Um novo estudo da Deloitte revela uma grande divergência nos níveis de remuneração e de custos de segurança social em 19 dos Estados-membros da União Europeia (UE). O estudo aponta, em particular, um grande hiato nos níveis de remuneração entre os novos Estados-membros e os 15 membros existentes antes do alargamento da União Europeia, em Maio do ano passado.
De acordo com este estudo, a República Eslovaca tem os custos de remuneração mais baixos, um pouco menos de 6.500. A Polónia e a Estónia não ficam muito atrás, com níveis de remuneração de 7.125 e 7.423 respectivamente. A Irlanda classifica-se em 11º lugar entre os 19 países incluídos no estudo, com um custo médio de remuneração de 33.668. Portugal encontra-se entre os paises da União Europeia que tem os salários mais baixos, com uma média anual de custos de remuneração de 17.325, sendo inclusivamente ultrapassado pelo Chipre. Para casa, depois de impostos, as famílias portuguesas levam apenas 11.771, valor que fica muito aquém dos 27.480 arrecadados pelos alemães. No entanto, as posições relativas dos países alteram-se, quando comparados os custos de impostos e seguros de empregados, em proporção ao total da remuneração paga. Neste cenário, a Irlanda fica em segundo lugar, atrás de Chipre o que justifica a classificação da Irlanda como uma jurisdição de impostos baixos para os empregados. Do mesmo modo, quando se comparam os custos da segurança social para o empregador, como percentagem da remuneração, a Irlanda fica na quinta posição, atrás da Dinamarca, Chipre, Malta e Reino Unido. Quando se comparam os custos combinados de impostos e de segurança social do empregado e do empregador, com o custo total do emprego, a Irlanda fica claramente em segundo lugar, atrás de Chipre, com Malta e o Luxemburgo nas terceira e quarta posições respectivamente.