- UE elimina barreiras comerciais
- Google investe milhões na JD.com
- Inditex apoia trabalhadores na Índia
- MAS Holding aposta na energia renovável
- Paquistão importa algodão do Afeganistão
- Grafeno mantém os pés frescos
1UE elimina barreiras comerciais
As restrições às exportações em peles e couro “wet-blue” da Turquia estão entre as barreiras comerciais solucionadas pela Comissão Europeia em 2017. O mais recente relatório Barreiras ao Comércio e ao Investimento mostra que os exportadores europeus indicaram um grande aumento no protecionismo em 2017, com a Comissão Europeia a eliminar o maior número de sempre de barreiras ao comércio enfrentadas pelas empresas da UE que fazem negócios no estrangeiro. «Enquanto maior e mais acessível mercado do mundo, a UE está determinada a assegurar que os mercados estrangeiros continuam igualmente abertos para as nossas empresas e os nossos produtos», indica a comissária europeia do comércio, Cecilia Malmström. «Tendo em conta o aumento recente no protecionismo em várias partes do mundo, o nosso trabalho diário para remover barreiras comerciais tornou-se mais importante. Assegurar que as nossas empresas têm acesso aos mercados externos está no centro da nossa política comercial. À medida que o protecionismo cresce, a aplicação das regras por parte da UE deve seguir o mesmo caminho», afirma. Em 2017 foram eliminados 45 obstáculos – mais do dobro do que em 2016 – em 13 sectores essenciais das exportações e do investimento da UE. O relatório mostra ainda que foram registadas 67 novas barreiras no ano passado, elevando o número de obstáculos para 396, divididos por 57 parceiros comerciais em todo o mundo. A China registou o maior aumento em termos de novas barreiras em 2017, seguida da Rússia, África do Sul, Índia e Turquia. A região do Mediterrâneo também mostrou um aumento notável em barreiras para as empresas da UE. Os nove países com o maior número de barreiras comerciais são todos de economias do G20.
2Google investe milhões na JD.com
A Google vai investir 550 milhões de dólares na gigante chinesa do comércio eletrónico JD.com, incluindo no desenvolvimento conjunto de soluções de retalho em várias regiões do mundo, incluindo no Sudeste Asiático, nos EUA e na Europa. O objetivo é oferecer experiências de compra fáceis e personalizadas aos consumidores. A JD.com indicou que planeia fazer uma seleção de produtos de elevada qualidade para colocar à venda através do Google Shopping em diversas regiões. «Esta parceria com a Google abre uma vasta gama de possibilidades para oferecer uma experiência de retalho superior aos consumidores em todo o mundo», indica o diretor de estratégia da JD.com, Jianwen Liao. «Isto marca um passo importante no processo de modernizar o retalho global. Esta parceria abre um novo capítulo na nossa história», acrescenta. «Estamos entusiasmados por fazer a parceria com a JD.com e explorar novas soluções para ecossistemas de retalho em todo o mundo para dar experiências de compra personalizadas e fáceis que dão aos consumidores o poder de comprar quando e como quiserem», acrescenta o diretor de negócio da Google, Philipp Schindler.
3Inditex apoia trabalhadores na Índia
Mais de 50 fornecedores da Inditex na Índia reuniram-se em Bangalore e em Deli para assegurar a implementação efetiva dos acordos globais de enquadramento do IndustriAll para o sector de vestuário do país. Pensados para proteger os interesses dos trabalhadores envolvidos em todas as operações das empresas multinacionais que os assinam, os acordos são negociados a nível mundial entre os sindicatos e as empresas, estabelecendo os melhores padrões possíveis em termos de direitos à formação de sindicatos, saúde e segurança e princípios de relações laborais, independentemente dos padrões existentes num determinado país. Representantes da Inditex estiveram nas reuniões, onde foram abordados temas como a melhoria do diálogo social, relações industriais e sustentabilidade ao longo da cadeia de aprovisionamento. No ano passado, o CEO da Inditex, Pablo Isla, tinha já afirmado que o acordo global de enquadramento da retalhista espanhola, que protege cerca de 1,5 milhões de trabalhadores, é uma das medidas mais eficazes para implementar e encorajar os direitos laborais na cadeia de aprovisionamento mundial da indústria.
4MAS Holding aposta na energia renovável
A empresa do Sri Lanka lançou uma iniciativa direcionada para as energias renováveis que contempla a implementação do que afirma ser um dos maiores projetos da região de implementação de painéis solares. Batizada de Photon, a iniciativa alinha-se com os objetivos ambientais da produtora de tecidos e vestuário e inclui a instalação de 24 telhados de painéis solares que abrangem 185,6 mil metros quadrados, distribuídos por vários locais, de Kilinochchi a Koggala. A iniciativa segue-se ao que afirma ser a maior unidade de energia solar, instalada na sua unidade de tricotagem para o calçado Nike Flyknit em 2015. A solução de um megawatt consiste em 3.900 painéis solares, equivalente ao tamanho de mais de um campo de futebol, o que a torna na maior do sul da Ásia. A gigante do vestuário afirma que quer agora gerir a maior iniciativa de energia solar de todo o mundo. As duas primeiras fases estão já em execução e vão ter uma capacidade combinada superior a 20 megawatts. Há ainda a possibilidade de uma terceira fase no futuro próximo, com a MAS a afirmar que espera ter um impacto positivo líquido em termos de energia em 2025. «Está na altura de irmos além da simples lento do custo-benefício a mudar para a energia solar», explica Shirendra Lawrence, COO da MAS Holding, em declarações ao just-style.com. «Temos de investir porque o custo de não fazer nada é muito maior. A energia já não é um direito, é uma responsabilidade. A Photon é um investimento que nos vai ajudar a atingir esse objetivo e também enviar uma mensagem clara de que isto é a nova norma para a indústria agora. E enquanto uma das maiores produtoras no Sri Lanka, faz sentido que comecemos o movimento da energia renovável com uma iniciativa que realmente faz a diferença», acrescenta.
5Paquistão importa algodão do Afeganistão
O Paquistão assinou um acordo para facilitar o comércio bilateral com o Afeganistão e concordou em facilitar as exportações de algodão afegão para o país. Em comunicado, o Ministério do Comércio do Paquistão afirmou que o Secretário do Comércio, Mohammad Younus Dagha, assinou o acordo entre os dois países, juntamente com a vice-ministra para a indústria e o comércio do Afeganistão, Kamila Sidiqi. Após a cerimónia de assinatura do acordo, os responsáveis dos dois países discutiram o desejo de melhorar as relações comerciais entre os dois países, ultrapassando «os atuais desafios» através de uma interação frequente, onde se inclui a facilitação das exportações de algodão para o Paquistão. Entretanto, o embaixador do Afeganistão assegurou a remoção dos impedimentos do comércio bilateral e do trânsito com o Paquistão. Os têxteis e vestuário contribuem com quase 70% das receitas com as exportações do Paquistão. O país é o quarto maior produtor de algodão, um dos maiores utilizadores de algodão do mundo e o sexto maior exportador têxtil. A atual política têxtil do país, que está em vigor até 2019, pretende duplicar as exportações de têxteis e vestuário para 26 mil milhões de dólares até ao próximo ano.
6Grafeno mantém os pés frescos
Investigadores da Universidade de New South Wales, na Austrália, desenvolveram um novo material à base de grafeno (uma forma fina de carbono) que afirmam poder revolucionar o controlo da humidade em aplicações tão diversas como eletrónica, embalagem, ar condicionado e até para manter os pés frescos. O material foi desenvolvido por uma equipa liderada por Rakesh Joshi, da Escola de Ciência dos Materiais e Equipamentos, e os resultados da aplicação em testes laboratoriais foram publicados no jornal Chemical Science. «Este é um novo material estável que mostra significativos ganhos na capacidade de absorção em comparação com os secantes convencionais», afirma Joshi. «Uma nova aplicação que estamos a investigar é a integração do secante em palmilhas para controlar o odor e a humidade. Uma vez que a humidade pode ser lançada de novo na atmosfera através de um dispositivo normal que se tem em casa, como um forno quente, os sapatos podem ser recarregados regulamente para se manterem constantemente frescos», acrescenta. O material é feito à base de grafeno, com várias camadas de óxido de grafeno. Os investigadores mostraram que as taxas extraordinárias de absorção e libertação se devem à elevada pressão capilar nos laminados e rugas semelhantes a túneis na superfície – processos que ainda não tinham sido compreendidos. Os investigadores afirmam que a capacidade de afinar de forma precisa os espaços entre as camadas de óxido de grafeno de acordo com o desejado vai permitir o desenvolvimento de secantes customizados para controlar a humidade em várias aplicações. «Simulações de componentes microscópicos deste material revelam conhecimentos notáveis na forma como funcionam e vai marcar os próximos passos do design e desenvolvimento», acredita o professor Sean Smith, diretor da National Computational Infrastructure da Austrália. O novo secante pode também descarregar a humidade a temperaturas baixas, permitindo que seja facilmente usado muitas vezes. Em contrapartida, o calor necessário para regenerar os secantes convencionais são muitas vezes considerados demasiado caros. «As relativamente baixas temperaturas a que a descarga pode ser feita oferecem vantagens significativas ao reduzir bastante a intensidade energética necessária para a regeneração», sublinha Veena Sahajwalla, professora e coautora do estudo.