do acessório essencial, mas como seria de esperar o retalho já adotou a tendência. Nas montras de marcas como a Bimba y Lola, Parfois e Zara há lenços para todos os gostos, dos mais sóbrios e longos aos mais coloridos e curtos. Em destaque estão os padrões clássicos, como as riscas, as bolas e os florais e, claro, os monogramas e slogans das marcas. Em 2018, os lenços deixam ainda de estar confinados ao pescoço, surgindo como acessório nos cabelos, nos braços ou nas bolsas.