De acordo com os dados fornecidos em comunicado pela Anivec – Associação Nacional da Indústria de Vestuário e Confecção, o crescimento registado entre janeiro e agosto deste ano foi alimentado especialmente pelos mercados europeus, cuja quota atinge 91,1% e para onde as exportações aumentaram 2,8%, para um total de 1,78 mil milhões de euros.
Espanha (+8,8%, para 811,4 milhões de euros), França (-1,7%, para 283,3 milhões de euros), Reino Unido (-3,1%, para 193 milhões de euros), Alemanha (+1,7%, para 176 milhões de euros) e Países Baixos (+4,7%, para 74,3 milhões de euros) mantêm-se como os cinco principais destinos das exportações nacionais de vestuário.
No top 10, entre os países europeus, estão ainda Itália, na 6.ª posição, com exportações no valor de 62,9 milhões de euros (-8,6% face a 2014), Suécia, na 8.ª posição, com 44,7 milhões de euros (-0,6%), seguida da Bélgica (-13,7% para 39 milhões de euros) e Dinamarca (-2,9%, para 33,1 milhões de euros)
Nos mercados extra-europeus, pelo contrário, as exportações desceram 1,5% nos primeiros oito meses do ano, caindo de 175,9 milhões de euros para 173,2 milhões de euros.
A associação sublinha, contudo, o crescimento das exportações para os EUA (+38,5%, para 52,2 milhões de euros), que é o principal mercado do vestuário português fora da União Europeia (ocupando a 7.ª posição no top 10 dos principais clientes do vestuário nacional), e para a China, para onde as exportações subiram 53,5%, para 6,4 milhões de euros. Já Angola continua a destacar-se pela negativa, com o país, que ocupa a 12.ª posição entre os maiores compradores de vestuário “made in Portugal”, a registar uma quebra em valor de 37,4%, somando 23,8 milhões de euros.
Para César Araújo, presidente da direção da Anivec, «este crescimento reforça a posição desta indústria entre os principais exportadores nacionais mas os dados estatísticos vêm confirmar a necessidade do sector de vestuário encontrar mercados alternativos, sobretudo fora da Europa».