A poucos meses da liberalização do comércio mundial, as exportações dos dois principais produtores asiáticos de têxteis e vestuário denotam sinais de forte crescimento, quer no curto, quer no longo prazo.Segundo dados oficiais chineses, espera-se que o aumento das exportações chinesas em 2006 se cifre em torno dos 19%, o que se traduzirá num montante global de cerca de 176 mil milhões de dólares.Segundo as mesmas fontes oficiais, os aumentos a que continuamos a assistir devem-se essencialmente à cada vez maior sofisticação tecnológica e capacidade produtiva do sector. O volume de produção tem aumentado consistentemente em linha com o volume de exportação. Por outro lado, tem-se também assistido a uma redução do volume das importações. Tudo isto conjugado com o aumento do preço dos artigos têxteis tem levado ao aumento do superávit comercial chinês.Na China, o aumento dos lucros do sector tem sido suportado pela forte procura interna e pelo aumento das compras efectuadas por outros países asiáticos e pelos países africanos.Por seu turno, o sector têxtil indiano também conta com fortes perspectivas de crescimento para os próximos anos. Segundo um estudo levado a cabo pela consultora Ernst & Young as exportações têxteis indianas deverão crescer a um valor médio anual em torno dos 12% até 2011. Este crescimento dever-se-á essencialmente à preferência das grandes cadeias de moda internacional em se aprovisionarem na Índia como alternativa às fontes de fornecimento chinesas.Actualmente, com a alta da Rupia, os grandes exportadores indianos encontram-se a perder competitividade. Em alguns grupos empresariais, esta conjuntura cambial tem levado a despedimentos massivos. Uma das principais empresas exportadoras no subsector do vestuário teve já que proceder à redução de 4.000 trabalhadores nos últimos 4 meses.
