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  1. Lenzing mais sustentável
  2. Euratex avança com revisão interna
  3. Gap poupa 10 mil milhões de litros de água
  4. JD Sports compra Finish Line
  5. OMC pede tréguas
  6. Vetements perdeu o apelo

1Lenzing mais sustentável

A austríaca Lenzing comprometeu-se com novas metas de sustentabilidade, que incluem uma «redução substancial» de emissões até 2022. Além disso, o grupo pretende implementar soluções de conservação da natureza, incluído um projeto de reflorestação este ano, bem como uma avaliação global da sustentabilidade de 80% dos seus fornecedores mais relevantes. O pilar mais importante destes esforços é a melhoria do bem-estar, através da expansão de parcerias na cadeia de valor e com organizações não governamentais. «Estamos no início da cadeia de valor e podemos contribuir muito para melhorar a situação, graças às nossas atividades e a um nível máximo de transparência máximo», afirmou Robert van de Kerkhof, CCO da Lenzing. Além disso, o grupo está a levar a cabo uma transformação mais de fundo, expandindo o negócio com fibras de liocel fabricadas de uma forma ambientalmente mais sustentável e com soluções com a tecnologia Refibra, que usa restos de algodão para a produção de fibras. O CEO da empresa, Stefan Doboczky, reconheceu que a sustentabilidade é um dos valores centrais do grupo.

2Euratex avança com revisão interna

A Euratex (European Apparel and Textile Confederation) decidiu levar a cabo uma revisão interna profunda, que deverá estar concluída no final do ano. Esta iniciativa será liderada por três novos diretores. Paralelamente, a associação resolveu terminar a sua colaboração com Francesco Marchi, diretor-geral de há muitos anos, depois de chegar a um acordo amigável com o gestor. «A nossa indústria tem passado por uma transformação dramática, as prioridades das nossas empresas são mais alargadas e a sua visão chega mais longe do que nunca», salientou Klaus Huneke, presidente da Euratex. «A nossa organização representativa em Bruxelas é crucial para salvaguardar os interesses da indústria e para lidar com os legisladores da União Europeia e outros agentes-chave», afirmou. O processo terá como pivots Isabelle Weiler, Lutz Walter e Mauro Scalia. A associação acredita que nos últimos 10 anos a industria têxtil e vestuário, com um volume de negócios de 171 mil milhões de euros, 178 mil empresas e 1,7 milhões de trabalhadores, conseguiu reinventar-se e modernizar-se. A revisão interna tem como objetivo refletir melhor sobre as prioridades e metas dos membros, assim como sobre indústria e comércio.

3Gap poupa 10 mil milhões de litros de água

A Gap está a implementar um plano para conservar 10 mil milhões de litros de água até ao final de 2020, anunciou a retalhista americana. Inovações em matéria de produtos e melhorias de eficiência em fábricas e lavandarias serão uma das chaves para as poupanças. O grupo já economizou 2,4 mil milhões de litros de água graças a vários projetos implementados nesta área desde 2014. A nova meta a nível da produção – o equivalente ao volume de água potável necessária para cinco mil milhões de pessoas – faz parte da estratégia da Gap como “guardiã” da água, com ênfase no impacto das matérias-primas e do design, assim como em programas de ajuda às comunidades sob a influência do negócio da retalhista para o acesso a água limpa e saneamento. Christophe Roussel, um dos vice-presidentes da Gap, sublinhou que a empresa reconhece que tem «responsabilidade e oportunidade de reduzir a quantidade de água usada para criar os produtos». A Gap pretende, assim, que os consumidores possam ter a certeza de que estão a comprar um produto sustentável. A retalhista de moda, nos anos mais recentes, tem aumentado os seus esforços para melhorar a eficiência no consumo de água nas várias fases da produção, estando ainda a trabalhar com outras marcas na defesa desta causa.

4JD Sports compra Finish Line

A JD Sports chegou a acordo para adquirir o capital da Finish Line por um total de 449 milhões de euros, correspondendo a 100% das ações por 10,8 euros cada uma. A britânica JD Sports irá ficar assim com as 556 lojas da americana Finish Lines no seu portfolio, espalhadas pelos EUA e Porto Rico, assim como uma oferta bem estabelecida multicanal. Além disso, a marca tem um contrato exclusivo com a Macy’s para calçado desportivo, tanto em loja como online, operando centenas de concessões dentro dos célebres grandes armazéns. A JD, que assegurou financiamento através de várias operações de crédito, irá manter a atual equipa que gere a Finish Line, que o CEO da JD, Peter Cowgill, disse ter «muitas semelhanças» com a britânica. «Em conjunto com uma oferta forte em lojas físicas, conta com uma plataforma digital avançada e bem financiada», destacou Cowgill. Bill Carmichael, administrador da Finish Line referiu, por sua vez, que a operação terá «um valor imediato para os seus acionistas, colocando a empresa numa posição mais forte para competir globalmente». O acordo estará finalizado no segundo semestre deste ano.

5OMC pede tréguas

A Organização Mundial do Comércio (OMC) continua preocupada com a guerra comercial que está a surgir depois da imposição de taxas dos EUA sobre e o alumínio e aço e que tem motivado várias intenções de retaliação um pouco por todo o mundo. «Se os membros não estão preparados para se colocarem no lugar uns dos outros e procurar compromissos então temos pouca esperança de avançar», admitiu Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC. O responsável, que falou numa conferência em Deli, disse que as taxas de Trump são uma «preocupação real» e que o «risco de um agravamento» das relações com outros Estados era claro. A indústria do vestuário tem estado na linha de fogo por causa desta guerra comercial, com a União Europeia a ameaçar retaliar precisamente neste segmento. Azevêdo garantiu que estava a falar com todos os envolvidos para tentar resolver a situação. «Precisamos de encontrar formar de aumentar os níveis de flexibilidade que mostramos uns aos outros», sublinhou. O líder da OMC defendeu ainda que os países membros da organização precisavam de continuar a fortalecer o sistema de comércio multilateral.

6Vetements perdeu o apelo

O coletivo de designers da ex-URSS tomou a moda de assalto em 2014, sendo responsável por algumas das tendências mais copiadas das últimas estações, pelas campanhas mais mediáticas, pelas listas de seguidores e de colaborações mais cobiçadas pela concorrência e até por um desfile na semana de alta-costura de Paris. Demna e Guram Gvasalia, os irmãos nascidos na Geórgia que coordenam o coletivo de designers que decide os destinos da marca sediada em Paris, têm revolucionado o negócio e a estética da indústria da moda, sendo os responsáveis pela popularidade da antimoda – negação das tendências e desprezo pelas silhuetas – no guarda-roupa. Apesar do sucesso, há dias, o portal da especialidade Highsnobiety vaticinou o fim do apelo da marca junto dos consumidores, em virtude de um deslizamento nas vendas. Para concluir que a Vetements estava fora de moda, a Highsnobiety falou com várias fontes nos mercados americano, europeu e asiático – incluindo buyers de retalhistas influentes que vendem Vetements e um ex-funcionário da marca. Todas as fontes pediram anonimato. «Se compararmos o dinheiro que gastámos na primavera-verão 2018 e o que gastámos no outono-inverno 2018/2019, o valor da encomenda teve uma quebra de cerca de 70%», revelou um buyer de um retalhista asiático. «Do ponto de vista de retalho, a Vetements está completamente morta», afirmou outro, que trabalha para um retalhista multimarca norte-americano. «As vendas caíram drasticamente ao ponto de vermos artigos da Vetements em saldo em vários pontos de venda, com 60% a 70% de desconto», acrescentou. Ainda que não tenha feito qualquer referência à publicação da Highsnobiety, a Vetements publicou, entretanto, na rede social Instagram. um comunicado assinado por Demna Gvaslia que refere que «a Vetements não suporta pseudojornalismo baseado em rumores e mentiras».