«A decisão é uma das mais difíceis desde o início da pandemia ou mesmo desde que começámos a organizar feiras para a indústria têxtil e de moda», confessa, em comunicado, Sebastian Klinder, diretor-geral da Munich Fabric Start, que organiza o certame. «Até hoje acreditávamos que ao juntar forças seríamos capazes de repetir o nosso sucesso em setembro. Sobretudo graças às inúmeras inscrições de expositores e à enorme confiança e apoio da indústria. Infelizmente, a situação é diferente nestes meses de inverno e tornou impossível planear um evento», explica.
A equipa estava a trabalhar para organizar a segunda edição da Fabric Days, que em setembro substituiu a habitual Munich Fabric Start devido às restrições de viagens de diversos países para a Europa. O certame surgiu, assim, mais vocacionado para produtores e visitantes europeus e reuniu cerca de 300 produtores de tecidos, incluindo 12 portugueses. Os resultados acabaram por ser uma espécie de balão de oxigénio e entusiasmaram a indústria, superando as expectativas de muitos, como foi o caso da Troficolor. «Tendo em conta as atuais circunstâncias, o balanço foi positivo. O número de visitas foi acima das nossas expectativas, confirmando a tendência na procura de artigos sustentáveis», afirmou, na altura, Carlos Serra, CEO da empresa.
Contudo, os números atuais de infeção na Alemanha e na Europa «infelizmente não mudaram definitivamente, motivo pelo qual o governo alemão prolongou e até intensificou o atual confinamento até, pelo menos, 31 de janeiro de 2021», sublinha a organização da Fabric Days, que no início de dezembro tinha já sido forçada a alterar as datas, de 26 a 28 de janeiro para 2 a 4 março.
A organização da Fabric Days pretende, no entanto, manter-se fiel ao mote escolhido para a primavera-verão 2022 – We are all in – e manter os expositores informados sobre as tendências, com informação e inspiração sobre o que esperar da estação. Além disso, aponta, estão a ser analisadas «as opções para a próxima feira».