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Breves

  1. UE e México renovam acordo de comércio
  2. Athleisure explode até 2020
  3. Nova tecnologia contra maus odores na roupa
  4. Apoio ao algodão africano ultrapassa o milhão
  5. Denim sustentável em escalada
  6. Os acessórios do verão

1UE e México renovam acordo de comércio

A União Europeia (UE) e o México chegaram a um acordo para introduzir melhorias ao acordo de livre comércio que estabeleceram há 15 anos. Deste modo, o novo protocolo significa que quase todos os bens que são agora alvo de comércio entre os dois países estarão livres de tarifas, incluindo no sector agrícola. O acordo também implica procedimentos alfandegários mais simplificados e estabelece regras progressivas em termos de desenvolvimento sustentável, sendo o primeiro acordo da UE que quer lidar com a corrupção nos sectores público e privado. «Em menos de dois anos, a UE e o México terão um acordo adequado aos desafios económicos e políticos do século XXI. Abrimos agora um novo capítulo no nosso relacionamento longo e produtivo, impulsionando o comércio e criando empregos», afirmou a Comissária Europeia para o Comércio, Cecilia Malmström. Desde que o acordo original entrou em vigor, o comércio entre o México e a UE subiu 148%, com uma taxa anual de crescimento de 8%. O comércio de têxteis e vestuário está a aumentar entre os dois parceiros, com as importações de produtos mexicanos para a Europa a atingirem os 89 mil milhões de euros em 2017, ou seja, cerca de 0,06% do total. O documento final estará terminado no final do ano.

2Athleisure explode até 2020

A procura por althleisure e sportswear vai ser quase universal em 2020, segundo um relatório da New West End Company, que representa retalhistas de Londres. O inquérito realizado conclui que o número de marcas de desporto que na zona de Bond St, Oxford St e Regent St aumentou 100% entre 2016 e 2017, com um número crescente de retalhistas a adicionarem esta oferta às suas lojas. A tendência é para aumentar ainda mais, com os analistas a prever que todas as marcas de moda na zona incorporem o segmento de desporto na sua oferta nos próximos dois anos. Este mercado já vale 2,8 mil milhões de euros no Reino Unido, uma subida de 8% em 2017. Quem vende já está a estudar a melhor forma de colher dividendos desta escalada, não só com os atletas que participam em eventos como a maratona de Londres, mas também com os interessados que gostam de ver eventos desportivos e usar as mesmas marcas dos atletas. Entre os exemplos do ano passado está o novo departamento de calçado de desporto da Selfridges, a colaboração de Victoria Beckham com a Reebok e a parceria da marca japonesa Y-3 com a Adidas. O uso crescente de roupa de desporto noutras áreas do quotidiano é uma das razões para o aumento da procura e interesse por este segmento.

3Nova tecnologia contra maus odores na roupa

A Microban desenvolveu um novo produto que elimina maus cheiros à medida que entre em contacto com vestuário e calçado, mantendo, garante a empresa, a frescura durante cerca de 50 lavagens. O produto foi desenvolvido para têxteis que vão do segmento de desporto até à roupa de cama, neutralizando odores corporais mesmo depois de as peças serem usadas. O vestuário mantém, assim, a sua frescura até cinco anos consecutivos e providencia controlo de odor até um ano, revela a empresa. A tecnologia também controla aqueles odores mais permanentes, que custam a sair da roupa, e pode ser usada em materiais como o poliéster, entrando no tecido para formar uma barreira protetora que elimina o odor. Este produto é facilmente integrado em corantes e processos de acabamento que já existem e pode gerar benefícios de sustentabilidade, incluindo poupanças de água e energia, graças à diminuição do número de lavagens. Além disso, alarga a vida útil dos artigos.

4Apoio ao algodão africano ultrapassa o milhão

A iniciativa Cotton made in Africa (CmiA) anunciou que que apoia mais de um milhão de agricultores que cultivam esta matéria-prima no continente, 17% dos quais são mulheres. Fundada em 2005, por Micheal Otto, a CmiA distingue-se por incentivar o cultivo de algodão de forma sustentável, com recurso exclusivo à água da chuva. Em 2017, um recorde de 90 milhões de têxteis exibiram a chancela da CmiA, um aumento de 79% em relação ao ano anterior. «A sustentabilidade já não é um produto de nicho», sublinhou Tina Stridde, diretora da Aid by Trade Foundation. Em média, um agricultor que tenha esta certificação conta com uma área de cultivo de menos de 1,5 hectares. Além disso, mais de 11 mil trabalhadores da indústria de algodão fazem parte da iniciativa. Cerca de 496 mil toneladas de algodão da Etiópia, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gana, Camarões, Moçambique, Zâmbia, Tanzânia e Uganda foram produzidas segundo os critérios da CmiA no ano passado.

5Denim sustentável em escalada

São necessários aproximadamente 11.000 litros de água para fabricar um par de jeans, aos quais acrescem químicos essenciais à produção. Por outro lado, cada indivíduo tem, em média, sete pares, o que agrava o problema de sustentabilidade associado à produção. Considerando que os consumidores são cada vez mais criteriosos nas suas compras de moda, as marcas de denim têm procurado fazer as pazes com o meio ambiente. As propostas comerciais e acessíveis, assinadas pela Levi’s, Wrangler, Zara, Gap ou Primark, representam 70% do valor total das vendas à escala global, mas nem todas as marcas têm preocupações ecológicas. Aliás, a Levi’s é, dentro dessa lista, a que mais tem batalhado em prol do denim verde. Em 2007 – e, novamente, em 2015 –, a Levi’s calculou as quantidades de energia e água necessárias para fazer um par do seu icónico modelo 501. Munida desses dados, a marca implementou um conjunto de mudanças e estabeleceu parcerias estratégicas para proteger o meio ambiente. Em 2011, a Levi’s lançou o processo Water <lessTM, capaz de economizar até 96% da água normalmente usada na produção de denim. A mara começou também a trabalhar em parceria com a Better Cotton Initiative e a Sustainable Apparel Coalition, comprometendo-se a mudar exclusivamente para o algodão sustentável até 2020. Já as marcas emergentes Everlane, Reformation, Ayr, Edun, Citizens of Humanity e Blanche fizeram do denim ético e sustentável o seu modelo de negócio, apostando no reaproveitamento de águas, no comércio justo, na redução de utilização de recursos naturais, na solidariedade social, na reciclagem e na prática de um preço justo.

6Os acessórios do verão

Os portais da especialidade já alinharam os acessórios que não podem faltar nos coordenados deste verão. Nos brincos e colares, vencem as pérolas – caso apenas se compre um par de brincos nos próximos meses, os brincos de pérolas são a melhor aposta. Do lado do luxo, há sugestões da Céline e da Simone Rocha, enquanto do lado do retalho, há ofertas da Mango. Nas bolsas, as propostas em crochet, que recuperam memórias de dias passados junto à praia, são o modelo mais aconselhado pelos stylists. Como alternativa mais robusta surgem as cestas de diferentes tamanhos. Dentro do calçado, as sandálias – independentemente do modelo – em tons de lavanda, a cor do ano segundo o Instituto Pantone, são o must-have. Os óculos de sol micro, uma reminiscência de estilo dos anos 1990, são os grandes vencedores da categoria. Por último, e independentemente do tipo de acessório, as transparências dos plásticos são obrigatórias para a primavera-verão 2018.