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Hyena e a arte de personalizar peças

No seu atelier em Lisboa, Catarina de Castro Lopes cria peças adaptáveis, intemporais e minimalistas. Duma pausa no trabalho nasceu uma marca de vestuário feminino que, através do seu website, permite ao cliente montar peças de roupa como se fossem puzzles.

A força e a adaptabilidade da hiena no reino animal serviram de inspiração para Catarina de Castro Lopes criar a marca Hyena, que nasce como «uma homenagem às mulheres», conta a designer ao Portugal Têxtil. «No reino animal, a hiena organiza-se em sociedades matriarcais. A sua força e a capacidade de se adaptar ao meio refletem a capacidade de adaptação da maior parte das mulheres de hoje, que têm um papel preponderante em várias áreas das suas vidas, precisando de peças que sejam transversais no dia-a-dia, adequadas a estes contextos», explica. Assim surgiram as primeiras peças da Hyena, adaptáveis a várias ocasiões.

A história de Catarina de Castro Lopes, psicóloga clínica de profissão, é semelhante à de várias outras mulheres, que encontraram na pausa da maternidade uma oportunidade para mudar de vida. «Ainda em casa, comecei a desenhar e a criar as primeiras peças», recorda. A criadora da Hyena acabou também por estudar Design de Moda, Costura e Modelagem na Lisbon School of Design.

Adaptar é chave

As peças da Hyena, para mulheres entre os 20 e os 45 anos, querem-se «transversais a vários estilos de vida», reconhece a designer. «Vejo-as a serem usadas por várias mulheres. Mulheres urbanas, dinâmicas, mães, profissionais, sociáveis», admite.

Vestidos, macacões e fatos são as peças-chave da insígnia, produzidas à mão no atelier instalado na Lx Factory.

Contudo, é online que a magia acontece. A partir de um modelo base, cada cliente escolhe os componentes de cada peça: a cor, o material, a cintura, as mangas, o comprimento, o decote e o fecho. «Sempre senti necessidade de poder customizar algumas peças que tinha no guarda roupa. Gostaria “daquele vestido”, mas com manga comprida para o Inverno, numa outra cor ou tecido. Ou quando via uma peça em loja, imaginava com outro decote, para uma determinada ocasião. Quando surgiu a ideia do conceito senti que seria uma oportunidade para as mulheres poderem escolher uma peça ao seu gosto e de acordo com o seu estilo e necessidades pontuais», confessa Catarina de Castro Lopes. Após a compra do produto, podem ser feitos ajustes, gratuitamente, no atelier.

Crescer e ser sustentável

A personalização não surge apenas para responder às necessidades dos clientes, mas também para promover um consumo responsável e sustentável, minimizando compras de roupa com uma curta vida útil. Nesse sentido, a Hyena irá manter a sua oferta de modelos clássicos e renovar pontualmente alguns produtos com pequenos lançamentos cápsula, em vez de coleções sazonais.

Para o futuro, a empresária deseja que, à semelhança do conceito, também o crescimento da marca seja sustentável. «Queremos crescer no mercado nacional de forma coerente e sustentável, mantendo a qualidade e a exclusividade do conceito», ambiciona. Neste primeiro ano de atividade, as peças têm chegado maioritariamente ao mercado português e espanhol. A médio prazo, o objetivo criar pontos de venda no Porto, em Cascais e no Algarve.