Há cerca de quatro anos que a Dr. Kid tem vindo a crescer no mercado italiano, graças a uma conjugação de qualidade e design, o mesmo binómio que levou a marca de moda infantil a trilhar um bem-sucedido caminho desde que foi lançada. «A marca de há 15 anos não tem nada a ver com a de hoje, mudou completamente», reconhece, em declarações ao Jornal Têxtil (edição de novembro 2017), José Armindo Ferraz. «Inovou, temos uma marca total look, com todo o tipo de produto que se queira vestir a uma criança, da cabeça aos pés», aponta.
Naquele que é considerado o mercado de moda mais exigente do mundo, a Dr. Kid soube impor-se a pouco e pouco. «Itália é um mercado importante e difícil. É o país da moda, há milhares de marcas, e conseguimos colocar a bandeira de Portugal, com a marca Dr. Kid, entre outras marcas portuguesas também bem lançadas, no mercado», destaca o administrador da Inarbel.
A aposta será para manter e prova disso é que na próxima edição da feira italiana Pitti Bimbo a Dr. Kid vai expandir-se. «Temos lá um bom stand mas vou aumentá-lo para o dobro na próxima edição», revela. «Tem sido assim, step-by-step. Tem que corresponder com o crescimento da marca – tudo é racional», garante José Armindo Ferraz.
Fora das contas está, para já, o comércio eletrónico, por uma questão de não concorrência com os clientes de retalho da Dr. Kid. «É um risco muito grande e demorou muito a chegar a este ponto. Não é uma questão de medo, é uma questão de respeito pelos clientes que tenho, que são mais de 2 mil. Não os quero desrespeitar ao ter uma loja online. Se me dou bem assim, acho que devo continuar assim», defende o empresário.
A Dr. Kid representa atualmente 30% da produção da Inarbel – que emprega 240 pessoas e tem uma capacidade produtiva diária de 5 mil peças – e, além do mercado português, exporta para a Europa e América Latina. «A Dr. Kid vende muito em Portugal. É um bom mercado – representa 20% das vendas», acrescenta José Armindo Ferraz.
Dos projetos para o futuro faz parte não só expandir os horizontes da marca mas também os da empresa – que em 2016 cresceu 12% – na qual o administrador continua a fazer investimentos, tanto nas pessoas como nas máquinas. «Todos os anos faço investimentos nos recursos humanos, em formação. E somos uma empresa que investe em tecnologia, em equipamentos novos para substituir os mais antigos. Temos um parque de máquinas supersofisticado», sublinha.
Entre os investimentos talhados para 2017 consta ainda a certificação GOTS, que se soma ao Oeko-tex e às várias certificações de qualidade. «Neste momento estamos no processo de adquirir a certificação GOTS. Já tenho as outras, aquelas que os clientes me pedem e que eu considero importantes. Este é um outro passo que estamos a dar», adianta o administrador da Inarbel ao Jornal Têxtil.
