Com base na análise desenvolvida pelo CENIT aos dados do INE, as exportações entre janeiro e setembro somaram 4.676,51 milhões de euros, um resultado que surge na sequência de uma subida de 18,1% nas exportações Intra-UE27 (para 3.432,45 milhões de euros), enquanto as Extra-UE27 aumentaram 16,5% (para 1.244,06 milhões de euros). No que se refere à evolução homóloga mensal, verifica-se um incremento de 24,8% face a setembro de 2021.
Analisando em concreto as duas categorias de vestuário (quota de 57% das exportações), verificou-se uma subida de 13,5% nas exportações de vestuário de malha (capítulo 61), para 1.937,37 milhões de euros, enquanto as de vestuário exceto malha (capítulo 62) cresceram 28,5%, para 745,70 milhões de euros. No caso do vestuário de malha, o mercado Intra-UE27 aumentou 14,5% e o Extra-UE27 9,2%, comparativamente ao ano anterior. As exportações de vestuário exceto malha Intra-UE27 aumentaram 26,4% em relação a 2021, enquanto as Extra-UE27 cresceram 37,0%.
As exportações de outros têxteis confecionados (capítulo 63, 14% das exportações), que incluem a grande proporção dos têxteis-lar, aumentaram 10,6% (para 657,77 milhões de euros), resultante de uma subida de 10,0% no mercado intracomunitário e de 11,3% no extracomunitário. Isolando as quatro subcategorias associadas aos têxteis-lar (i.e., posições 6301 a 6304), verificou-se uma subida de 11,2%.
Para além das três principais categorias de produtos, salienta-se pela positiva no conjunto dos três trimestres, e entre as categorias com maior representatividade (quota na ordem de 3% das exportações), o desempenho dos tecidos de malha (capítulo 60), com uma subida de 33,5%, das fibras sintéticas ou artificiais descontínuas (capítulo 55), com uma subida de 27,6%, das pastas, feltros, falsos tecidos e cordoaria (capítulo 56), com uma subida de 23,1%, dos tecidos impregnados e revestidos (capítulo 59), com uma subida de 18,7%, e dos artigos de algodão (capítulo 52), com uma subida de 17,5%.
Importações sobem
Ao nível das importações, a representatividade nos primeiros nove meses do ano foi composta, por ordem decrescente, pelo vestuário de malha (24,5% das importações), vestuário exceto malha (24,3%), artigos de algodão (15,0%), filamentos sintéticos ou artificiais (8,1%) e fibras sintéticas ou artificiais descontínuas (6,5%).
De janeiro a setembro observou-se uma subida homóloga de 33,9% nas importações portuguesas de têxteis e vestuário, para 4.029,66 milhões de euros, resultado conjunto da subida de 29,7% nas importações intracomunitárias, para 2.577,24 milhões de euros, e de 41,9% nas importações extracomunitárias, para 1.452,42 milhões de euros.
Considerando em particular setembro, verificou-se uma subida de 20,2% nas importações, em termos da comparação com igual mês de 2021.
