O combate aos artigos de vestuário contrafeitos está na ordem do dia.
Este fenómeno tem vindo a crescer assustadoramente em todo o mundo, e em especial no continente europeu.A provar este aumento da contrafacção de vestuário na Europa, e segundo dados recentes, 19% de todos os artigos contrafeitos são actualmente vendidos em França, contra apenas 5% em 2001.Devido ao forte crescimento deste flagelo, cerca de 30.000 postos de trabalho são perdidos anualmente na indústria do vestuário francesa, facto que levou a ministra da indústria daquele país a pôr em prática uma campanha de sensibilização para este problema.Assim, e segundo Nicole Fontaine, a contrafacção representa para a economia francesa perdas de 6.000 milhões de euros por ano e constitui, não apenas um atentado à propriedade intelectual, como um gigantesco roubo de bens alheios, devendo ser encarado como um crime económico e social no âmbito das actividades criminosas a nível internacional.Depois de ter feito do combate anti-contrafacção uma das prioridades do seu ministério, Nicole Fontaine solicitou a apresentação de um plano de luta a este fenómeno, a ser elaborado peloCNAC (Comité Nacional Anti-Contrefacção), e do qual resultou uma gigantesca campanha nacional, destinada a sensibilizar fabricantes, retalhistas e consumidores de vestuário para este grave problema.Entretanto, a França procura igualmente alargar esta sua iniciativa aos restantes países membros da União Europeia, nomeadamente através de uma proposta apresentada ao Parlamento Europeu, relativa à alteração do Código das Fronteiras comunitárias, que visa o reforço das competências das respectivas forças policiais nacionais neste campo.