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  1. H&M procura fornecedores na África do Sul
  2. Contrafação online custa €25,5 mil milhões às marcas
  3. Câmara de Famalicão e AEP juntas pela internacionalização
  4. Ralph Lauren acima das expectativas
  5. ColorZen inova no tingimento do algodão
  6. Exportações de vestuário do Sri Lanka com valor recorde

1H&M procura fornecedores na África do Sul

A H&M está à procura de potenciais fornecedores na África do Sul, com os executivos do grupo do Norte da Europa a visitar várias cidades daquele país nos últimos dias. O governo da África do Sul ajudou a organizar a iniciativa como parte dos esforços para impulsionar o sector têxtil, prejudicado por importações chinesas, que levaram ao encerramento de fábricas e à perda de milhares de empregos. O grupo sueco foi alvo de protestos em janeiro naquele país devido a um anúncio com uma criança que tinha o slogan «coolest monkey in the jungle». A empresa retirou a publicidade e pediu desculpa. O ministro do desenvolvimento económico sul-africano, Ebrahim Patel, revelou que foi feita uma proposta ao grupo «para que compre produtos à África do Sul, como forma de redenção». Em cima da mesa estão visitas a Joanesburgo, Cidade do Cabo e Durban, segundo uma porta-voz da H&M, ressalvando, no entanto, que a avaliação ainda está numa fase muito inicial.

2Contrafação online custa €25,5 mil milhões às marcas

A contrafação online teve um impacto negativo de perto de 30 mil milhões de dólares (25,5 mil milhões de euros) na indústria do luxo no ano passado. Segundo um relatório, intitulado «Global Brand Counterfeiting Report 2018», este problema ainda está a aumentar e as vendas online já são uma dor de cabeça. A transação na Internet de produtos falsificados foi 31% do total da contrafação em 2017. Globalmente, este mercado paralelo teve um impacto de 83,5 mil milhões de euros em produtos como vestuário, têxteis, calçado, malas e relógios. Se forem contabilizadas as outras indústrias, o total de perdas com as falsificações atinge mais de um bilião de euros. A Internet veio ajudar os falsificadores, mas o relatório também indica que o crescimento no comércio mundial e tecnologias prejudicaram a atividade. A principal preocupação são os marketplaces, como por exemplo a Amazon, onde circulam produtos falsificados de marcas como Supreme/Louis Vuitton, Kylie Jenner e Apple. As buscas online por produtos contrafeitos também dispararam.

3Câmara de Famalicão e AEP juntas pela internacionalização

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a AEP – Associação Empresarial de Portugal assinaram um protocolo no passado dia 24 de maio para facilitar o acesso de empresas famalicenses às dinâmicas e projetos de apoio à internacionalização desenvolvidas pela AEP, com benefícios vários como, entre outros, a concessão de 75% de desconto nas despesas não comparticipadas para participação nas missões empresariais e feiras internacionais organizadas por esta associação empresarial e o acesso prioritário ao programa Capitalizar, que contribui para melhorar as condições de acesso ao financiamento e promover estruturas financeiras mais equilibradas nas empresas. «Estamos a criar condições para que as empresas do concelho se possam articular de uma forma mais estreita e célere com aquilo que são os serviços que a AEP presta ao tecido empresarial», afirmou o presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida, que considera que é «um grande ativo» reunir diferentes entidades, nomeadamente as associações empresariais, autarquias e empresas, «na partilha de informação e ferramentas capazes de responder a um mercado que é altamente dinâmico». Já o presidente da câmara de Famalicão, Paulo Cunha, sublinhou que «todas as ferramentas que têm por missão criar um aumento das exportações do concelho são instrumentos ao serviço do desenvolvimento económico e do progresso porque exportando-se mais vai produzir-se mais e, com isso, empregar mais e com melhores salários», acrescentando que «estarmos com eles [AEP] é um sinal de credibilidade para as políticas municipais, e para as empresas é um sinal inequívoco de que estamos a abrir portas reais no que diz respeito à abordagem internacional». O protocolo abre ainda as portas à possibilidade de realização de missões inversas em Famalicão e prevê ainda um trabalho conjunto na identificação e mapeamento das áreas empresariais e respetiva caracterização ao nível de indicadores económicos e territoriais.

4Ralph Lauren acima das expectativas

A Ralph Lauren ultrapassou as estimativas no quatro trimestre, que terminou a 31 de março de 2018. Neste período, a marca americana conseguiu resultados positivos de 41,3 milhões de dólares (35,2 milhões de euros), face a perdas de 204 milhões de dólares (174 milhões de euros). No entanto, as vendas continuaram a descer no mesmo período, em cerca de 1%, ainda assim melhor do que as expectativas de 2,3% dos analistas. No que diz respeito ao ano fiscal, as receitas líquidas desceram 7%, para 5,2 mil milhões de euros. Deste modo, a performance do grupo foi melhor do que as previsões dos analistas, tendo beneficiado de uma Páscoa mais cedo e de melhores preços. As margens brutas atingiram 59,8%, uma melhoria face ao exercício anterior, graças às iniciativas de melhoria de qualidade de vendas através de atividade promocional reduzida, mudanças geográficas e de canais favoráveis, assim como melhorias em custos de produtos e no mix dos mesmos. «Os atuais resultados da Ralph Lauren confirmam que a empresa está a ir, lentamente, na direção certa», acredita Neil Saunders, diretor geral da GlobalData.

5ColorZen inova no tingimento do algodão

Um tratamento patenteado para tornar o tingimento do algodão mais sustentável, da responsabilidade da ColorZen, foi escolhido como vencedor do concurso de inovação da Copenhagen Fashion Summit de 2018. Este pré-tratamento faz com que o material absorva mais corante do que no método normal e requer menos 95% de químicos, 90% de redução de água, 50% menos corantes e nenhum sal. A revolucionária tecnologia, que reinventa o processo de tingimento, faz com este seja significativamente mais eficiente e amigo do ambiente, estando por isso entre os 12 finalistas selecionados para o fórum de inovação do evento. O algodão é o material mais popular do planeta para produção de vestuário, mas a forma como é tingido coloca hoje vários problemas, segundo a ColorZen. A empresa tem uma solução simples, mas abrangente, ao aplicar um tratamento em molhado a fibras de algodão cru, logo no início do processo. A tecnologia muda a carga do algodão para positiva o que faz com que o corante se fixe mais rapidamente, permitindo ao algodão uma melhor absorção e eliminando a necessidade de mais banhos químicos.

6Exportações de vestuário do Sri Lanka com valor recorde

As exportações de vestuário do Sri Lanka poderão ultrapassar os cinco mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) este ano, de acordo com o ministro para a Indústria e Comércio do país, Rishad Bathiudeen. Este valor tem na sua base o estatuto de parceiro comercial privilegiado que o Sri Lanka tem com a União Europeia e compara com os valores de 4,8 mil milhões dólares (4 mil milhões de euros) atingidos em 2017. No primeiro trimestre, as vendas para o exterior cresceram 4%, para 1,26 mil milhões de dólares (mil milhões de euros). O governante ressalva, contudo, que o país gasta perto de quatro mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) na compra de matérias-primas. Rishad Bathiudeen anunciou ainda que o Sri Lanka iria tomar algumas medidas para minimizar esta questão e comprar mais produtos locais para a sua indústria. O ministro alertou ainda para a necessidade de diversificar mercados, tendo em conta as mudanças em torno do Brexit. Um recente estudo do Oxford Business Group chegou à conclusão que a indústria do Sri Lanka precisa de investir em avanços tecnológicos se quiser continuar a progredir. Os têxteis e vestuário são o segmento mais expressivo nas exportações do país asiático, com um total de 47%, segundo dados de 2016.