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  1. H&M livra-se de stocks parados
  2. PVH surpreende Wall Street
  3. Jeans inteligentes elogiam mulheres
  4. Maioria não conclui compra online
  5. Kering desfaz-se de McCartney
  6. Moda infantil veste a casa

1H&M livra-se de stocks parados

Depois de ter publicado resultados dececionantes para o primeiro semestre (ver H&M começa ano com pé esquerdo), a retalhista sueca voltou a ser notícia pela acumulação de stocks – que quer escoar rapidamente com o reforço das promoções. A 28 de fevereiro de 2018, a H&M tinha 3,4 mil milhões de euros em stock parado, uma subida de 7% comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Karl-Johan Persson, CEO do grupo Hennes & Mauritz, referiu que «os stocks estão acima do esperado, o que motivará um incremento das promoções no segundo trimestre de 2018». Os stocks representam atualmente 17,6% das vendas e até 32,3% do total de ativos da H&M – o objetivo é reduzi-los para 12 a 14%. Persson afirmou ainda que este volume acumulado de stock se deve também à necessidade de preencher as prateleiras e montras de 220 novos pontos de venda. Em outubro passado, a H&M foi acusada de incinerar cerca de 15 toneladas de roupa perfeitamente usável, tendo depois argumentado que todos os modelos queimados tinham defeito, apresentando provas (ver H&M sob fogo).

2PVH surpreende Wall Street

O grupo PVH revelou na semana passada que, no quarto trimestre, o lucro fiscal alcançou os 108,5 milhões de dólares (aproximadamente 88,03 milhões de euros). Os resultados superaram as expectativas de Wall Street. A estimativa de oito analistas consultados pela Zacks Investment Research apontava para ganhos de 1,48 dólares por ação, face aos 1,58 dólares confirmados pelo grupo norte-americano. O PVH, que detém as marcas Calvin Klein e Tommy Hilfiger, registou uma receita de 2,5 mil milhões de dólares no período, valor que também bateu as expectativas dos analistas, que esperavam os 2,34 mil milhões de dólares. Para o ano, o grupo reportou um lucro de 537,8 milhões ou 6,84 dólares por ação. A receita ficou nos 8,91 mil milhões de dólares. Para o trimestre atual, que termina em maio, o PVH espera que os ganhos por ação variem entre 2,20 e 2,25 dólares.

3Jeans inteligentes elogiam mulheres

Os novos jeans da marca Lee adaptaram as mais-valias da conhecida técnica de beleza “contouring”, que consiste em brincar com duas bases, uma mais clara e outra mais escura do que o tom de pele da utilizadora, e esculpem a silhueta feminina. A ideia que serviu de base aos novos jeans da Lee trabalha com ilusões óticas e boa iluminação. A gama Body Optix foi desenvolvida pelo laboratório californiano VF Cognitive and Design Lab e utiliza a ótica, ou o estudo científico da visão e do comportamento da luz, para transformar a silhueta feminina. De acordo com a informação divulgada, os jeans usam designs 2D para criar efeitos 3D – principalmente a modelagem geodésica, que adelga e alonga a figura. Os acabamentos a laser lisonjeiam o corpo da sua utilizadora. A gama Body Optix da Lee inclui 15 designs, com modelos skinny, boyfriend e de cintura subida. O leque de preços ronda os 140 dólares (aproximadamente 113 dólares).

4Maioria não conclui compra online

As viagens de compras online nem sempre terminam em compra. Apenas 17% dos consumidores afirmam que «comprar algo» é o principal objetivo da primeira navegação no canal digital de uma marca, segundo um inquérito da Episerver. «A maioria das pessoas procura outra coisa e não comprar um determinado produto», explicou Ed Kennedy, responsável pela estratégia de comércio digital da Episerver. «Muitos consumidores navegam online para comparar preços», revelou. Mesmo quando os consumidores visitam um website com um produto em mente, o primeiro clique não é no artigo. Apenas metade (50%) dos consumidores pesquisa imediatamente pelo artigo que quer comprar. De acordo com os resultados do inquérito, as principais razões que levam um consumidor a abandonar um website antes de concluir uma compra incluem a falta de informação sobre os produtos, lojas ou marcas – fator que dissuade quase 95% dos clientes online durante uma compra –, os custos de envio (60%), não conseguir encontrar o que se procura (54%) e o preço (46%).

5Kering desfaz-se de McCartney

O conglomerado de luxo francês colocou à venda a sua participação de 50% na marca epónima de Stella McCartney, cortando assim os laços de uma parceria de 17 anos, avançou o portal da especialidade The Business of Fashion. «É o momento certo para adquirir o controlo total da empresa que carrega o meu nome», afirmou Stella McCartney. «Essa oportunidade representa, para mim, uma decisão patrimonial crucial. Estou extremamente grata a François-Henri Pinault, à sua família e a todo o grupo Kering por tudo aquilo que construímos juntos nos últimos 17 anos. Aguardo ansiosamente pelo próximo capítulo da minha vida e por tudo aquilo que esta marca e equipa podem alcançar no futuro», acrescentou. François-Henri Pinault, CEO do conglomerado de luxo, também se pronunciou sobre a decisão, reconhecendo que este «é o momento certo para Stella McCartney passar para a próxima fase. Estou extremamente orgulhoso daquilo que o Kering e Stella McCartney conseguiram juntos». Os analistas estimam que as vendas anuais da Stella McCartney ascendam entre 150 milhões e 200 milhões de dólares (de 121 a 162 milhões de euros), embora o valor anual de retalho para os produtos Stella McCartney seja superior, em virtude de colaborações com a Procter & Gamble, na cosmética, e a Bendon, no segmento de lingerie. A colaboração com a marca desportiva Adidas, apresentada em 2004, alavancou a popularidade da designer e, em 2016, Stella McCartney aventurou-se na moda masculina.

6Moda infantil veste a casa

Uma nova vaga de marcas de moda infantil está a alargar o seu portefólio de produtos para incluir linhas de artigos para o lar, vestindo não só as crianças, mas os seus ambientes. A moda e os interiores estão a ficar cada vez mais interligados à medida que os consumidores procuram atualizar e transformar os seus ambientes com novos padrões e estampados como atualizam e transformam o seu guarda-roupa. Os retalhistas estão atentos e a modernizar as lojas – cada vez mais próximas dos quartos e recreios das crianças – para uma experiência de compra imersiva. A nova coleção da Rachel Riley Home, por exemplo, inclui uma ampla gama de artigos, desde almofadas a roupa de cama e todos os produtos se mantêm fiéis à identidade da marca através dos estampados e lettering usados na linha de moda. Outra marca a expandir recentemente a oferta é a Noe & Zoe. Tendo já lançado com sucesso uma linha de homewear, a marca de moda infantil prepara-se lançar uma colaboração com a estamparia digital Spoonflower, oferecendo papéis de parede com estampados iguais aos dos coordenados da coleção de moda.