A Impetus Portugal -Têxteis, SA, empresa têxtil de Esposende, encontra-se num processo de reestruturação interna, estando prevista a construção de uma fábrica em Cabo Verde, a reactivação de uma confecção e a aquisição de uma estamparia, num investimento global de cerca de dois milhões de contos (10 milhões de euros). Já em finais deste mês será iniciada a edificação da unidade de Cabo Verde, processo que a empresa já queria ter iniciado, mas no projecto que foi a concurso «o custo de construção foi demasiado elevado comparado com o que era cá». Neste momento, a empresa está «a analisar as propostas finais», adiantou Alberto Queiroga Figueiredo, presidente do Conselho de Administração, ao JORNAL TÊXTIL.
A futura fábrica, com início de laboração previsto para Setembro/Outubro, significará a criação de 200 postos de trabalho, num investimento de cerca de meio milhão de contos, e com a consequente confecção de artigos básicos, a Impetus passará a apresentar linhas de produto completas. O projecto de Moçambique, onde também estava prevista a construção de uma unidade, foi entretanto abandonado.
A empresa quer também reactivar a Malhas Cef, sediada a um quilómetro da empresa-mãe, no sentido de começar a fabricar malhas interiores de senhora.
Em Janeiro chegou a primeira máquina para fabrico de amostras, e está previsto receber outras nove em Março.
Numa primeira fase a produção será toda destinada ao mercado externo, o que não implica que a Impetus não apresente uma colecção própria no final deste ano. Outro dos investimentos da têxtil de Esposende foi a aquisição, no ano passado, da maioria do capital da Acatel- Acabamentos Têxteis, SA (52%).
Esta operação implicou um investimento de mais de meio milhão de contos, com previsão de facturação de 1,6 milhões de contos. A hipótese de abrir lojas próprias em Portugal está a ser estudada, pensando até no mesmo tipo de investimento no mercado espanhol, no intuito de implementar cada vez mais a marca própria. Apenas 5% das malhas interiores da empresa são destinadas ao território nacional, exportando os restantes 95% para Alemanha, Espanha, Áustria, Finlândia, Dinamarca, Bélgica e Suíça. Os produtos com outras patentes destinam-se à Alemanha, França, Inglaterra e Suíça.
A Impetus está há seis meses a investir igualmente na sua reestruturação interna. «Estamos a automatizar o armazém, o que implica um custo de perto de 200 mil contos», e também «a reorganizar todo o hardware e software, num projecto que anda à volta de 50 mil contos», contou Alberto Figueiredo.
Estes investimentos, realizados no âmbito do IMIT, que a juntar à substituição de maquinaria, estarão concluídos no final do corrente ano. No ano passado, a empresa apresentou uma facturação na ordem dos 4,5 milhões de contos, prevendo chegar aos seis milhões de contos em 2001 com as malhas Cef e a unidade de Cabo Verde.
