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Faria da Costa aposta na gama alta

Num investimento que rondou cerca 1,4 milhões de euros, a produtora de meias aumentou a sua capacidade produtiva e está agora de olhos postos nos produtos de gama alta, com fios de caxemira e misturas com seda, e nos países nórdicos, que continuam a ser o foco da empresa de Barcelos.

Em 2018, ano em que celebrou 30 anos, a Faria da Costa finalizou um projeto de diversificação e inovação produtiva. Financiado em cerca de 50% pelo Portugal 2020, o investimento total rondou 1,4 milhões de euros e teve como objetivo «substituir máquinas mais antigas, com menos capacidade, para conseguir fazer produtos com maior qualidade e, claro, aumentar a capacidade produtiva», esclareceu Nuno Costa, diretor-geral da empresa, ao Portugal Têxtil.

Com o investimento, a Faria da Costa, que emprega cerca de 90 trabalhadores, aumentou a capacidade produtiva em cerca de 15%. «Todos os anos temos um pico de trabalho e temos necessidade de contratar mais pessoas por períodos específicos. Recorremos à subcontratação, que nos apoia nas alturas mais fortes. Passamos, muito rapidamente, de 90 para 120 pessoas. Subcontratamos mais no segundo semestre, que é o período mais forte que temos», explica.

Nuno Costa garante ainda que a empresa tem vindo a trabalhar, cada vez mais, com fios de alta qualidade. «Neste momento, o mercado que tem mais saída é o de gama média-alta, porque não tem a concorrência dos países que têm os produtos de gama baixa», explica. Nesse sentido, a empresa está a trabalhar «com fios 100% caxemira e com misturas com lã, seda e caxemira», assegura.

A crescer anualmente

Atualmente, a Faria da Costa exporta 99% do que produz, «da Alemanha para cima», conta o diretor-geral. São precisamente os nórdicos o público alvo do projeto Wyfeet, uma parceria com o CITEVE e com o CeNTi para a produção das meias com aquecimento ativo. «Temos já o interesse de três grandes clientes», revela Nuno Costa.

A recessão vivida em 2012, devido a questões meteorológicas, está a ser ultrapassada, garante o diretor-geral da Faria da Costa. «Como vendemos maioritariamente artigos de inverno e de 2012 para cá os invernos foram muito quentes, tivemos uma quebra acentuada nas vendas, mas agora estamos a voltar aos números de 2010 e 2011. Estamos a subir aos dois dígitos por ano e esperamos que se mantenha assim por muito tempo», afirma.

Em 2018, refere Nuno Costa, a empresa aumentou as vendas «exponencialmente» e, em relação a 2017, o volume de negócios aumentou 20%, de 4 milhões para 4,8 milhões de euros.