- Nova versão do AccuPlan melhora eficiência
- Guerra comercial EUA/UE com impacto nos jeans
- Adidas lidera Campeonato do Mundo
- Teijin cria malha inovadora que repele água e absorve suor
- Sustentabilidade na moda é ambígua, diz estudo
- Bayer já pode comprar Monsanto
1Nova versão do AccuPlan melhora eficiência
A Gerber Technology está a lançar a nova versão da ferramenta de planeamento de corte AccuPlan que, segundo afirma, melhora a performance até 85% no tempo de processamento automático, com novos algoritmos que reduzem a necessidade de intervenção humana e uma melhor integração do ERP ao chão de fábrica. «Os nossos clientes estão continuamente à procura de fluxos de trabalho e comunicação de dados mais eficientes entre o design e a produção para diminuir o tempo entre o conceito e o produto acabado», revela Mary McFadden, diretora-executiva de CAD da Gerber Technology. «O AccuPlan permite às empresas usar as encomendas de trabalho recebidas através dos seus sistemas ERP e convertê-las em ordens de corte otimizadas à medida que entram no chão de fábrica», explica. Entre outras vantagens, a empresa aponta a redução no custo de produção e a maior eficiência de todo o processo ao calcular as marcações e soluções para estender os tecidos ou malhas. A ferramenta faz a interface com o software AccuMark e AccuNest, eliminando a necessidade de realizar manualmente tarefas como a entrada da ordem de marcação ou a geração de ficheiros de corte. A Gerber Technology assegura ainda que a utilização do AccuPlan permite poupar até 2% de matéria-prima e que os utilizadores podem aumentar em 7% as poupanças graças a diferentes combinações de estender e marcar.
2Guerra comercial EUA/UE com impacto nos jeans
A guerra comercial dos EUA com a União Europeia (UE) pode ter um impacto negativo nos jeans, entre vários outros produtos, tendo em conta a lista de artigos que a UE colocou como «alvo» para aplicar taxas no caso de um agravamento do conflito, que se vem desenrolando já há vários meses. Deste modo, a UE prevê que as tarifas que Trump prometeu colocar em alguns produtos europeus irão custar cerca de 3,27 mil milhões de dólares, ou seja, 2,7 mil milhões de euros, sendo que o bloco pretende aplicar restrições às importações dos EUA no mesmo valor, gerando, ao mesmo tempo, pressão política interna de indústrias que possam vir a sofrer com isso. A lista já existe desde março, mas a UE prometeu que só iria entrar em vigor se Trump cumprisse a promessa de impor tarifas de 25% nas importações de aço e 10% no alumínio. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, revelou nessa altura que a Levis poderá ser uma das afetadas.
3Adidas lidera Campeonato do Mundo
A Adidas já garantiu o patrocínio de 12 seleções nacionais no Campeonato do Mundo de futebol, que começa este mês na Rússia, à frente da Nike, com 10 e da Puma com quatro. A Adidas conta com candidatos ao título como a Alemanha e a Espanha, assim como a equipa anfitriã. A Nike terá o seu logótipo nas camisolas do Brasil, França e Inglaterra. A marca sofreu com o não apuramento dos EUA para as finais, que seria importante no mercado interno. Todas as grandes insígnias esperam que as suas equipas progridam no torneio, com o sonho de uma final só com uma marca. Além disso, o patrocínio das chuteiras dos melhores jogadores é muito importante para estas multinacionais. A Nike conta que 60% dos jogadores irão usar os seus produtos, incluindo quase metade das equipas alemã e espanhola. Cristiano Ronaldo também irá calçar Nike para os jogos, enquanto Lionel Messi usará Adidas. A marca, no entanto, que também é a patrocinadora oficial do evento, espera um impacto financeiro limitado, dado o estado da economia russa.
4Teijin cria malha inovadora que repele água e absorve suor
A Teijin Frontier desenvolveu uma malha que repele água ao mesmo tempo que absorve suor, uma linha lançada para fazer face à procura de materiais cada vez mais funcionais, elásticos, de secagem rápida e leves. Esta inovação combina propriedades de repelência de água no exterior com a absorção da mesma na parte interior da malha. O novo material tolera lavagens repetidas como resultado da forma como foi concebido e produzido. Para o futuro, a Teijin espera combinar esta inovação com outros materiais multifuncionais para a prática de desporto, mas também para a indústria da moda. Além disso, uma versão amiga do ambiente associada a fibra de poliéster repelente à água mas sem compostos fluorados e a fibra de poliéster reciclado está agora em desenvolvimento.
5Sustentabilidade na moda é ambígua, diz estudo
Um novo relatório dá conta da ambiguidade da moda sustentável que cada vez mais é usada como arma de marketing pelas marcas. O trabalho, «Sustainable Fashion Blueprint 2018», da autoria de Diane Albouy e Olabisi Adesid da Universidade de Cambridge e do Marketplace Mamoq, especializado na área, refere que os executivos das empresas têm que convencer não só os clientes, mas também o seu staff a adotar princípios de maior sustentabilidade e transparência. Em 2016, a indústria têxtil, vestuário, couro e calçado valia um bilião de euros, tendo em conta um volume de negócios superior a 200 mil milhões de euros e 300 milhões de trabalhadores, o que a legitima como uma fonte importante de emprego e grande contribuidora para o PIB de países menos e mais desenvolvidos, de acordo com o relatório. No entanto, é também a segunda mais poluidora, com mais de 350 mil quilómetros quadrados de terra (aproximadamente o tamanho da Alemanha) é dedicada à produção de algodão. Cerca de 93 mil milhões de metros cúbicos de água são usados todos os anos neste sector e cerca de meio milhão de toneladas de microfibras acabam nos oceanos anualmente. Para os consumidores, a sustentabilidade é o quarto critério mais importante na compra de vestuário, atrás do cair, preço e estilo.
6Bayer já pode comprar Monsanto
A Bayer ganhou a aprovação dos EUA para uma oferta de aquisição da Monsanto, depois de concordar com a venda de cerca de 9 mil milhões de dólares (7,6 mil milhões de euros) em ativos, um último obstáculo ao negócio de 62,5 mil milhões de dólares (53,4 mil milhões de euros) que irá criar o maior fabricante de sementes e pesticidas do mundo. O grupo final, tendo em conta as áreas em que pretende desinvestir, irá ter vendas anuais de cerca de 20 mil milhões de euros, face a 12,4 mil milhões da DowDuPont’s Corteva Agriscience, 11 mil milhões da Syngenta e 7,9 mil milhões da BASF. A estratégia da Bayer passa por combinar o seu negócio de químicos para plantações com a divisão da Monsanto responsável pela produção de sementes, na última de uma série de grandes operações desta área. O grupo comprometeu-se a vender os negócios de algodão, soja, sementes e outros, assim como um herbicida, para poder responder às exigências das autoridades no que diz respeito aos riscos de concentração.