Num artigo publicado no jornal Nature Nanotechnology, os cientistas revelaram como, através de uma estratégia de design de ligação molecular e métodos de revestimento escaláveis, esta seda nanoprocessada pode estar 3,5 º Celsius abaixo da temperatura ambiente durante o dia.
A seda modificada é capaz de refletir a maior parte da luz solar e irradiar o calor. Esta seda é, alegadamente, o primeiro têxtil desenvolvido que se mantém mais frio do que o ar envolvente quando está à luz do sol.
Os investigadores – Jia Zhu, da Universidade de Nanjing, na China, e Shanhui Fan, da Universidade de Stanford, nos EUA, e os seus colegas – também verificaram que esta seda, quando colocada sobre uma superfície que simula a pele, mantém o utilizador 8 ºC mais fresco sob luz direta do sol do que a seda natural e 12,5 ºC mais fresco do que o algodão.
«Antecipamos que esta estratégia de adaptar matérias-primas naturais através de processos convenientes e escaláveis podem não só permitir uma abordagem sustentável com poupança de energia à gestão térmica pessoal, mas também inspirar novos caminhos para o desenvolvimento de materiais e dispositivos para arrefecimento passivo para reduzir o consumo de energia», indicaram os investigadores no artigo do Nature Nanotechnology.
Esta seda é confortável ao uso, com boa respirabilidade e pode ser lavada e seca repetidamente sem se desfazer, salientam os investigadores. O tecido foi pensado para manter as pessoas frescas mesmo quando estão no exterior e expostas ao sol.