Ainda que os designs de vestuário masculino elaborados por Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci, impactassem o conceito sem género à semelhança do que aconteceu com os desfiles que contaram com a presença de modelos femininos e masculinos vestidos com roupa permutável, a marca lançou uma nova coleção que dita oficialmente a estreia da moda sem género na marca de luxo, noticia o Sourcing Journal.
The MX Project é o nome da coleção recentemente lançada pela Gucci com o conceito de género-fluido. O projeto surge também como um reflexo da abordagem que os próprios consumidores adotaram perante os artigos da marca, como é exemplo o ator Jared Leto e o músico Harry Styles, que optaram por se vestir de forma mais feminina e, no caso de Styles, até mesmo acrescentar um brinco de pérola para complementar o coordenado que decidiu levar à Gala MET em 2019.
A Converse, a Calvin Klein e a Asos estão também a introduzir os próprios conceitos de moda com género-fluido, o que faz com que este movimento, que vai ao encontro da inclusão, seja mais do que uma tendência temporária. Em vez disso, as coleções sem género são a resposta para os 1,4 milhões de adultos transgéneros que existem somente nos EUA. Um estudo de 2019 efetuado pela Pew Research revela que um em cada cinco adultos dos EUA conhecem alguém a quem se referem de forma neutra, o que provavelmente irá aumentar com a geração Z, tendo em conta que a mesma análise conclui que este grupo admite mais facilmente que se dirige a outra pessoa através de um pronome neutro face ao género comparativamente com os millennials.
A MX oferece também acessórios como óculos, bolsas, tiaras de cristais e alfinetes e, no que diz respeito ao calçado, propõem artigos como mocassins, Mary Janes e botins com detalhes.