O STV é das actividades mais importantes deste país, que não se pode dar ao luxo de a dispensar; não obstante ter sido vítima de preconceitos, de críticas e até de algum ostracismo o que muito lhe diminuiu a sua expressão real e capacidade de intervenção. Esta situação, infelizmente, até deu jeito a alguns, principalmente quando dividir é reinar, quando o mal de uns é o benefício de outros.
Mas podemos hoje ter uma redobrada esperança na mudança que se produziu no associativismo têxtil português, consubstanciada na instituição da Federação da Indústria Têxtil e do Vestuário de Portugal, a qual uniu cinco associações sectoriais, a saber, as Malhas (APIM), o Vestuário (ANIVEC e APIV), os Lanifícios (ANIL) e a Têxtil-Lar (ANITT-Lar), representando a esmagadora fatia do tecido empresarial, da sua produção industrial e exportações.
A dimensão do fenómeno, por muito que alguns tentem minimizar, não deixa indiferente quem decide, particularmente quando a Federação se assume como a coordenação da voz do Sector, outrora dispersa e dissonante, mas agora unida naquilo que é comum ao todo, sem perder o precioso contacto com a base empresarial das associações que a compõem, vínculo insubstituível, que, em última instância é o orientador das pretensões e anseios, legitimador de todas as representações.
A Federação não é, pois, contra nada nem contra ninguém, mas sim pelo Sector, pelo sucesso das suas empresas, muito em especial daquelas que mais precisam, pela sua pequena dimensão ou pela insipiência das suas estruturas, ainda em processo de desenvolvimento.
Por isso, nestas palavras, a elegância impõe que relativamente a todos os detractores do projecto federativo pese o silêncio, para que a eloquência na defesa do bem de todos, incluindo esses também, fale mais alto e pese fundo, onde mais é preciso.
Paulo Vaz Responsável executivo, em exercício, da Federação da Indústria Têxtil e do Vestuário de Portugal