O comércio electrónico atraiu no primeiro semestre 21 milhões de compradores franceses, que gastaram 10 mil milhões de euros, com as lojas virtuais de artigos têxteis a registar um crescimento particularmente dinâmico. De acordo com a Federação do Comércio Electrónico e Venda à Distância (FCEVD), no primeiro semestre de 2007, os internautas gastaram 7,7 mil milhões de euros. O valor médio gasto por compra ficou-se pelos 94 euros, o que representa um aumento de 3% em termos anuais. De igual forma, também o número de comerciantes aumentou nos últimos 12 meses (mais 50%), registando-se agora 43.000 sites. A compra on-line democratizou-se. Se no início de 2000 o comércio electrónico era quase exclusivamente utilizado por jovens quadros parisienses, os sites de comércio electrónico são agora utilizados por todas as classes sociais e mesmo pelos reformados, segundo revelou um estudo da Médiamétrie realizado para a FCEVD. O site de leilões eBay foi o mais procurado, com mais de 10 milhões de visitas, seguido do concorrente francês priceminister (6,4 milhões) e da La Redoute (6 milhões), de acordo com a Médiamétrie. Os sites de viagens estão também bem posicionados. O site da SNFC atraiu 5,3 milhões de visitantes, o lastminute.com 1,9 milhões de visitantes e o Promovacances 1,5 milhões de visitantes. Os internautas continuam a comprar muitos artigos de alta tecnologia, mas as compras de têxteis estÁ aumentar rapidamente. No primeiro semestre, representou 4,5% do total de despesas com vestuÁrio dos franceses, contra os 3,8% verificados hÁ um ano, de acordo com o estudo realizado pelo Institut Français de la Mode (IFM) para a FCEVD. Dentro dos produtos têxteis mais vendidos on-line, a lingerie ocupa o primeiro lugar, à frente do vestuÁrio infantil e da roupa de desporto. De acordo com o IFM, o preço do vestuÁrio para senhora comprado on-line é, em média, 15% inferior ao das lojas físicas. JÁ o vestuÁrio masculino não regista diferenças de preço, o que sugere que os consumidores masculinos são, em primeiro lugar, seduzidos pelo carÁcter rÁpido e prÁtico das compras on-line», explica o IFM. JÁ os jeans para adultos ou os artigos para criança são 10% a 15% mais caros do que nas lojas. Metade do volume de negócios realizado na Internet diz respeito aos artigos vendidos a preço “discount” (promoções, marcas brancas…), contra os 30% que se verifica no total do mercado de vestuÁrio. Entre as mulheres, são as que têm idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos as que mais compram on-line, preferindo este circuito de distribuição para ganharem tempo. Nos homens, são os que têm entre 15 e 24 anos que preferem esta forma de comércio, que consideram prÁtica e confortÁvel para encontrar marcas a preços reduzidos, concluiu o IFM.