John Galliano, o designer favorito de Kate Moss, tem sido uma espécie de pária desde o episódio num bar em Paris que lhe valeu o despedimento como director criativo da Dior e da sua própria marca epónima (detida na maioria pela Dior), em Fevereiro, e o levou à barra do tribunal. Na edição de Setembro da Vogue americana, Galliano afirma que vestir Kate Moss lhe reavivou os seus poderes criativos, após o tratamento nos EUA e na Suíça para a sua dependência de álcool, valium e comprimidos para dormir. «Ela desafiou-me a ser novamente John Galliano», explica o criador nascido em Gibraltar e criado em Londres, em declarações à revista. «Eu não conseguia pegar num lápis. Foi a minha reabilitação criativa», acrescenta. Kate Moss afirma ter encomendado o seu vestido de noiva, para o casamento com o rocker Jamie Hince, que se realizou em Julho em Inglaterra, ao seu velho amigo porque as suas roupas a fazem feliz. «Vivi nos vestidos dele durante anos, eles fazem-me sentir muito confortável», declara nesta edição da Vogue americana, que tem como artigo principal a notícia do seu casamento, o equivalente para as fashionistas a um casamento real. O vestido branco combina um ar clássico com uma saia ligeiramente translúcido. «Quando visto o vestido, fico realmente feliz. Esqueço tudo», diz Moss. Segundo a Vogue, a reabilitação de Galliano foi maislonge doque apenasa criação dovestido, já que o criador terá estado com Moss até esta ter subido ao altar. Ela queria «algumas palavras, uma história que a inspirasse ela gosta de um pouco de direcção!», afirma Galliano à revista. «Eu disse-lhe: tu tens um segredo és a última das rosas inglesas e quando ele levantar o teu véu vai ver o teu extraordinário passado!». Na festa, o pai de Moss, Peter, agradeceu a Galliano pelo «lindo vestido» e todos os convidados levantaram-se para aplaudir, explica a jornalista da Vogue. Considerado por muitos como um dos melhores designers de moda da sua geração, Galliano enfrenta uma pena máxima de seis meses na prisão e uma multa de 22.500 euros se for condenado por fazer insultos anti-semitas, que são ilegais em França. A sentença será conhecida no próximo dia 8 de Setembro.