A origem celulósica da EcoRegen permite que a linha seja completamente biodegradável e compostável, tendo ainda vantagens ao nível das credenciais sustentáveis, uma vez que a produção de liocel não exige, ao contrário do cultivo de algodão, grandes quantidades de água, pesticidas ou um processo intensivo em termos de mão de obra na sua produção.
A Coats aponta que a linha pode ser usada em vestuário de homem, senhora e criança, em malha e tecido, desde camisas, blusas e t-shirts a athleisure e roupa interior.
«O lançamento da EcoRegen faz parte do roadmap Eco Journey da Coats para fazer produtos sustentáveis inovadores que apoiem o impulso da Coats para a economia circular», indica a empresa em comunicado.
Um percurso que terá começado em 2018, com a linha EcoVerde, «que é agora uma das gamas mais abrangentes no mercado de linhas, fechos e acessórios de 100% poliéster reciclado.
A Coats prepara-se ainda para lançar dois novos produtos no mercado: a EcoCycle, uma gama de linhas que se dissolvem em água e que promete simplificar a reciclagem de vestuário; e a Eco-B, uma linha de poliéster reciclado que incorpora um aditivo que reduz a acumulação de fibras sintéticas em aterros e a poluição por microfibras no oceano.
Mais perto dos objetivos
A Coats assumiu uma estratégia de sustentabilidade em 2019, na qual traçou sete objetivos para 2022, em cinco áreas prioritárias: água, energia, efluentes, emissões e sustentabilidade social.
No relatório de sustentabilidade de 2020, tornado público em março deste ano, a empresa assume «aumentar a nossa ambição» no que diz respeito às suas credenciais ambientais, mantendo o compromisso de reduzir as emissões de carbono e chegar a emissões zero até 2050.
No ano passado, a Coats reduziu em 6% a água usada por quilo de linha – a meta para 2022 é uma redução de 40% – e em 3% o consumo de energia (-7% é o objetivo a atingir até ao próximo ano), tendo conseguido que 74% dos seus efluentes cumpram os critérios estipulados pela iniciativa Zero Discharge of Hazardous Chemicals e que 13% das vendas de linhas premium sejam recicladas.
«No geral fizemos bons progressos em muitas das áreas prioritárias. Embora haja mais a fazer do que esperávamos nesta altura para cumprimos as nossas metas, continuamos empenhados em atingi-las e nos prazos originais de 2022 e 2024», conclui Andrew Morgan, diretor de sustentabilidade da Coats.