Este valor evidencia um acréscimo de 6,2% em relação ao défice da balança comercial registado em igual período de 2020. A evolução reflete uma subida de 21,5% no total das exportações portuguesas de bens, enquanto as importações cresceram 18,1% de janeiro a agosto.
Excluindo os “combustíveis e lubrificantes”, o défice da balança comercial de Portugal situou-se nos 7,43 mil milhões de euros nos primeiros oito meses do ano, evidenciando um agravamento de 1,2% em relação ao valor observado no mesmo período de 2020. Este resultado surge na sequência de uma subida de 20,0% nas exportações e de 16,5% nas importações. Excluindo os produtos energéticos e com base na perspetiva dos desempenhos por região, verificou-se, entre janeiro e agosto, uma subida homóloga de 20,1% no valor das exportações destinadas ao mercado intracomunitário (considerando os atuais 27 Estados-membros), enquanto as exportações extracomunitárias cresceram 19,9%. Do lado das importações de Portugal, as intracomunitárias evidenciaram uma subida de 17,7%, enquanto as extracomunitárias aumentaram 12,0%.

Relativamente ao desempenho da economia nacional, segundo os dados preliminares publicados na Estimativa Rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), no 3.º trimestre de 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma subida homóloga de 4,2% em termos reais, após ter evidenciado um crescimento de 16,1% no trimestre anterior (resultado influenciado, em grande parte, pelo forte impacto da pandemia no 2.º trimestre de 2020). No que se refere à evolução em cadeia, comparativamente com o 2.º trimestre de 2021, o PIB cresceu 2,9% em volume, após ter registado uma subida de 4,4% no trimestre anterior.
ITV cresce
Em termos específicos para a indústria têxtil e vestuário, analisando a evolução em período homólogo do índice de volume de negócios na indústria (INE) para o mês de julho, a análise do CENIT evidencia uma subida de 11,7% no sector têxtil e de 6,7% no sector de vestuário. Ao nível das indústrias transformadoras foi observada uma subida de 11,9% em relação ao mesmo mês de 2020. De salientar que, relativamente ao período homólogo de 2019, o índice posicionou-se 4,8% acima no caso do sector têxtil, ficando 15,4% abaixo no sector de vestuário. Em termos da evolução em cadeia, foi evidenciada uma subida de 12,7% no sector têxtil e de 25,1% no sector de vestuário, sendo registada também uma subida de 7,2% nas indústrias transformadoras.

Relativamente à evolução em período homólogo do índice de produção industrial (INE), evidencia-se uma subida de 1,7% no sector têxtil e uma descida de 24,3% no sector de vestuário. Ao nível das indústrias transformadoras foi registada uma descida de 1,9% em relação a julho de 2020. De salientar que, relativamente ao período homólogo de 2019, o índice posicionou-se 1,8% abaixo no caso do sector têxtil e 35,3% abaixo no caso do sector de vestuário. Em termos da evolução em cadeia, foi evidenciada uma subida de 4,6% no sector têxtil e uma subida de 33,9% no sector de vestuário, tendo-se verificado um crescimento de 9,1% nas indústrias transformadoras.
Emprego sobe
Os dados para a variação homóloga do índice de emprego na indústria (INE) evidenciaram, em agosto, uma subida de 0,3% no sector têxtil e de 0,4% no sector de vestuário. Nas indústrias transformadoras foi registada uma subida de 0,8%. Relativamente ao período homólogo de 2019, o índice posicionou-se 2,6% abaixo no caso do sector têxtil e 3,6% abaixo no caso do sector de vestuário. Relativamente à variação em cadeia, entre julho e agosto, o índice de emprego na indústria diminuiu 0,4% no sector têxtil e aumentou 0,4% no sector de vestuário, tendo registado um crescimento de 0,1% nas indústrias transformadoras.
De acordo com os dados do INE para a variação homóloga do índice de horas trabalhadas na indústria, foi observada em agosto de 2021 uma descida de 2,5% no sector têxtil e uma subida de 9,3% no sector de vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras verificou-se uma subida de 0,4% em relação a igual período de 2020. Ao nível da variação em cadeia, verificou-se uma descida de 39,7% no sector têxtil e de 44,9% no sector de vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras verificou-se uma descida de 28,2%.

O índice de preços na produção industrial (INE), registou em termos homólogos no mês de julho uma subida de 3,3% ao nível do sector têxtil e de 0,7% no sector de vestuário, em relação a igual período de 2020. Este indicador conheceu uma subida homóloga de 8,6% ao nível das indústrias transformadoras, uma tendência que os dados preliminares do INE indicam que irá manter-se nos meses de agosto e setembro. Na variação em cadeia, entre junho e julho, verificou-se uma subida de 0,1% no sector têxtil e uma variação praticamente nula no sector de vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras o índice registou uma subida de 1,3%.
Relativamente à variação homóloga do índice de preços no consumidor (INE), foi observada, em setembro, uma descida de 1,7% ao nível dos têxteis de uso doméstico e de 1,8% nos artigos de vestuário. Analisando a evolução em cadeia, na comparação com agosto, verificou-se em setembro uma subida de 1,5% nos têxteis de uso doméstico e de 25,1% nos artigos de vestuário.
O indicador de clima económico do INE registou em outubro (+2,0%) a manutenção da perceção positiva do clima económico por parte das empresas. Por seu lado, o indicador de confiança da indústria transformadora do INE apresentou em outubro (-4,2%) a manutenção da perceção negativa, reforçando a tendência registada no mês anterior (-2,5%).
